quarta-feira, 13 de julho de 2011

 O Globo, 11/07/2011 - Rio de Janeiro RJ 
Férias: é importante descansar para o segundo semestre,
mas especialistas concordam que não dá para abandonar
os livros 
Leonardo Cazes
RIO - Estudar ou descansar, eis a questão. A dúvida existencial atinge todos os vestibulandos com a aproximação das férias. Viajar, pegar uma praia, dormir até mais tarde... O que não falta é coisa boa para fazer. E há quem tente conciliar esses "luxos" com o estudo. Férias, mesmo, só da escola. - Vou estudar nas férias para manter o ritmo, não dá para relaxar totalmente. Mesmo assim, vou passar uns dias no interior de Minas para recuperar as energias, dormir um pouco mais - conta Paulo Guimarães, de 18 anos, aluno do Liceu Franco-Brasileiro e que tentará uma vaga em Direito. A sua colega Smaida Mara, de 17 anos, diz que a rotina no último ano é muito pesada, com aula o dia inteiro. - Vou diminuir a carga e aproveitar para voltar ao balé, que tive que parar no início do ano por causa de uma lesão - afirma a estudante, que ainda está na dúvida entre Administração e Direito. Para a coordenadora de Humanas do ensino médio da Escola Dínamis, Monica Piccolo, quem não aproveitar o recesso para descansar não terá fôlego para a maratona do fim do ano.
- Férias de vestibulando são uma contradição. Na conversa com os alunos, eles disseram que estavam cansados. Ok, mas nem eles querem ficar 15 dias sem fazer nada. A melhor opção é tentar um equilíbrio: vai à praia de manhã e estuda à tarde, por exemplo.
Se for viajar, ao retornar entre em um ritmo mais intenso. É importante recarregar as baterias para chegar bem ao segundo semestre, porque a carga pesada começa agora - explica. De olho no tão falado equilíbrio, Pedro Vasconcellos, de 17 anos, já programou a rotina das duas semanas. - Vou dormir melhor nesses dias. Por conta das provas, a gente dorme pouco. Além de estudar quatro vezes por semana, umas três horas por dia. A orientadora pedagógica do 3 ano do Colégio Teresiano, Beth Teixeira, aconselha aos 
estudantes aproveitar o tempo livre para refazer provas antigas e recuperar déficits em alguma disciplina. 
- Não dá para se esquecer do vestibular, até porque em setembro já tem o segundo exame de qualificação da Uerj. Depois vêm a prova da PUC-Rio e o Enem, em outubro. Eles podem refazer provas antigas, aprofundar algum assunto em que identificaram ter problemas, montar um roteiro de revisão. Eu falo para descansarem da rotina, dormirem até mais tarde, mas sem exagero. É como uma maratona. Se um atleta deixar de correr por duas semanas, vai demorar para o corpo se habituar novamente - diz a orientadora. O mandamento será seguido à risca por Alessandra Gabino, de 17 anos, do Franco-Brasileiro. Ela quer uma vaga em Engenharia Química: - É a hora de estudar o que foi visto em outros anos e aquilo em que se está atrasado.


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> Portal G1, 12/07/2011
MEC suspende entrada de alunos em cursos à distância da Ulbra
Instituição oferecia aulas em locais irregulares, segundo ministério. Universidade tem 90 mil estudantes na modalidade
Do G1, em São Paulo
O Ministério da Educação suspendeu nesta terça-feira (12) o ingresso de novos alunos em cursos à distância da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), que tem sede em Canoas, no Rio Grande do Sul. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União. O despacho determina ainda a abertura de procedimento de supervisão para o descredenciamento de 193 polos de apoio presencial da universidade. Segundo o MEC, a universidade ofereceu aulas em locais irregulares, firmou parceria irregular e não pediu recredenciamento. O ministériosupervisiona a Ulbra desde 2009. A universidade tem cerca de 90 mil matriculados em cursos à distância e outros 40 mil alunos em cursos presenciais.
Reportagem da RBS TV mostrou denúncia de suspeita de fraude na aprovação de alunos dos cursos à distância. Eles seriam aprovados sem a correção de provas. A Ulbra afirmou que abriu processo administrativo para investigar o caso e que “irá colaborar com todos os meios necessários para esclarecer os fatos junto ao inquérito na Polícia Federal”. A
Polícia Federal não confirmou a existência de investigação. Sobre a suspensão de ingresso de alunos nos cursos à distância, a universidade afirmou que irá acatar a decisão do MEC e que já havia fechado polos de apoio presencial. O ex-reitor da Ulbra, o pastor Ruben Becker, foi indiciado pela Polícia Federal pelo desvio de recursos da universidade. O inquérito apura os crimes de estelionato, fraude, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, além de falsificação de documento. A verba desviada da universidade passaria de R$ 63 milhões.

