sábado, 8 de janeiro de 2011

UFRJ cria cota só para alunos da rede pública do Rio PUBLICIDADE

DE SÃO PAULO Um complemento ao edital do vestibular da UFRJ (Universidade Federal do Rio), publicado em dezembro, desagradou vestibulandos de diversos Estados, segundo reportagem Fabiana Rewald publicada na edição deste sábado da Folha (íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL). De acordo com o texto, a insatisfação é resultado de uma determinação da universidade de que parte das vagas para candidatos com melhor nota no Enem seja reservada a alunos que estudaram em escolas públicas do Estado do Rio. Procurada pela reportagem, a pró-reitoria de graduação da UFRJ não foi encontrada ontem. A política de cotas para alunos da rede pública vem se expandindo nas universidades federais. No entanto, o que causou espanto foi o fato de as vagas só poderem ser ocupadas por alunos de escolas fluminenses. Segundo o Ministério da Educação, as federais têm autonomia para definir a sua política de cotas. Especialistas em direito educacional dizem que a medida é inconstitucional. "Não pode haver restrição a alunos de outros Estados", diz Flávia Dechechi de Oliveira, responsável pela AFO Assessoria Jurídica Estratégica.

Andar de bicicleta ajuda no diagnóstico da doença de Parkinson

DA FRANCE PRESSE Os neurologistas que examinarem um paciente com sintomas iniciais de mal de Parkinson deveriam fazê-lo andar de bicicleta antes de concluir seu diagnóstico, afirma uma curiosa pesquisa realizada por médicos holandeses. Distinguir entre pacientes com Parkinson e portadores de uma doença conhecida como Parkinsonismo Atípico é muito importante, porque as duas condições possuem diferentes causas e tratamentos. As duas partilham de sintomas parecidos, incluindo o tremor dos membros, os movimentos lentos e a rigidez muscular. No entanto, às vezes até mesmo a avançada tecnologia médica é incapaz de distinguir uma doença da outra. Mas, segundo especialistas do Centro de Parkinson de Nijmegen, na Holanda, fazer o paciente andar de bicicleta pode proporcionar um diagnóstico mais eficiente --e barato. De acordo com os médicos, que explicaram suas pesquisas em uma carta enviada e publicada pela revista "The Lancet" nesta sexta-feira, um portador de Parkinson comum geralmente tem uma incrível habilidade de andar de bicicleta, pois apresenta poucos problemas no equilíbrio e nos movimentos rítmicos exigidos pelo pedalar. Esta tarefa, no entanto, exige mais esforço em pessoas portadoras do Parkinsonismo Atípico, termo que envolve uma série de síndromes como paralisia muscular supranuclear progressiva, atrofia sistêmica múltipla e degeneração córtico-basal. O mal de Parkinson tem origem na morte celular numa parte fundamental do cérebro chamada substância nigra, que é uma porção heterogênea do mesencéfalo responsável pela produção de um neurotransmissor, a dopamina. O tratamento padrão neste caso é uma droga chamada levodopa, que o cérebro converte em dopamina. Mas o tratamento não é efetivo ou não funciona quando se trata de Parkinsonimo Atípico. Os médicos holandeses testaram sua teoria em 111 pacientes com sintomas parkinsonianos e que eram capazes de andar de bicicleta no início da pesquisa. Ao fim do estudo, 45 dos pacientes foram confirmados com mal de Parkinson e 64 com Parkinsonismo Atípico. Durante os 30 meses que foram pesquisados, apenas dois dos 45 pacientes com Parkinson pararam de andar de bicicleta, mas do grupo de 64 pacientes diagnosticados com o Parkinsonismo Atípico, 34 apresentaram incapacidade de continuar pedalando. "Sugerimos que a perda de capacidade de pedalar depois do estabelecimento da doença pode servir como um novo sinal de alerta, indicando a presença de Parkinsonismo Atípico", afirmam os pesquisadores em sua carta. + CANAIS Acompanhe a Folha no Twitter Conheça a página da Folha no Facebook + NOTÍCIAS SOBRE PARKINSON Cientistas refinam botox para uso médico contra Parkinson e enxaqueca Estudo indica que mal de Parkinson pode ser detectado e tratado antes

