domingo, 26 de setembro de 2010

Jornal da Educação

Jornal da Educação
 Publicação mensal com conteúdo editorial segmentado para os setores educacional, cultural e de recursos humanos. A versão impressa circula com maior ênfase nas regiões Norte, Nordeste, Médio Vale do Itajaí e Vale do Rio Itapocu no estado de Santa Catarina. 
Edição Setembro/2010
Edição Setembro/2010

Novos artigos...
Educação Infantil
Antes de aprender a ler... Ouvir e imaginar
“Sabemos que é importante para a formação de qualquer criança ouvir histórias, muitas histórias... Escutá-las é o início da aprendizagem para que o ser em formação torne-se um leitor atento, sensível e apto a trilhar um caminho absolutamente infinito de descobertas”, registra a auxiliar de direção e coordenadora pedagógica, Maria Eli Rabethge
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As atividades desenvolvidas no CEI envolveram principalmente o brincar, os movimentos do corpo e o pensamento simbólico e cognitivo das crianças. 
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Estudar os animais
Alunos confrontam teoria e prática através de visita ao zoológico (Setembro/2010)
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“Eu gostei de ver todos os animais. O mais bonito é a zebra porque ela come rápido e tem listras que deixam ela bem engraçada”, comentário da pequena Heloisa Farias Gomes, 6 anos, sobre a viagem ao zoológico, de Curitiba. 
 
 

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Opinião
Não basta votar é preciso ser cidadão! (Setembro/2010)
Cidadão é o indivíduo no gozo dos direitos políticos e civis de um Estado. Mas nem todo cidadão é um patriota. 
Nos últimos meses, a constatação de que as disciplinas de OSPB- Organização Social e Política do Brasil e EMC - Educação Moral e Cívica têm feito falta na formação dos brasileiros, é quase uma unanimidade. 


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Perdendo o medo
Por que o cachorro morde?
Massaranduba – Durante o mês de agosto, as crianças do maternal II do CEI Hulda Cardoso foram envolvidas no projeto O Cachorro. Trabalhado em conjunto pelas professoras Maria do Carmo Jacobi, Bruna C. Mohr, Juliane Morsch e Veronita T. Martendal.
 
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Superdotados
Brasil realiza congresso para superdotados
Curitiba - Alunos superdotados e de baixa renda participaram ativamente, de  13 a 15 de setembro, do I Congresso Internacional sobre Altas Habilidades/Superdotação realizado em solo brasileiro. Os estudantes são integrantes do programa social Bom Aluno e também do Instituto para a Otimização da Aprendizagem, que orienta superdotados.
 
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Da esquerda para a direita, Rodrigo dos Santos Wa In Chin; Dr.ª Maria Helena Novaes; Dr.ª Maria Lúcia Sabatella, diretora do Inodap; Ramon Gouveia de Paula, Sophia...
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Semana do Trânsito
Brincar de bola na rua, não pode! 
Joinville – A preocupação com a segurança das crianças, que estão em contato direto com o trânsito movimentado do Bairro Boa Vista, motivou os professores da EEB Albano Schmidt a desenvolver o projeto Trânsito seguro... É direito e dever de todos!  


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Feira das Instituições
Feira auxilia estudantes na escolha da profissão
Joinville – Pelo terceiro ano consecutivo, a Escola de Ensino Médio Governador Celso Ramos realizou a Feira das Instituições. O objetivo é ajudar os estudantes a escolher em qual curso superior ou técnico, ingressar.  
 
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Os alunos do terceiro ano assistiram também à palestra sobre direito, ministrada por integrantes do projeto OAB vai a Escola.
 
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Água e Saneamento
Esgotamento sanitário: Uso correto evita vazamento e refluxo
A falta do sistema de esgotamento sanitário ou seu mau uso podem causar diversos problemas especialmente na área de saúde e meio ambiente. 


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Valorizar a pátria
A árvore nasce, cresce e se desenvolve, assim como nós!
Joinville – Em 2010 o projeto Brasil 500 anos, desenvolvido no Colégio Santo Antonio completa 10 anos. “Tudo começou quando escrevi uma carta para a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, solicitando uma muda do verdadeiro Pau-Brasil, para plantarmos na frente da escola”, explica o coordenador do projeto, professor de geografia e sociologia, Darci dos Santos Filho.

