domingo, 17 de julho de 2011


Chifre pode resolver mistério da extinção dos dinossauros

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DA FRANCE PRESSE
Um pequeno chifre fossilizado, descoberto em um local incomum, pode acabar com a polêmica sobre a causa do desaparecimento dos dinossauros há 65 milhões de anos, que há 30 anos divide os partidários de diversas teorias.
Segundo um estudo publicado na revista "Biology Letters" da Royal Society britânica, a presença deste chifre de dinossauro em uma camada das colinas de Montana (Estados Unidos) sugere uma brusca mudança climática provocada pela queda de um asteróide na Terra.
Durante muito tempo, o desaparecimento dos dinossauros foi um mistério que deu lugar a todo tipo de especulações.
Os especialistas se limitavam a constatar que seus fósseis abundam na era Mesozóica (248 milhões a 65 milhões de anos), mas que não são encontrados outros rastros nas rochas mais recentes.
Em 1980, vários cientistas da Universidade da Califórnia, em Berkeley (Estados Unidos), liderados por Luis Alvarez e seu filho Walter, descobriram que uma camada de argila de 65 milhões de anos continha uma forte taxa de irídio, um metal muito raro e quase ausente da superfície da Terra, mas não nos meteoritos.
Para os pesquisadores, era um sinal de um impacto da colisão com a Terra de um grande objeto vindo do espaço, que teria provocado uma catástrofe ecológica que apagou bruscamente os dinossauros do planeta, assim como diversas espécies animais e vegetais.
IMPACTO
Em março de 2010, 41 pesquisadores apontaram como causa um asteróide de 15 km de diâmetro que caiu em Chicxulub, na província mexicana de Yucatán, atingindo a Terra com uma potência fenomenal.
A teoria da extinção do Cretáceo-Terciário, muito polêmica no início, foi alimentada mais tarde por diversos estudos, que não convenceram os defensores da principal teoria adversa.
Embora estes especialistas não neguem a queda do asteróide na época do Cretáceo-Tericário, consideram que esta extinção massiva está vinculada a fenômenos vulcânicos muito mais antigos, cuja origem encontra-se na atual Índia.
Após 1,5 milhão de anos, estas erupções teriam desembocado no mesmo resultado que o asteróide: um lento esfriamento e depósitos de irídio ou de outros minerais raros.
Segundo alguns cientistas, a população de dinossauros já teria desaparecido antes da queda deste asteróide no Yucatán. A prova seria a existência de uma camada de três metros nos sedimentos geológicos situados abaixo dos do Cretáceo-Terciário, e, portanto, anteriores a este período, no qual jamais foram descobertos fósseis de dinossauros.
Isto foi até uma equipe dirigida por Tyler Lyson, da Universidade de Yale, encontrar o chifre frontal de um ceratops 13 cm abaixo do limite geológico que marca o início do episódio KT.
"A localização deste dinossauro demonstra que não existe um 'vazio de três metros' no Cretáceo e é incompatível com a hipótese segundo a qual os dinossauros (...) desapareceram antes do impacto" do asteróide, conclui o estudo do professor Lyson.
No entanto, a polêmica não está definitivamente enterrada.
Os geólogos que descobriram este chifre reconhecem que não podem explicar a ausência total de fósseis em uma camada de sedimentos de 125 cm depositada imediatamente após a queda do asteróide.