Depressão e dor nas costas

Quem aí conhece alguém que padece de dor nas costas? E alguém que ficou deprimido recentemente? Ah, você mesmo está com o ciático incomodado e anda tristinho? Bem, não sei se isso ajuda, mas você não está só, definitivamente. O título acima e estas perguntas podem dar a falsa impressão de que dor nas costas e depressão são males relacionados. Podem até ser, mas por motivos diversos daqueles que determinam sua origem. A associação entre os dois, na verdade, não é de minha lavra, mas foi pescada em uma dessas reportagens de fim/começo de ano em que, na ausência de fatos relevantes no noticiário, pesquisa-se mais e vai-se à cata, nos veículos de informação, de dados relevantes que possam ajudar a melhorar a vida das pessoas - nem sempre com êxito. Mas a reportagem de TV a que me refiro detectou um aumento substancial e notável de afastamento de pessoas de seu trabalho por conta de dores nas costas. Mais: elencou casos em que o próprio trabalho era o responsável pelas dores, de modo que as vítimas foram à Justiça e ganharam reparação financeira pelo dano sofrido a serviço de outrem. Daí, na sequência da matéria, veio a informação que me chamou realmente a atenção (mesmo porque dores nas costas são um tradicional elemento incapacitante, de acordo com a medicina do trabalho): estariam também aumentando insistentemente os casos de afastamento do trabalho por conta de episódios de depressão. E na mesma linha de raciocínio das dores nas costas/indenização, um especialista vaticinou: se ficar comprovado que a depressão foi originada pelas condições impostas e/ou por conta do próprio trabalho, o cidadão poderá, sim, exigir reparação financeira. Quanto à primeira parte, parece bastante lógico que com o aumento das informações a respeito da depressão e da maior aceitação por parte da sociedade de que o conjunto de sintomas até pouco tempo considerados pouco mais que frescura, fraqueza ou mera preguiça venha sim a ser encarado como a moléstia incapacitante que em geral verdadeiramente é: quem passa por um episódio grave de depressão perde tantos referenciais íntimos, pessoais, de sua vida afetiva, conjugal, sexual, amor próprio, auto-estima etc., por qual razão não ocorreria o mesmo em relação à capacidade profissional? Quem passou por isso ou conviveu/convive com alguém acometido pela doença sabe do que estou falando. Trata-se, então, de "aceitar a aceitação" da depressão como um oportunidade alvisareira para que haja o tratamento. Assim como é dada esta oportunidade para quem precisa cuidar de um órgão doente, uma febre forte ou... uma terrível dor nas costas. Já com relação à opinião do especialista ouvido pela TV sobre a indenização, tenho cá minhas dúvidas. Acho muito difícil sustentar a tese de que este ou aquele trabalho e/ou suas condições possam ser determinantes ou responsáveis pelo surgimento da depressão. Por um motivo muito simples: não existe consenso entre médicos, cientistas e estudiosos em geral sobre as causas verdadeiras, efetivas da depressão. A rigor, fala-se sempre de um conjunto de motivos geradores da doença, que pode ser agudizada por condições internas e externas. Sabe-se também, no entanto, que a depressão pode surgir do nada... Quer um exemplo disso? Leia a bula de qualquer antidepressivo, sobretudo daqueles que atuam como inibidores seletivos da recaptação da serotonina (isto é, que impedem a serotonina causadora do bem estar de deixar rapidamente o organismo, aumentando portanto a sobrevida das sensações agradáveis). Com quase total certeza você vai encontrar lá na bula alguma coisa assim: "supõe-se que este medicamente atue nos neurotransmissores etc. etc.". E é isso mesmo, supõe-se. Assim como se supõe que a a depressão venha daqui e dali, podendo vir de qualquer lugar, não se tem certeza da maneira exata como os medicamentos agem, ou podem ou deveriam agir. Na verdade, essa indefinição misteriosa acaba, no final das contas, aproximando depressão da dores nas costas. Sabe, aquela dorzinha enjoada, ou aquela dor desgraçada, que deixa você torto e que você não sabe de onde veio? Pois é...