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Ensino Superior
Responsabilidade social a partir da escola
Joinville – Alunos de quatro cursos do Instituto Superior Tupy – IST e da Sociedade Educacional de Santa Catarina – Sociesc lançaram a Régua da Inclusão, durante o Congresso de Inovação Tecnológica – Cintec, que ocorreu no dia 27 de agosto. O produto auxiliará as pessoas com deficiência visual severa no processo de aprendizado e escrita. 

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Projeto Perfil
Proposta Curricular Unificada já é realidade (Setembro/2010)
Durante a Conferência Municipal de Educação de Garuva, realizada no dia 27 de agosto, professores, supervisores, diretores, orientadores e funcionários aprovaram o texto da Proposta Curricular Unificada para as escolas da rede municipal. 
 
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Psicologia e Educação
Informática nas escolas: Uma estranha que precisamos conhecer (Setembro/2010)
Resolvi fazer uma enquete sobre o uso da informática nas aulas em diversas cidades de Santa Catarina. Levei quase todo o mês de agosto. 
Usei as seguintes ferramentas: Google e enquete direta com meus alunos e ex-alunos dos cursos de pós-graduação em que leciono, pessoalmente e por e-mail. Peguei na internet o nome de escolas de diversos municípios catarinenses e liguei para muitas escolas, querendo saber de algum projeto de Informática em andamento.


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Homenagem ao patrono
Conhecer e valorizar o patrono da escola
Jaraguá do Sul – Em homenagem ao seu patrono, a EMEF Vitor Meirelles realizou uma exposição de obras e biografias do pintor, entre os dias 17 e 18 de agosto, nas dependências da unidade escolar.
Vitor Meirelles nasceu em 18 de agosto de 1832, em Nossa Senhora do Desterro (atual Florianópolis).  

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Desfile cívico
Ecofarra é destaque
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Garuva – Uma banda formada por 54 alunos, que confeccionaram os instrumentos com material reciclável -  a Ecofarra foi um dos destaques do desfile cívico alusivo ao Dia da Independência em Garuva. 
A banda reúne estudantes do Programa MusicArt Cidadania no qual podem participar somente crianças e adolescentes de cujos  familiares também se integrem ao programa. 
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APÓIA
Combate à evasão escolar (Setembro/2010)
A efetivação de ações capazes de melhorar a aprendizagem e combater à evasão escolar são prioridades para a Secretaria da Educação que trabalha num universo educacional de aproximadamente 2100 estudantes. O  objetivo é manter a Rede Municipal de Ensino em patamares de excelência e qualidade. 


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Ensino de história da educação nos cursos de pedagogia (Março/2010)

Ensino de história da educação nos cursos de pedagogia (Março/2010)PDFImprimirE-mail


Nas últimas décadas, no Brasil, a partir de novos e instigantes objetos de pesquisa e de inovadoras perspectivas teóricas, houve um crescimento significativo do campo da História da Educação. A pesquisa em História da Educação passou a explorar novas questões e a ampliar estudos históricos no campo educativo.
O enriquecimento e o esmigalhamento da História da Educação têm implicações expressivas no ensino de História da Educação, especialmente nos cursos de graduação. Diante de diversificados objetos, abordagens e perspectivas teóricas, deve-se perguntar: qual História da Educação ensinar? 

