terça-feira, 17 de julho de 2012

REVISTA: CONECTANDO AS CIÊNCIAS



Edição: José Robson de Almeida;Daniele Nunes Peixoto de Almeida e Jaqueline Petito

OBS: Revista tem como  propósito incentivar os alunos do Ensino Médio, publicarem
 seus primeiros Artigos Científicos.

Artigo feito por:
MOTA, Jamile;
TORRES, Juliana;
SOUSA, Juliana;
SOUZA, Thayná;
VIEIRA, Thayná;
PROENÇA, Victor.
Orientadora: Jaqueline Petito

 ·       INTRODUÇÃO

    Modificações biológicas causadas quando uma pessoa está             apaixonada Coração acelerado, tremedeira, mão suada, aquecimento do corpo. Quem nunca sentiu ou viu alguém sofrer de alguns desses sintomas antes?  A paixão é uma emoção de ampliação quase patológica.
O acometido de paixão perde sua individualidade em função do fascínio que o outro exerce sobre ele. É tipicamente um sentimento doloroso e patológico, porque, via de regra, o indivíduo perde parcialmente a sua individualidade, a sua identidade e o seu poder de raciocínio.
            O trabalho aborda as modificações biológicas causadas às pessoas apaixonadas. Como os hormônios, o cérebro, o corpo em geral reagem a esse sentimento que, mais cedo ou mais tarde, afeta todas as pessoas sem exceção. O que a biologia entende desse assunto, aprofundando esse tema muito comum não só nos dias de hoje, mas também na antiguidade. Com o objetivo de mostrar que o amor e a paixão não é apenas um sentimento comum, mas sim um dos mais complexos que podemos sentir. Tendo várias reações e consequências que variam individualmente
         O tema foi escolhido para entender o que ocorre com o corpo humano quando as pessoas envolvidas estão apaixonadas, a diferença entre amar e estar apaixonado.Temos como objetivo descobrir e explorar o corpo humano buscando a resposta dos efeitos causados por uma paixão.

Paixão e alterações

        A paixão é resultado de várias alterações químicas que mexe com toda estrutura corporal, se torna mais comum por volta dos 16 anos quando nossa química cerebral e hormônios sexuais estão completamente maduros. Durante a paixão o lado mais primitivo do cérebro é que toma “conta” de toda situação deixando as pessoas meio “bobas”.      
Quando apaixonados uma série de modificações fisiológicas e biológicas ocorrem. Segundo, o cientista britânico, Francis Crick todos os sentimentos desencadeados nada mais são do que um enorme conjunto de células nervosas.
         Mas na verdade o que ocorre é uma série de hormônios e substancias que juntos fazem diversas modificações fisiológicas e biológicas como: aumento da temperatura corporal, tremor muscular, aumento do consumo de glicose pelas células. A feniletilamina, por exemplo, da família das anfetaminas é a maior responsável pelo coração disparado,mão suada, pupilas dilatadas e pelas “borboletas” no estômago. Já vasopressina atua no controle da pressão sanguínea, na freqüência cardíaca (taquipnéia e taquicardia) e da força da contração do músculo cardíaco. Já a adrenalina é liberada acelerando ainda mais o coração, deixando a pessoa alerta e com uma sensação de bem-estar, também inibindo o sono e a apetite.
         Os sentidos também são muito importantes para que alterações biológicas ocorram, por exemplo, um beijo combina os três sentidos: o tato, paladar e olfato. Favorecendo o aparelho circulatório, aumentando de 70 para 150 os batimentos do coração e beneficiando a oxigenação do sangue. Sem esquecer que o beijo estimula a liberação de hormônios que causam bem-estar. Detalhe: na troca de saliva, a boca é invadida por cerca de 250 bactérias, 9 miligramas de água, 18 de substâncias orgânicas, 7 decigramas de albumina, 711 miligramas de materiais gordurosos e 45 miligramas de sais minerais.
         Atualmente pesquisadores estão fazendo ressonâncias magnéticas em pessoas apaixonadas e observando que modificações ocorrem e que áreas do cérebro são "ativadas” quando uma pessoa vê a foto do parceiro. Os resultados mostram que o sistema límbico e que a partes do cérebro responsáveis pelos órgãos sensoriais são "ativadas".Ocorre também aumento do fluxo sanguíneo no cérebro com altas taxas de concentração de dopamina, sendo essa uma das substancias responsáveis pela euforia, agitação e vício.
         Existe um limite de tempo para homens e mulheres sentirem os arroubos da paixão? Segundo a professora Cindy Hazan, da Universidade Cornell de Nova Iorque, sim. Ela diz: "seres humanos

