segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Farmacêutico pode trabalhar da drogaria à indústria


Farmacêutico pode trabalhar da drogaria à indústria

Profissão está em expansão por causa das diferentes áreas de atuação.
Na faculdade, aluno terá contato com disciplinas como cálculos, física e química.
Fernanda BassetteDo G1, em São Paulo
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Em um país cada vez mais "idoso" e com sérios problemas de saúde pública, como hipertensão, diabetes e obesidade, os farmacêuticos são um dos profissionais que mais têm se destacado na promoção da conscientização dos problemas de saúde.

É por isso que eles encontram pela frente um mercado de trabalho em expansão. Nesta semana, a profissão do farmacêutico é o tema do Guia de Carreiras do G1, que traz dados sobre mercado de trabalho, número de profissionais registrados no país, áreas de atuação, além de uma entrevista com um farmacêutico.


Foto: Divulgação
Farmacêutico durante atendimento em farmácia (Foto: CFF/Divulgação)
Engana-se quem pensa que o farmacêutico é aquela pessoa que simplesmente fica atrás de um balcão de farmácia prescrevendo os horários nas caixinhas de remédio que foram receitadas pelos médicos. Na verdade, eles são os responsáveis pela farmácia e são a garantia que a população tem de que aquele medicamento está sendo prescrito de forma correta e que não vai causar danos à saúde.

É por isso que desde 1960 existe uma lei federal que tornou obrigatória a presença de um farmacêutico em todos os estabelecimentos do ramo durante todo o tempo que estejam abertos.

Segundo o Conselho Federal de Farmácia (CFF), o fato de o país estar envelhecendo interfere radicalmente na profissão do farmacêutico, pois a pessoa idosa geralmente tem mais de uma patologia (como diabetes, hipertensão, problemas cardiovasculares) e quando procura uma farmácia precisa receber a orientação adequada. Para isso, aponta o CFF, é necessário que o profissional tenha um conhecimento imenso em patologias e farmacologia, disciplinas que ele verá na faculdade.


 O curso
O professor Luiz Sidney Longo Junior, coordenador do curso de farmácia-bioquímica da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), disse que a graduação forma profissionais generalistas, sem uma especialização específica.

Foto: Divulgação
Análise clínica e toxocológica é uma das áreas de atuação (Foto: Divulgação/CFF)
Segundo Longo, o aluno sai da faculdade capacitado para trabalhar em qualquer uma das três grandes áreas de atuação: fármacos, medicamentos e cosméticos (para trabalhar em indústrias, drogarias, hospitais e farmácias);análises clínicas e toxicológicas (para trabalhar em clínicas de análise de sangue, fezes, urina ou medicina forense) e alimentos e nutrição (para atuar na indústria de fabricação de alimentos com baixas calorias ou alimentos modificados).

"O farmacêutico generalista consegue atuar em qualquer uma das grandes áreas. A tendência é que ele se especialize em uma delas depois de formado, fazendo um mestrado ou uma pós-graduação", disse o professor.

A professora Débora Torres Mendes de Oliveira, coordenadora do curso de farmácia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), também afirmou que hoje a formação do farmacêutico é generalista. "Ele pode trabalhar no balcão de uma farmácia, manipulando medicamentos, pesquisando novos medicamentos, além de poder atuar em programas de saúde pública, de farmácia popular, em levantamentos epidemiológicos", disse.

 Algumas disciplinas
Apesar de ser uma graduação da área de saúde, o aluno do curso de farmácia precisa gostar muito de cálculos. Segundo os professores ouvidos pelo G1, logo nos primeiros anos o estudante terá uma base sólida de cálculos e disciplinas como física, ciências matemáticas, química e química orgânica.

"Essas disciplinas de cálculos são muito importantes porque é o farmacêutico que vai estudar a absorção e eliminação de um alimento no organismo humano. Ele precisa saber calcular a dose exata necessária de um remédio para atuar em uma determinada patologia", explicou a professora Débora.

Além disso, o aluno também terá contato com disciplinas mais específicas como farmacotécnica, farmacologia, ciências biológicas, controle de qualidade, citologia clínica e toxicologia, hematologia clínica, alimentos e nutrição.

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