É importante considerar também que a Pedagogia não tem uma raiz disciplinar, mas se apropria de várias ciências, sendo que essa operação é, historicamente, flutuante. E, até bem pouco tempo, os cursos de Pedagogia geralmente tinham um currículo aberto que formava para diferentes habilitações. Essa conformação curricular excessivamente aberta vem sendo criticada por vários pedagogos e cientistas sociais, particularmente à luz dos sofríveis desempenhos dos alunos dos anos iniciais do ensino fundamental nas avaliações nacionais e internacionais.
No entanto, as atuais diretrizes curriculares nacionais para o Curso de Pedagogia, oficializadas pela Resolução nº 01 do Conselho Nacional de Educação, de 15 de maio de 2006, afunilam a habilitação do Curso de Pedagogia para o magistério dos anos iniciais do ensino fundamental e da educação infantil. As novas diretrizes curriculares nacionais para o Curso de Pedagogia engendram discussões em torno do formato do currículo, bem como do desenho e do espaço de suas disciplinas. Neste novo formato curricular do Curso de Pedagogia, como a disciplina História da Educação deveria ser construída?
À luz das diretrizes curriculares vigentes para os cursos de Pedagogia é oportuno e salutar que a disciplina História da Educação coloque o foco sobre a escolarização da infância, proporcionando um olhar histórico sobre os anos iniciais do ensino fundamental e a educação infantil. Desta forma, a disciplina História da Educação colocaria as/os estudantes do Curso de Pedagogia em contato com experiências de escolarização da infância em diferentes temporalidades. Esse conhecimento deve proporcionar estranhamento que relativize as culturas escolares das instituições de educação da infância, percebendo-as como construções históricas. Por outro lado, ele deve contribuir para perceber que algumas culturas escolares permanecem por longos tempos e invadem o presente. 
Ademais, é imprescindível contextualizar a escolarização da infância no campo educativo e na sociedade, procurando perceber como as políticas e manifestos educativos e movimentos sociais intervêm na tessitura das culturas escolares. Contudo, essa necessária perspectiva relacional não deve tirar o foco na escolarização da infância e nem se perder em digressões contextuais.
 
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Educação de afrodescentes em perspectiva histórica (Abril/2010)

Educação de afrodescentes em perspectiva histórica (Abril/2010)PDFImprimirE-mail


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Neste início do ano do centenário da morte de Joaquim Nabuco, autor de “O Abolicionismo”, a questão da educação de afrodescendentes foi revisitada por meio de duas dissertações de mestrado defendidas na UDESC. Elas abordam experiências de escolarização de descendentes de africanos entre final do período imperial e as primeiras décadas da era republicana.
A dissertação de mestrado de Graciane Daniela Sebrão, sugestivamente intitulada “Presença/ausência de africanos e afrodescendentes no processo de escolarização em Desterro – Santa Catarina (1870-1888)”, focaliza a invisibilidade dos africanos nos diferentes níveis de ensino no final do período imperial. Esse trabalho mostra algumas intenções decorrentes a Lei do Ventre Livre (1871) e pouquíssimas iniciativas de inclusão de afrodescendentes em algumas instituições educativas como a Escola de Aprendizes Marinheiros e as escolas noturnas para adultos, bem como a subvenção de alunos pobres no ensino secundário. Essa situação é próxima dos descendentes de indígenas e contrasta com as redes escolares de imigrantes europeus.
A pesquisa de Graciane indica que foram raros os casos de inclusão de afrodescendentes no sistema de ensino e boa parte deles não são registrados em documentos históricos. O caso mais emblemático analisado foi o do poeta Cruz e Souza, filho de escravos, que realizou estudos na escola elementar e no ensino secundário. O menino João da Cruz e Souza aprendeu as primeiras letras com Clarinda Sousa e freqüentou a “escola de D. Camila”. Devido ao seu desempenho escolar e contatos sociais, ele ingressou no Colégio da Conceição e, posteriormente, no Ateneu Provincial, quando teve a ajuda dos cofres da Província de Santa Catarina. O grande poeta simbolista foi uma rara exceção na cidade de Nossa Senhora do Desterro em fins do século XIX, pois os afrodescendentes eram excluídos nas escolas.
A dissertação de mestrado “Educação no pós-abolição: um estudo sobre as propostas educacionais de afrodescendentes (São Paulo, 1918-1931)”, de Willian Robson Soares Lucindo trata de experiências educativas na capital do Estado de São Paulo durante a Primeira República. Ela constata que, no Estado de São Paulo, a implantação do regime republicano não representou avanços significativos, no campo escolar, para os afrodescentes, pois a modernização pedagógica estabelecida com a criação dos grupos escolares favoreceu os filhos de imigrantes europeus. O trabalho de Willian também dá visibilidade a algumas associações comunitárias que procuraram proporcionar educação crítica e consistente para descendentes de africanos, particularmente a partir da década de 1920.   
Esses trabalhos históricos são contribuições significativas para a historiografia da educação pelo fato de indicar a exclusão de afrodescendentes no sistema escolar brasileiro, que se desdobra até os dias de hoje.   
 
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