quinta-feira, 18 de novembro de 2010

No Brasil, escolaridade mínima só será atingida em 2015


No Brasil, escolaridade mínima só será atingida em 2015

Rio - A população brasileira acima dos 15 anos vai precisar de mais cinco anos para atingir a escolaridade mínima prevista originalmente na Constituição Federal – ensino fundamental completo ou oito anos de estudo. É o que aponta a análise do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) a partir dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad/IBGE) de 2009.
No ano passado, a média de anos de estudo da população com mais de 15 anos de idade foi de 7,5. Entre 1992 e 2009, a ampliação anual foi de 0,14 ano de estudo. Ocrescimento, entretanto, se deu de forma desigual nas diferentes regiões do país. Enquanto no Sudeste a média de anos de estudo já é maior do que o previsto naConstituição Federal, no Nordeste ainda é de 6,3.
“O diferencial entre essas regiões vem se mantendo desde o início da série em cerca de 2 anos”, aponta o estudo.
A média de anos de estudo também é diferente entre pobre e ricos, negros e brancos e moradores de zonas rurais e urbanas. O estudo destaca que os negros têm, em média, 1,7 ano de estudo a menos do que os brancos. A população urbana tem 3,9 anos de estudo a mais do que a rural. Na comparação de renda, os 20% mais pobres têm, em média, 5,5 anos de estudo, enquanto os 20% mais ricos estudaram 10,7 anos.
O Ipea analisou que o hiato educacional – a quantidade de anos de estudo que faltam para que os brasileiros cheguem ao mínimo definido na Constituição - diminui a cada ano, mas evolui de forma distinta em cada faixa etária. Quanto mais alta é a idade, menor é a queda do hiato. Em 2009, o hiato na população com mais de 15 anos era de cerca de 4,8 anos, enquanto entre os brasileiros com mais de 30 era de 5,1 e no grupo de 15 a 17 anos era de 2,8.

No Brasil, 98% das crianças entre 07 e 14 anos estão na escola, segundo Ipea


No Brasil, 98% das crianças entre 07 e 14 anos estão na escola, segundo Ipea

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Rio - O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou nesta quinta-feira análise dos dados da situação da educação brasileira. De acordo com o Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) 2009, no ensino fundamental o maior desafio é a melhoria da qualidade do ensino e a regularização do fluxo escolar. Os dados ainda mostram que o Brasil não universalizou o ensino médio. Além disso, a capacidade instalada atual para oferta pode ser insuficiente para incorporar. Portanto, é necessário que haja melhorias e expansão de capacidade física instalada para garantir acesso e permanência.

Na educação superior, os desafios são maiores, principalmente devido à baixa frequência e às disparidades e desigualdades existentes. Primeiro, é necessário realizar políticas de alfabetização e acelerar o acúmulo de escolarização da população, o que implica a ampliação do acesso e da permanência nas escolas em todos os níveis e modalidades. 

A boa notícia vem para os estudantes entre 7 e 14 anos. De acordo com o Ipea, para essa faixa etária, a universalização do acesso à escola é um dos grandes avanços sociais que vieram da Constituição de 1988. A taxa de frequência bruta (fornece o percentual da população por faixa etária que frequenta escola, independentemente do grau de ensinoem que está matriculada) era de 86,6% em 1992, e passou para 98% em 2009. Os indicadores de frequência ao ensino fundamental não revelam grandes diferenças quando comparados entre regiões, localização, gênero, raça ou renda.

Segundo o Ipea, também houve uma manutenção da taxa de frequência nos últimos anos com o fim do ciclo expansionista do ensino fundamental, relacionado com a relativa estabilização do fluxo escolar nessa etapa da educação e com a diminuição da população na faixa etária.

Entretanto, ainda há uma porcentagem de crianças e jovens fora da escola. Entre os matriculados, há os que não aprendem ou que progridem lentamente, repetem o ano e acabam abandonando os estudos. Isso se deve à qualidade de ensino, à gestão das escolas e sistemas de ensino, às condições de acesso e permanência, e às desigualdades sociais dos próprios alunos e familiares.