são biologicamente programados para se sentirem apaixonados durante 18 a 30 meses". Ela entrevistou e testou 5.000 pessoas de 37 culturas diferentes e descobriu que a paixão possui um "tempo de vida" longo o suficiente para que o casal se conheça, copule e produza uma criança.Entendendo a paixão como um desequilíbrio humoral, imagine seus efeitos ao longo do tempo, se não fosse transitória e sim permanente?Quais seriam seus efeitos? Sobreviveríamos?Com ou sem sequelas?
*Taquipnéia: aumento do ritmo da respiração.
*Taquicardia: aumento do ritmo cardíaco.

Conclusão

            A paixão pode ou não estender-se e tornar-se uma relação mais duradoura. O que acontece com o corpo depois que "tudo acaba" é que  algum tempo depois  o organismo se acostuma com os efeitos da  feniletilamina e da noradrenalina e tem-se a sensação que a relação "esfriou" , ou seja , adquiriu certa resistência as doses do hormônio liberadas, e passa a necessitar cada vez mais quantidades do mesmo para ter a mesma sensação de quando a relação começou.
A ocitocina (mulheres) e a vassopressina (homens) só "entram em ação" depois que tem a queda da feniletilamina são eles os responsáveis que interferem na relação e fazem daquele turbilhão de acontecimentos, se tornar uma relação calma e duradoura.
Existem pessoas que não conseguem se manter  muito tempo no estágio seguinte que é o amor pois são "viciadas" pelos efeitos causados pela feniletilamina que é a fase confusa, agitada.
Concluímos que a paixão é um conjunto de substancias que resultam ao descontrole de certa forma mental e biológica aproximando duas pessoas por um determinado período de tempo, com o objetivo da reprodução, ou seja, a manutenção da espécie humana.


      Tabela de comparação entre atração, paixão e amor

Estágio
Conceito
Substância mais associada
Atração
Desejo despertado pelos sentidos, é despertado o líbido.
Testosterona (aumento da libido – 
desejo sexual)
Paixão
Amor no estágio de euforia, envolvimento emocional e romance.
--Altos níveis de dopamina
noradrenalina e feniletilamina
ligadas à inconstância, exaltação, 
euforia, a falta de sono e a apetite.

--Baixos níveis de serotonina
tendo em vista a ação da 
serotonina na diminuição de fatores 
liberadores de gonadotrofinas 
pela hipófise, quanto mais 
serotonina menos hormônio sexual.
Amor
Atração que evolui para uma relação calma, duradoura e segura.

Ocitocina (associada ao aumento
do desejo sexual, orgasmo e 
bem-estar geral) e vasopressina
(ADH), associada à regulação 
cardiovascular, atuando no controle
da pressão sangüínea.
     


Bibliografia:

SABBATINI, Renato "Paixão envolve grande transformação no cérebro", 
19 de Julho de 2005, São José do Rio Preto: São Paulo, Disponível em: <http://www.diarioweb.com.br/noticias/imp.asp?id=62561>
Acesso em: Março de 2012

CALLEGARI, Jeanne "Amor-Início", Maio 2010, São Paulo, Site Revista Superinteressante, disponível em:                                                 
Acesso em: Março de 2012.

--------------------- "Amor-Meio", Maio 2010, São Paulo, Site Revista Superinteressante, disponível  em:                                                     
Acesso em: Março de 2012.

--------------------- "Amor-fim", Maio 2010, São Paulo, Site Revista Superinteressante, disponível em: 
<http://super.abril.com.br/ciencia/amor-fim-566660.shtml>        
Acesso em: Março de 2012.

ALVES, Líria "Química do amor" Site Brasil Escola disponível em: <http://www.brasilescola.com/quimica/a-quimica-amor.htm>      
Acesso em: Março 2012.

PEASE, Allan et al."Porque os Homens fazem sexo e as mulheres 
fazem amor"–, Ed.Sertane, 2002.



OBS: Revista tem como  propósito incentivar os alunos do Ensino Médio, publicarem seus primeiros Artigos Científicos.