> Portal G1, 12/07/2011
MEC suspende entrada de alunos em cursos à distância da Ulbra
Instituição oferecia aulas em locais irregulares, segundo ministério. Universidade tem 90 mil estudantes na modalidade
Do G1, em São Paulo
O Ministério da Educação suspendeu nesta terça-feira (12) o ingresso de novos alunos em cursos à distância da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), que tem sede em Canoas, no Rio Grande do Sul. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União. O despacho determina ainda a abertura de procedimento de supervisão para o descredenciamento de 193 polos de apoio presencial da universidade. Segundo o MEC, a universidade ofereceu aulas em locais irregulares, firmou parceria irregular e não pediu recredenciamento. O ministériosupervisiona a Ulbra desde 2009. A universidade tem cerca de 90 mil matriculados em cursos à distância e outros 40 mil alunos em cursos presenciais.
Reportagem da RBS TV mostrou denúncia de suspeita de fraude na aprovação de alunos dos cursos à distância. Eles seriam aprovados sem a correção de provas. A Ulbra afirmou que abriu processo administrativo para investigar o caso e que “irá colaborar com todos os meios necessários para esclarecer os fatos junto ao inquérito na Polícia Federal”. A
Polícia Federal não confirmou a existência de investigação. Sobre a suspensão de ingresso de alunos nos cursos à distância, a universidade afirmou que irá acatar a decisão do MEC e que já havia fechado polos de apoio presencial. O ex-reitor da Ulbra, o pastor Ruben Becker, foi indiciado pela Polícia Federal pelo desvio de recursos da universidade. O inquérito apura os crimes de estelionato, fraude, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, além de falsificação de documento. A verba desviada da universidade passaria de R$ 63 milhões.

> Portal G1, 12/07/2011
Inep cogita encaminhar redação do Enem à casa de alunos, diz Malvina
Presidente do Inep, Malvina Tuttman, participou da SBPC nesta terça (12). Segundo ela, estudantes têm o direito de rever a prova
Luna D’Alama do G1, em Goiânia (GO)
A presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Malvina Tuttman, disse na tarde desta terça-feira (12) durante palestra na 63ª reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em Goiânia, que o governo cogita a possibilidade de encaminhar a redação corrigida a todos os candidatos que fizerem as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a partir do segundo semestre de 2012. “O ministro [da Educação, Fernando Haddad] ainda tem que aprovar, e o Inep depende de maquinário pesado para isso", afirmou. Malvina disse que o aluno tem o direito de rever a prova. "Estamos nos organizando para isso. Não sei se ainda este ano, mas certamente para 2012, porque precisamos de máquinas mais potentes. O participante receberá a redação em casa, e essa não é uma ideia que surgiu de repente, é um processo legítimo de aprendizado", explicou.

Avaliação - A presidente do Inep afirmou, ainda, que o Enem precisa ser revisto. "Esse é um processo válido e importante, mas não é um exame de acesso à universidade, mas de avaliação do ensino médio." Se a prova vai continuar existindo daqui a 20 anos? "Não sei. Precisamos de formas mais democráticas, para que o acesso seja cada vez mais aberto a todos aqueles que desejam voltar ou dar continuidade ao sistema formal de ensino", respondeu Malvina. Paraprevenir novos problemas,
o Inep contratou a empresa de gestão de riscos Módulo e o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro). A primeira vai cuidar de todo o processo (desde a elaboração do edital até a logística) e o segundo ficará responsável por certificar a gráfica que vai imprimir as provas. "A logística de aplicação tem se fortalecido. Este ano, 1.599 municípios receberão o exame em mais de 140 mil salas de aula", disse a presidente do Inep.

Falhas - Na opinião do reitor da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), Hélgio Trindade, é uma questão de estatística ocorrerem eventuais problemas de gráfica ou aplicação quando se trata de uma prova dessa dimensão. "A logística é extremamente complexa e, por um ato involuntário ou acidental, uma coisa prejudica tudo. Acho que o Enem poderia ser pensado, no futuro, de forma mais regionalizada, para que o risco da grande concentração se diluísse de maneira mais racional. Temos que ser realistas, o custo disso hoje é enorme", afirmou.