Dada como extinta no Vietnã há 20 anos, espécie volta ao país


Dada como extinta no Vietnã há 20 anos, espécie volta ao país

Hanói (Vietnã) - Dado como extinto do país há mais de duas décadas, o crocodilo siamês (Crocodylus siamensis) começa a voltar ao Vietnã graças a programas de conservação e reintrodução da espécie.
Foto: EFE
Crocodilos são procriados em parque no sul do Vietnã | Foto: EFE
Contudo, de acordo com a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), a espécie ainda é uma das mais ameaçadas de extinção no planeta. A IUCN afirma que existem populações pequenas no Laos, Vietnã e Indonésia, sendo que na Tailândia ele é considerado virtualmente extinto.

O crocodilo siamês é um animal de água doce e vive em pântanos e regiões de água parada ou quase parada de rios e riachos. A IUCN afirma que a destruição de habitat, a caça ilegal e a perseguição são as principais ameaças à espécie.

As informações são da EFE

Quilos a mais dificultam casamento e conquista de emprego, de acordo com pesquisa


Obesidade como obstáculo

Quilos a mais dificultam casamento e conquista de emprego, de acordo com pesquisa

POR PÂMELA OLIVEIRA
Rio - A obesidade não afeta apenas a saúde, mas interfere na vida social e profissional, segundo uma pesquisa realizada pelo Hospital do Coração (HCor), de São Paulo. Metade das pessoas entrevistadas afirmou que não se casaria com uma pessoa gorda. O estudo, que entrevistou 600 cariocas e paulistanos de ambos os sexos, mostrou ainda que para 78% dos entrevistados a obesidade influencia no casamento.

“O gordo sofre segregação. E o problema não é estético. As pessoas temem se casar com uma pessoa que vai ter mais dificuldades de saúde, como hipertensão, problemas cardiovasculares e na coluna. Além de dificuldades no sono e ronco”, afirma o nutrólogo Daniel Magnoni, que coordenou o estudo. “Entre os homens, 54% afirmaram que não se casariam com uma mulher obesa. Enquanto 46% das mulheres disseram o mesmo”.
Arte: O Dia
Arte: O Dia
O problema aparece mais entre pessoas de maior poder aquisitivo. “Entre as pessoas da classe A, 66% disseram que não assumiriam uma união com uma pessoa obesa. Já entre aqueles da classe B, o índice é de 44%”, diz Magnoni.

A pesquisa, lembra Magnoni, não fez distinção entre obesidade e excesso de peso. E mostrou que 81% dos entrevistados acreditam que a obesidade interfere no crescimento profissional. “Um estudo da Catho, empresa de recrutamento profissional, mostra que a obesidade é o terceiro fator de objeção do empregador na hora da contratação de um executivo. A obesidade só perde para a inconstância em empregos e o tabagismo”, diz o médico, lembrado que obesos sofrem preconceito até quando vão frequentar academia. “Emagrecer não é fácil”, conclui. 

Cirurgia bariátrica cresce 500%

O número de cirurgias bariátricas no Brasil aumentou 500% na última década. O procedimento, indicado em casos de obesidade mórbida, foi realizado 5 mil vezes em 1999. Já em 2009 foram realizadas 30 mil cirurgias no País, segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica.

O crescimento colocou o Brasil na segunda posição do ranking mundial desse tipo de cirurgia, atrás dos Estados Unidos, que realiza anualmente 300 mil procedimentos por ano.

“O crescimento está relacionado ao aumento da população obesa e ao reconhecimento de que é um procedimento eficaz”, diz o presidente da entidade, Thomas Szego.

Médicos lembram, no entanto, que esse tipo de cirurgia deve ser o último recurso: dietas e exercícios vêm antes.