Comer distraído afeta sensação de saciedade

NICHOLAS BAKALAR DO "THE NEW YORK TIMES" Checar e-mails enquanto almoça? Comer assistindo televisão? Você pode acabar comendo mais do que imagina. Pesquisadores fizeram com que 22 voluntários comessem uma refeição enquanto jogavam paciência no computador, enquanto outras 22 pessoas comiam a mesma refeição no mesmo período de tempo, mas sem estarem distraídos. Eles disseram aos participantes que se tratava de um teste sobre os efeitos da comida na memória, mas na verdade estavam analisando o índice de satisfação das pessoas após uma refeição, quanto elas comiam num "teste de gosto" 30 minutos depois e com que sucesso conseguiam se lembrar exatamente do que comeram. Os resultados foram publicados on-line no "American Journal of Clinical Nutrition". As pessoas que comiam distraídas não apenas foram as piores em se lembrar do que tinham consumido, mas também se sentiram significativamente menos satisfeitas depois do almoço, mesmo depois que os pesquisadores controlaram fatores como peso e altura. Nas sessões de teste de gosto, meia hora depois, eles comeram cerca de duas vezes mais biscoitos do que os que tinham almoçado mais concentrados, sem jogar paciência. "Se for possível evitar comer diante de uma tela de computador ou qualquer outra atividade que o distraia, isso pode moderar a tendência a lanchar mais tarde do dia", disse Jeffrey Brunstrom, principal autor do estudo. Brunstrom, que é pesquisador de nutrição comportamental da Universidade de Bristol, na Inglaterra, disse que o problema reside em relembrar o que comemos. "A memória desempenha um papel importante em regular o consumo de alimentos", ele disse, "e a distração durante a alimentação causa perturbações nesse sentido". + CANAIS Acompanhe a Folha no Twitter Conheça a página da Folha no Facebook + NOTÍCIAS RELACIONADAS Caminhar pode ajudar a reduzir desejo de fumar e de comer Dieta vegetariana ainda é alvo de preconceito, diz cardiologista Homens britânicos engordaram 7,7 kg em 14 anos; mulheres 5,4 kg

Usuários dizem que Champix induz ao suicídio e processam Pfizer nos EUA PUBLICIDADE

DA FRANCE PRESSE A Pfizer enfrenta nos Estados Unidos centenas de ações na justiça de usuários do Champix, que afirmam que o remédio para deixar de fumar provoca depressão e tendência suicida, informaram advogados na quinta-feira (6). A vareniclina, autorizada em quase 90 países e usada por cerca de sete milhões de americanos, é alvo de ações na justiça desde o início do ano por fumantes que tentam abandonar o vício. Um juiz federal do estado de Alabama analisa o grande número de ações contra a Pfizer apresentadas por familiares ou antigos usuários do Champix. O promotor Ernest Cory acusou a Pfizer de negligência por introduzir o Champix no mercado americano em 2006, baseado em queixas de usuários sobre "problemas neuropsicológicos", incluindo "suicídios, tentativas de suicídio, desmaios e crises de depressão". Segundo Cory, mais de cem usuários do Champix cometeram suicídio e a Pfizer corre o risco de enfrentar cerca de mil ações na justiça, a maior parte ligada a suicídio ou tentativa. Victoria Davis, porta-voz da Pfizer, rejeitou as acusações e garantiu que o laboratório "age com responsabilidade (...). Champix é um tratamento eficiente para numerosos fumantes que querem parar e vamos defender este medicamento útil". "Não existem provas científicas de que o Champix tenha provocado os acidentes neurológicos informados" nas ações judiciais. + CANAIS Acompanhe a Folha no Twitter Conheça a página da Folha no Facebook + NOTÍCIAS RELACIONADAS Estudo refuta aumento de depressão com uso de droga antifumo EUA devem aumentar alertas sobre efeitos de remédio antifumo da Pfizer Medicamento antifumo da Pfizer pode levar à morte, dizem pesquisadores