Segundo Trindade, o ministro da Educação já sofreu muito desgaste em função de problemas com o Enem. "De hoje até o dia da realização, todos os santos terão que ser invocados para que não aconteça nada", ironizou. O reitor da Unila também criticou a concentração da aplicação doexame nas mãos do consórcio
Cespe/Cesgranrio. "A Cesgranrio é uma fundação privada que tem praticamente o monopólio da prova. Se ela fosse feita regionalmente, mais organizações estariam envolvidas, não apenas uma", defendeu. As universidades federais já ajudam na elaboração das questões do Enem, mas querem uma participação mais ativa: os reitores presentes na palestra propuseram uma maior atuação na logística. O Inep acredita que concentrar tudo em uma única universidade não seja possível, mas uma rede de instituições pode ser uma saída.

Por outro lado, Trindade destacou que, do ponto de vista conceitual, o Enem foi um avanço extraordinário para avaliar a maturidade e a capacidade dos estudantes de cursar o ensino superior. "Ele tem um papel na inclusão social e leva em consideração a capacidade de pensar de forma mais complexa do que fazem vestibulares e cursinhos, pois neles o conhecimento se perde e o aluno esquece tudo no fim do ano", disse. O exame, portanto, não mede memorização, mas aquilo que cada um carrega dentro de si, concluiu o reitor da Unila. Datas - As provas do Enem serão aplicadas em 22 e 23 de outubro em 12 mil locais e 140 mil salas de aula. Cerca de 5,4 milhões de estudantes estão inscritos para esta edição. O Inep já marcou outro Enem para o primeiro semestre do ano que vem, nos dias 28 e 29 de abril.

> Hoje em Dia, 12/07/2011
Localização da escola influencia aprendizado
Em áreas altamente vulneráveis, cerca de 50% dos alunos com baixos recursos culturais familiares têm desempenho abaixo do básico
Agência Estado
Alunos com o mesmo perfil sociocultural têm desempenhos diferentes de acordo com o índice de vulnerabilidade social do local onde fica a escola em que estudam. A conclusão é da pesquisa Educação em Territórios de Alta Vulnerabilidade Social na Metrópole, que avaliou o impacto da localização do colégio na educação. Em unidades localizadas em áreas altamente vulneráveis, cerca de 50% dos alunos com baixos recursos culturais familiares (bens culturais disponíveis em casa, como TV, DVD, internet e livros, aferidos pelo questionário socioeconômico da Prova Brasil, e escolaridade da mãe ou mulher responsável pelo estudante) têm desempenho abaixo do básico e apenas 10% deles apresentam desempenhoadequado. Já nos colégios de entorno não vulnerável, 38% dos alunos com esse mesmo perfil estão abaixo do básico. A melhora também aparece no aumento de taxa de estudantes com aprendizado adequado e avançado: 24%. A pesquisa conclui que escolas em territórios de maior vulnerabilidade social têm Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) mais baixo que as de entorno menos vulnerável.

Os dados também apontam que alunos com mais recursos culturais apresentam notas mais baixas quando estão matriculados em escolas que ficam em territórios de alta vulnerabilidade social. "Quando mostramos o impacto que o entorno
da escola tem na vida do aluno de baixo nível sociocultural, percebemos que ele é, sim, capaz de aprender", explica Mauricio Érnica, coordenador do estudo. A pesquisa é de Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), Fundação Tide Setubal, Fundação Itaú Social e Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) em 61 escolas públicas de Ensino Fundamental da subprefeitura de São Miguel Paulista, zona leste de São Paulo. Também foram usadas as notas da 4ª série do Ensino Fundamental na Prova Brasil de Língua Portuguesa de 2007 e o Índice Paulista de Vulnerabilidade Social. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Integração Nacional quer criar programa de bolsas com a Capes
SABINE RIGHETTI ENVIADA ESPECIAL A GOIÂNIA
O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, anunciou nesta terça-feira que pretende criar um programa de bolsas com a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) voltado para assuntos de interesse da pasta. De acordo com o ministro, a ideia é ter bolsas de pós-graduação --mestrado, doutorado e pós-doutorado-- na área de desastres naturais, gestão de recursos hídricos e desenvolvimento regional para ampliar a quantidade de pesquisas feitas nessas áreas. "O ministério quer aproveitar o conhecimento científico do país para estudar questões de interesseda integração nacional. Além disso, queremos qualificar pessoas em áreas emergentes, como desastres naturais", disse Coelho à Folha durante a 63ª reunião anual da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), que acontece em Goiânia.

