segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Jornalista é um narrador de histórias reais


Jornalista é um narrador de histórias reais

Brasil possui 334 cursos superiores de jornalismo, 93 deles no Estado de São Paulo.
Grade de disciplinas muda de acordo com as novas tecnologias.
Fernanda BassetteDo G1, em São Paulo
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Imaginar um tema a ser trabalhado, definir como será a abordagem, coletar os dados, entrevistar fontes variadas, escrever um texto, editá-lo e depois publicá-lo são algumas das principais funções de um jornalista, profissional tema do Guia de Carreiras do G1 desta terça-feira (3).
 
Foto: Marta Carneiro
Alunos de jornalismo no laboratório de TV da PUC-Minas (Foto: Marta Carneiro)
De acordo com os especialistas ouvidos pelo G1, os jornalistas recém-formados se deparam com salários baixos na maioria dos estados, mas a carreira possui áreas em expansão, como a assessoria de imprensa e o jornalismo on-line (leia texto ).

Dados do Ministério da Educação (MEC) apontam que o Brasil possui 334 cursos superiores de jornalismo, 93 deles no Estado de São Paulo. Em todos os estados há pelo menos uma faculdade que ofereça o curso. Além disso, segundo a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), há cerca de 60 mil profissionais oficialmente graduados no país e cerca de 13 mil que atuam como jornalistas, mas não possuem o diploma.
"Eu diria que o jornalista é um narrador de histórias reais. E para que se conte uma boa história é preciso ter feito um bom curso e estar tecnicamente preparado, tanto do ponto de vista ético quanto do ponto de vista humano", diz a professora Líbia Araújo Barbosa, coordenadora do curso de jornalismo da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas).

De acordo com Líbia, no primeiro ano, o aluno do curso de jornalismo terá contato com disciplinas de formação geral (como sociologia, antropologia, economia, ética, história e filosofia) e logo no segundo ano começam as matérias de formação específica (como telejornalismo, fotografia, imagem e som, técnicas de comunicação).

Como as novas tecnologias mudam a cada dia, os cursos vão adaptando a grade de disciplinas de acordo com o que há de mais novo. "Não dá para dizer que um curso de jornalismo hoje é o mesmo de dez anos atrás. As grades [curriculares] vão se adequando de acordo com as mudanças. As aulas de fotografia, por exemplo, hoje são com câmeras digitais, embora o aluno ainda tenha treinamento com a câmera manual", disse o professor Carlos Roberto da Costa, coordenador do curso de jornalismo da Faculdade Cásper Líbero, de São Paulo, o mais antigo do país.

 Aulas práticas 
Uma das características dos cursos de jornalismo são as aulas práticas, que geralmente começam no segundo ano da faculdade. Nessas aulas, os estudantes têm contato com as diversas áreas de atuação.

Na PUC-Minas, por exemplo, há 35 anos os alunos escrevem um jornal laboratório, com orientação de professores e editores. Em formato standard (tamanho tradicional de jornal), tem 16 páginas, com capa e contra-capa coloridas, miolo em preto-e-branco e tiragem de 12 mil exemplares. "Não é um jornal institucional. Ele traz notícias voltadas para a comunidade e é distribuído na região. É um jornal que nunca deixou de circular em 35 anos, é um grande laboratório para os alunos", disse a professora Líbia.

A mesma coisa acontece na Cásper Líbero. Lá, os alunos têm a chance de escrever/editar reportagens para a revista semestral "Esquinas", feita sob a coordenação dos professores. Além disso, a faculdade possui uma rádio universitária, que transmite boletins de trânsito e notícias da cidade três vezes por dia. Também é possível produzir reportagens para um programa de entrevistas que é transmitido pela TV Gazeta. 

"São todas oportunidades extras para que o aluno aprenda um pouco de tudo e tenha contato com as diversas áreas de atuação do jornalismo", disse o professor Costa.

histórico de Guia de carreiras

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