Cientistas apresentam dente criado a partir de células-tronco

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DE SÃO PAULO
Atualizado em 13/07/2011 às 11h36.
Pesquisadores da Universidade de Ciência de Tóquio apresentaram hoje imagens de um dente desenvolvido a partir de células-tronco de camundongo.
O processo de bioengenharia do dente, que foi implantado na mandíbula de um camundongo, permitiu a composição de todas as suas diferentes estruturas, incluindo canal e osso.
Dr. Takashi Tsuji/Tokyo University of Science/Reuters
Dente foi criado a partir de células-tronco de camundongo e implantado na mandíbula inferior do animal
Dente foi criado a partir de células-tronco de camundongo e implantado na mandíbula inferior do animal

Armadilha com chulé é usada para combate do mosquito da malária

DA BBC BRASIL
Um jovem pesquisador da Tanzânia desenvolveu uma armadilha com chulé artificial que atrai quatro vezes mais o mosquito causador da malária do que outros meios de combate tradicionais. A pesquisa foi reconhecida e premiada nesta quarta-feira por duas organizações da América do Norte.
O chefe de pesquisa do Instituto de Saúde de Ifakara, na Tanzânia, Fredros Okumu, liderou a pesquisa. Sua equipe desenvolveu um odor artificial que imita o cheiro do chulé em meias e é colocado dentro de uma armadilha.
O chulé pode atrair mosquitos em um raio de 110 metros de distância. Por conter substâncias venenosas em sua composição, o cheiro acaba matando os insetos.
Nesta quarta-feira, a Fundação Bill e Melinda Gates, dos Estados Unidos, e a Grand Challenge Canada concederam um prêmio de US$ 775 mil (cerca de R$ 1,2 milhão) à equipe de Okumu para que dê continuidade aos estudos.
ERRADICAÇÃO
O experimento de Okumu foi baseado nos resultados da pesquisa do holandês Bart Knols, que há mais de uma década concluiu que o odor dos pés é um atrativo para as moscas.
A inovação promovida na Tanzânia, no entanto, é o cheiro artificial, mais eficiente, e o uso da armadilha com o inseticida.
"Nós sabiamos que, se você estiver vestindo uma meia, atrai o mosquito para o seu pé. Não por causa do material da meia, mas por causa do odor do pé, que adere ao tecido", disse.
A pesquisa de Okumu, que durou dois anos, pretende amenizar um problema crônico na África e em outras regiões tropicais do mundo: o alto índice de mortes por malária.
A cada ano, 220 milhões de pessoas contraem a doença, transmitida por mosquitos, e cerca de 800 mil pessoas morrem, segundo a ONU. A grande maioria das vítimas são pobres e crianças.
Okumu faz um apelo para que os investimentos no combate à malária não sejam interrompidos.
Segundo ele, se o financiamento continuar no atual patamar pelos próximos dez anos, é possível que o mundo fique mais próximo da erradicação da malária.