Os recursos para as bolsas sairão do ministério, afirmou Coelho. "É dinheiro novo", anima-se. A quantidade de verba, no entanto, ainda não está definida e deve ser anunciada pelo ministério e pela Capes no final de agosto. "Mas queremos ter as primeiras bolsas ainda neste ano." O 
ministro disse ainda que a iniciativa do ministério é uma "tentativa" de aproximar a integração nacional da academia brasileira. "A iniciativa das bolsas é um gesto de reconhecimento do trabalho que os cientistas brasileiros têm realizado", disse. "Vamos nos valer do conhecimento científico para direcionar políticas públicas do ministério." Pouco antes do anúncio das bolsas, Coelho criticou a condução do debate sobre o novo Código Florestal pelo governo devido ao pouco espaço dado para os cientistas. "Espero que agora, no Senado, os cientistas sejam mais ouvidos.
Integração Nacional quer criar programa de bolsas com a Capes
SABINE RIGHETTI ENVIADA ESPECIAL A GOIÂNIA
O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, anunciou nesta terça-feira que pretende criar um programa de bolsas com a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) voltado para assuntos de interesse da pasta. De acordo com o ministro, a ideia é ter bolsas de pós-graduação --mestrado, doutorado e pós-doutorado-- na área de desastres naturais, gestão de recursos hídricos e desenvolvimento regional para ampliar a quantidade de pesquisas feitas nessas áreas. "O ministério quer aproveitar o conhecimento científico do país para estudar questões de interesseda integração nacional. Além disso, queremos qualificar pessoas em áreas emergentes, como desastres naturais", disse Coelho à Folha durante a 63ª reunião anual da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), que acontece em Goiânia.

Os recursos para as bolsas sairão do ministério, afirmou Coelho. "É dinheiro novo", anima-se. A quantidade de verba, no entanto, ainda não está definida e deve ser anunciada pelo ministério e pela Capes no final de agosto. "Mas queremos ter as primeiras bolsas ainda neste ano." O 
ministro disse ainda que a iniciativa do ministério é uma "tentativa" de aproximar a integração nacional da academia brasileira. "A iniciativa das bolsas é um gesto de reconhecimento do trabalho que os cientistas brasileiros têm realizado", disse. "Vamos nos valer do conhecimento científico para direcionar políticas públicas do ministério." Pouco antes do anúncio das bolsas, Coelho criticou a condução do debate sobre o novo Código Florestal pelo governo devido ao pouco espaço dado para os cientistas. "Espero que agora, no Senado, os cientistas sejam mais ouvidos.
Integração Nacional quer criar programa de bolsas com a Capes
SABINE RIGHETTI ENVIADA ESPECIAL A GOIÂNIA
O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, anunciou nesta terça-feira que pretende criar um programa de bolsas com a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) voltado para assuntos de interesse da pasta. De acordo com o ministro, a ideia é ter bolsas de pós-graduação --mestrado, doutorado e pós-doutorado-- na área de desastres naturais, gestão de recursos hídricos e desenvolvimento regional para ampliar a quantidade de pesquisas feitas nessas áreas. "O ministério quer aproveitar o conhecimento científico do país para estudar questões de interesseda integração nacional. Além disso, queremos qualificar pessoas em áreas emergentes, como desastres naturais", disse Coelho à Folha durante a 63ª reunião anual da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), que acontece em Goiânia.

Os recursos para as bolsas sairão do ministério, afirmou Coelho. "É dinheiro novo", anima-se. A quantidade de verba, no entanto, ainda não está definida e deve ser anunciada pelo ministério e pela Capes no final de agosto. "Mas queremos ter as primeiras bolsas ainda neste ano." O 
ministro disse ainda que a iniciativa do ministério é uma "tentativa" de aproximar a integração nacional da academia brasileira. "A iniciativa das bolsas é um gesto de reconhecimento do trabalho que os cientistas brasileiros têm realizado", disse. "Vamos nos valer do conhecimento científico para direcionar políticas públicas do ministério." Pouco antes do anúncio das bolsas, Coelho criticou a condução do debate sobre o novo Código Florestal pelo governo devido ao pouco espaço dado para os cientistas. "Espero que agora, no Senado, os cientistas sejam mais ouvidos.
Integração Nacional quer criar programa de bolsas com a Capes
SABINE RIGHETTI ENVIADA ESPECIAL A GOIÂNIA
O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, anunciou nesta terça-feira que pretende criar um programa de bolsas com a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) voltado para assuntos de interesse da pasta. De acordo com o ministro, a ideia é ter bolsas de pós-graduação --mestrado, doutorado e pós-doutorado-- na área de desastres naturais, gestão de recursos hídricos e desenvolvimento regional para ampliar a quantidade de pesquisas feitas nessas áreas. "O ministério quer aproveitar o conhecimento científico do país para estudar questões de interesseda integração nacional. Além disso, queremos qualificar pessoas em áreas emergentes, como desastres naturais", disse Coelho à Folha durante a 63ª reunião anual da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), que acontece em Goiânia.