Para "The Economist", Ciência no Brasil vai bem, mas português é entrave PUBLICIDADE

SABINE RIGHETTI DE SÃO PAULO O Brasil não é apenas sol, praia e samba, e as condições para os cientistas estrangeiros pesquisarem no país, sobretudo em São Paulo, são boas. Essa é a análise da revista "The Economist" sobre a ciência brasileira, publicada na quinta-feira. Brasil é destino cada vez mais atraente para jovens cientistas, diz "The Economist" A revista afirma que há muitos cientistas brasileiros fazendo pesquisa e estudando fora do Brasil. Mas, agora, o motivo é a internacionalização da ciência brasileira e não a falta de programas de pós-graduação por aqui. É essa mesma internacionalização que também tem atraído cientistas estrangeiros ao Brasil. De acordo com a "The Economist", especialmente em São Paulo, "o estado rico do país", as condições para pesquisadores de fora são atrativas. São Paulo reúne as melhores universidades do país --que estão entre as 300 melhores do mundo-- e o investimento em ciência é garantido pela quantidade de recursos equivalente à taxa de 1% do PIB estadual. Isso resultou em cerca de R$ 760 milhões no orçamento da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) em 2010. Apesar de ter dinheiro para pesquisa e instituições de qualidade, a "The Economist" ressalta que o português continua sendo uma limitação à internacionalização da ciência brasileira. No Brasil, as aulas de graduação e de pós-graduação são em língua portuguesa e postos como de pesquisador e professor só podem ser assumidos mediante concurso público -- também feitos em português. "O chefe de departamento não pode simplesmente escolher um candidato e começar uma negociação", afirma a revista.

Bioinvasor pode ter causado megaextinção de espécies PUBLICIDADE

REINALDO JOSÉ LOPES EDITOR DE CIÊNCIA Esqueça os meteoritos, os supervulcões ou os raios gama do espaço. Uma nova pesquisa diz ter flagrado a causa de uma das maiores extinções do passado, e ela é bem menos apocalíptica: uma invasão biológica. Esse tipo de invasão é cada vez mais comum hoje, quando a ação humana carrega cada vez mais espécies exóticas para todos os cantos da Terra. Essas espécies, sem inimigos naturais, viram pragas quase incontroláveis, substituindo plantas e bichos nativos com folga. Sandro Castelli/Ilustração Ambiente marinho abrigava rica fauna de peixes e invertebrados; tubarão primitivo era comuns no Devoniano Daí a importância do novo estudo, assinado por Alycia Stigall, da Universidade de Ohio (EUA). Ao estudar a extinção em massa do fim do Devoniano, fase da história do planeta que terminou há cerca de 360 milhões de anos, a pesquisadora mostrou que espécies invasoras podem desestabilizar os mecanismos que garantem a saúde da biodiversidade. A megaextinção do Devoniano faz parte da tradicional lista das "Big Five", os cinco grandes sumiços de espécies que já atingiram a Terra (leia mais abaixo) MAR DE PROBLEMAS No caso do Devoniano, os fósseis mostram que a catástrofe atingiu principalmente os mares. Cerca de 70% dos animais marinhos teriam sumido, entre as quais gigantescos recifes de coral, formados por espécies totalmente diferentes das atuais. O esquisito, no entanto, é que análises recentes andavam apontando uma taxa de sumiço de espécies (por unidade de tempo) não muito diferente da normal nos oceanos dessa época. Alguma coisa, portanto, não batia. Para explicar a discrepância, Stigall analisou levantamentos de várias espécies de bichos marinhos, entre os quais moluscos bivalves (com duas conchas, como as ostras e os mariscos), braquiópodes (também criaturas de concha, mas que não são moluscos) e crustáceos predadores, primos distantes de siris e caranguejos. Ao examinar o que acontecia com as espécies ao longo do tempo, a pesquisadora percebeu que, na verdade, não foi a taxa de extinção que aumentou: foi a de surgimento de espécies novas que diminuiu. Além disso, havia um padrão geográfico nisso tudo que, segundo Stigall, ajudou a entender o mistério. É que, entre os caminhos mais comuns para o surgimento de uma espécie, está o aparecimento de barreiras entre dois grupos de animais (um novo rio ou uma nova cadeia de montanhas, por exemplo). Essas populações ficam separadas, não cruzam mais entre si e, com o tempo, viram espécies distintas. Quando um cientista observa fósseis ao longo do tempo, esse tipo de evento fica claro se primeiro há só um tipo de fóssil e, mais tarde, dois tipos "filhos" ocupando áreas geográficas menores. E é exatamente isso que some no fim do Devoniano. A explicação: eventos geológicos, de fato, cortaram as barreiras entre espécies nesse período. Para todos os efeitos, os oceanos do mundo viraram uma coisa só, de forma que espécies exóticas invadiram o território de outras com facilidade. Resultado: concorrência desleal, da qual poucas criaturas muito versáteis saíram vitoriosas, fazendo a biodiversidade marinha encolher. O estudo está na revista científica "PLoS One" e pode ser lido de graça na internet. CATÁSTROFE EXTINGUIU 99% DOS SERES Mostrar o elo entre espécies invasoras e uma das cinco grandes extinções em massa da história é importante porque, até agora, ninguém havia estabelecido uma causa biológica para essas hecatombes. Das "Big Five", a mais estudada e célebre é a do Cretáceo, ocorrida há 65 milhões, responsável por exterminar os dinos. A maioria dos pesquisadores vê como causa, nesse caso, a queda de um grande corpo celeste no atual golfo do México, embora não se possa descartar a ação concomitante de grandes vulcões. Mas o Cretáceo e o Devoniano não se comparam em horror à maior das "Big Five", a do fim do período Permiano, há cerca de 250 milhões de anos. Cerca de 90% das espécies, e mais de 99% dos indivíduos vivos, teriam perecido graças ao vulcanismo.