Dinossauros estrelam exposição no Museu de História Natural de Los Angeles

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FERNANDO MEXÍA
DA EFE, EM LOS ANGELES
Os dinossauros trocarão Hollywood pelo Museu de História Natural de Los Angeles (NHM), a partir do próximo sábado (16), com a inauguração de uma das maiores exposições do mundo sobre esses animais pré-históricos.
Mais de 300 fósseis e 20 exemplares completos compõem a ambiciosa mostra, atualizada com as descobertas mais recentes e com diversos itens que nunca foram apresentados ao público, dizem seus curadores.
"É um sonho que se torna realidade", disse o paleontólogo argentino Luis Chiappe, diretor do Instituto dos Dinossauros do NHM e "pai" da exposição, em visita guiada para a imprensa.
A coleção tem desde excrementos fossilizados, pegadas e ovos até gigantes herbívoros como o tricerátopo, o estegossauro e o imenso mamenquissauro de mais de 20 metros de comprimento, passando por réplicas do "fruitadens" - do tamanho de um esquilo - e uma sala dominada por tiranossauros.
"As pessoas acreditam que todos os animais que viveram com os dinossauros são dinossauros, que todos os dinossauros viveram ao mesmo tempo e que estão todos extintos, mas queremos mostrar que existem descendentes vivos", indicou o cientista, em referência a algumas aves.
Robyn Beck/France Presse
Veja a galeria de imagens com os destaques da exposição de dinossauros em Los Angeles
Veja a galeria de imagens com os destaques da exposição de dinossauros em Los Angeles
TIRANOSSAURO REX
O ponto alto dessa nova coleção permanente do museu são três exemplares de tiranossauros rex que compõem uma série única que reflete os períodos de desenvolvimento do famoso predador do período Cretácio Superior.
"É possível ver como esses animais, em alguns momentos, cresciam em grande velocidade, mas não tinham esse mesmo comportamento durante a vida toda, o que nos dá uma visão especular sobre seu comportamento", declarou Chiappe.
O menor dos rex é uma espécie que morreu quando tinha dois anos e media 3 metros de comprimento, metade do tamanho do segundo exemplar mais velho, morto aos 14 anos.
Já o "irmão" mais velho da coleção morreu aos 17 anos, somente três a mais que o do meio, mas com quase o dobro de peso e de comprimento.
ÍCONES
A exposição ocupa 1.300 metros quadrados, distribuídos em duas salas completamente renovadas, e é um dos elementos chave do plano de modernização do museu, com vista à comemoração de seu centenário em 2013.
"Sabemos que os dinossauros são os ícones de um museu da história natural", afirmou Chiappe, ciente da expectativa que despertam esses animais.
"Desde crianças somos fascinados por essas criaturas enormes e misteriosas. É como se fossem dragões da era medieval, tão incríveis com suas cabeças e suas caudas", afirmou o paleontólogo, que em Los Angeles reconheceu a importância que Hollywood teve em fomentar o interesse geral a respeito do tema.
"Acho que, de alguma maneira, serviram à ciência", admitiu Chiappe, classificando como "muito divertida" a saga "Jurassic Park", de Steven Spielberg e baseada nos livros de Michael Crichton. "Não existe uma forma de recriar os dinossauros nos dias de hoje, isso é certo, e é algo que duvido que possa ser feito no futuro também", comentou o cientista.
Mas os visitantes poderão se deparar com algo parecido com o que ocorre nos filmes. De vez em quando, uma maquete gigante de um tiranossauro percorre os corredores do museu mostrando os dentes e emitindo um potente rugido.

13/07/2011 - 13h48

Mais distante planeta do Sistema Solar, Netuno faz 165 anos

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DA EFE
O mais distante planeta do Sistema Solar, Netuno fez aniversário de descobrimento na terça-feira (12).
Para comemorar a data, a Nasa e ESA (as agências espaciais americana e europeia) divulgaram fotos do planeta gasoso que foram tiradas pelo telescópio espacial Hubble.
Como Netuno leva quase 165 anos para completar uma volta em torno do Sol, só agora se passou um ano netuniano desde que foi localizado, em 1846.
Nasa, Esa, Hubble/Efe
Netuno leva quase 165 anos para completar uma volta em torno do Sol; acima, imagens do planeta gasoso
Netuno leva quase 165 anos para completar uma volta em torno do Sol; acima, imagens do planeta gasoso

15/07/2011 - 08h28

Ministro é contra contratação de professor universitário sem pós

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SABINE RIGHETTI
ENVIADA ESPECIALA A GOIÂNIA
O ministro da Educação Fernando Haddad afirmou nesta quinta-feira que é contra o projeto de lei da Comissão de Serviços de Infraestrutura que altera a LDB (Lei de Diretrizes e Bases) e permite a contratação de professores em universidades públicas e privadas sem título de mestrado ou doutorado.
"O PL está na contramão do que o PNE [Plano Nacional da Educação] quer", disse Fernando Haddad durante sua palestra, na 63a reunião anual da SBPC, que acontece em Goiânia.
"É óbvio que o ministério entende que quem está no mercado de trabalho [e não tem titulação de pós] deve ser valorizado para dar aula. Mas isso deve ser a exceção e não a regra", completou o ministro.
Uma das justificativas do PL é permitir a contratação de profissionais de "notório saber" que não são absorvidos nas universidades em razão da exigência de títulos.
CRÍTICAS NA SBPC
No primeiro dia do encontro da SBPC, a presidente da instituição, Helena Nader, já havia criticado o projeto. De acordo com ela, se o PL for aprovado, todo o sistema de ensino brasileiro será fragilizado.
"Não podemos admitir a possibilidade de esse projeto vir a se tornar lei", disse Nader.
O senador Álvaro Dias (PSDB-PR), relator da proposta na Comissão de Educação, argumenta que faltam docentes para a educação superior.
"É de se perguntar se havia doutores diplomados no alvorecer de Bolonha, Oxford, Harvard e Coimbra", afirmou Dias, em seu parecer favorável ao projeto.
"Precisamos olhar para as grandes universidades do mundo hoje, como Harvard, e ver que elas estão seguindo o caminho oposto [ao que propõe o PL]", disse o ministro Fernando Haddad.
O projeto ainda deverá passar pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). Caso seja aprovado em plenário, será avaliado pela Câmara dos Deputados.