Os recursos para as bolsas sairão do ministério, afirmou Coelho. "É dinheiro novo", anima-se. A quantidade de verba, no entanto, ainda não está definida e deve ser anunciada pelo ministério e pela Capes no final de agosto. "Mas queremos ter as primeiras bolsas ainda neste ano." O 
ministro disse ainda que a iniciativa do ministério é uma "tentativa" de aproximar a integração nacional da academia brasileira. "A iniciativa das bolsas é um gesto de reconhecimento do trabalho que os cientistas brasileiros têm realizado", disse. "Vamos nos valer do conhecimento científico para direcionar políticas públicas do ministério." Pouco antes do anúncio das bolsas, Coelho criticou a condução do debate sobre o novo Código Florestal pelo governo devido ao pouco espaço dado para os cientistas. "Espero que agora, no Senado, os cientistas sejam mais ouvidos.
Alguma coisa está fora da Ordem...
Paulo Chico
No próximo domingo, dia 17, 135 mil bacharéis em Direito farão as provas de mais um temido Exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Com tão pouco tempo para efetuar a revisão do que foi - ou deveria ter sido - aprendido ao longo da faculdade, resta desejar a eles que tenham melhor sorte do que aquela que (não) sorriu para a maioria do inscritos no última edição da avaliação, aplicada em dezembro de 2010. Dados da OAB divulgados na última semana revelam que o Exame do final do ano passado reprovou 88,27% dos 106.891 inscritos - e, na prática, apesar de diplomados, eles não podem exercer a função de advogados. Em números absolutos, apenas 12.534 candidatos foram aprovados. No Rio de Janeiro, e também no país afora, houve mesmo uma situação cômica, se não fosse trágica. Em todo o país, 90 instituições de ensino não conseguiram aprovar ao menos um de seus alunos no Exame da Ordem. No Rio, três faculdades chegaram ao final da avaliação nesta condição. Isto é, com o expressivo índice de 0% de aproveitamento. Mas, afinal, o que acontece com o Exame? Onível de exigência das questões - elaboradas pela Fundação Getulio Vargas é alto demais? Trata-se mesmo de uma prova somente para superdotados? Ou, justamente ao contrário, o nível da formação superior em Direito é que anda baixo demais? Ou, ainda, será que, simplesmente, não é injusto cobrar das faculdades que elas resolvam problemas de formação herdados ainda da escola básica? "Lamentavelmente, esse resultado é um reflexo do ensino jurídico do Brasil e da irresponsabilidade governamental de liberar mais cursos. Só na gestão da presidenta Dilma Rousseff já foram liberados mais 33. Temos mais de 1 mil cursos de Direito e cerca de 600 mil vagas em oferta - e não há efetivamente mestres e doutores para preparar todos esses alunos", dispara o presidente da OAB, Ophir Cavalcante.

A OAB chegou a enviar, no dia 6 de julho, ofício ao Ministério da Educação, solicitando que o órgão imponha um regime de supervisão às instituições de ensino de Direito que não 
conseguirem aprovar pelo menos um de seus inscritos no Exame. No ofício, Ophir Cavalcante classifica como "lamentável" a estatística. "Algumas dessas instituições têm cometido um verdadeiro 'estelionato educacional', enganando estudantes que acreditam estar recebendo uma boa educação", pontuou ele, para prosseguir. "Um ensino jurídico não qualificado compromete a formação dos operadores do Direito. E o advogado bem preparado é e será sempre sinônimo de uma Justiça melhor. Contudo, hoje, a maioria, quando termina o curso e se submete ao Exame de Ordem ou a um concurso, é reprovada. Ou seja, no final, o bacharel verifica que tem um diploma na mão, mas que não vale nada." O ministro Fernando Haddad respondeu, no dia 7, que a fiscalização sugerida pela Ordem já é feita pelo Exame Nacional de Estudantes (Enade). Vale lembrar que, em junho deste ano, o MEC anunciou o fechamento de quase 11 mil vagas em 136 cursos de direito, que não apresentaram índices satisfatórios de desempenho na avaliação governamental.

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