Borboleta fêmea inverte papel sexual e corteja macho PUBLICIDADE

DA FRANCE PRESSE Certas fêmeas de borboletas se mostram sexualmente agressivas em relação aos machos quando expostas a temperaturas frias no estágio de larva, um exemplo incomum de troca de papel sexual, revela uma pesquisa publicada. Já quando as lagartas das borboletas se desenvolvem durante a estação quente e úmida, são os machos que assumem a iniciativa de sedução. "O comportamento sexual dessas borboletas é modificado pelas temperaturas durante seu desenvolvimento", explica Kathleen Prudic, do departamento de ecologia e biologia da Universidade Yale (em Connecticut, EUA), coautora do estudo publicado na revista "Science" nesta sexta-feira. Os cientistas constataram o fenômeno ao observar, nas asas de certas borboletas fêmeas da espécie Bicyclus anynana --espécies africanas muito utilizadas em pesquisas--, lindos ornamentos de forma ocular, similares aos dos machos. AFP Expostas a temperaturas frias quando larva, borboletas "Bicyclus anynana" ficavam sexualmente agressivas Na maioria das espécies, apenas os machos exibem esses adornos tão coloridos para atrair a atenção das fêmeas que escolhem seus parceiros. Os atores do estudo teorizaram que os comportamentos sexuais dessas borboletas poderiam ser modificados em função das condições nas quais suas larvas se desenvolvem. Testaram, então, o comportamento dos insetos cujas lagartas se desenvolveram em temperaturas quentes de 27ºC ou mais frias, de 17ºC. Como eles pensavam, as fêmeas de larvas que evoluíram nas temperaturas mais frias eram aquelas que apresentavam os ornamentos parecidos com os dos machos e se mostravam mais agressivas sexualmente. Essas fêmeas do frio que cortejam ativamente os machos vivem mais tempo que aquelas de desenvolvimento larval de temperaturas quentes e de papel sexual passivo, indicou ainda o estudo.