15/07/2011 - 16h19

Cientistas descobrem fósseis de insetos extintos no Peru

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DA EFE
Cientistas peruanos descobriram quatro espécies de insetos e uma de aranha, todos elas extintas, fossilizadas em peças de âmbar de 20 milhões de anos de antiguidade.
As cinco espécies desaparecidas foram encontradas em em abril deste ano pelo paleontólogo Klaus Hönninger --líder do estudo e diretor do museu Meyer Hönninger --em uma rica jazida às margens do rio Santiago, na área amazônica.
O pesquisador destacou que, na jazida, pertencente ao período Mioceno, foram encontradas 360 peças de âmbar --as espécies extintas estavam em cinco delas.
Hönninger ressaltou que o material permitirá determinar como viviam esses animais 20 milhões de anos atrás, bem como reconstruir o habitat dessa região amazônica da época. "Vamos poder compreender como era o Amazonas."
Segundo ele, todas as espécies compartilham a característica de terem longas extremidades, uma possível evidência da adaptação ao meio em que viviam.
Museu Klaus Honninger Mitrani/Efe
Fóssil de vesta ficou conservado em âmbar de 20 milhões de idade; descoberta foi no rio Santiago
Fóssil de vesta ficou conservado em âmbar de 20 milhões de idade; descoberta foi no rio Santiago
Para Hönninger, a espécie mais estranha presa no âmbar é uma aranha de dois milímetros de comprimento, com patas que triplicam o tamanho de seu corpo.
Ele destaca, além disso, uma vespa de três milímetros de comprimento sem ferrão, com seis patas e duas antenas com as mesmas dimensões que o corpo, um grande tamanho em comparação às antenas de seus parentes atuais.
A vespa, que ficou presa no âmbar quando devorava outro inseto, tem a peculiaridade de ter um aparelho reprodutor situado em uma pequena cavidade entre o tórax e o abdômen, enquanto as atuais o possuem na parte traseira.
Museu Klaus Honninger Mitrani/Efe
Para pesquisador, espécie mais estranha é uma aranha com patas que triplicam o tamanho do corpo dela
Para pesquisador, espécie mais estranha é uma aranha com patas que triplicam o tamanho do corpo dela
Outra das peças de âmbar contém uma espécie similar a uma mosca, de dois milímetros de comprimento, que, ao contrário das atuais, apresenta patas muito longas e quatro asas muito bem definidas --as moscas modernas têm apenas duas asas.
Os cientistas acharam também uma "cigarra" com indícios de formação de asas e uma espécie primitiva de mosquito em tão bom estado de conversação, que é possível até observar seus olhos.
Por enquanto, os pesquisadores conseguiram detectar apenas as cinco espécies extintas, mas Hönninger ressaltou que "ainda resta muito para revisar".
Em agosto, um grupo de cientistas austríacos visitará o museu para estudar os animais e ajudar a avançar nas pesquisas, pois os especialistas peruanos dispõem de baixo orçamento para isso, lamentou Hönninger.