segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Engenheiro de pesca promove a pesca sustentável


Engenheiro de pesca promove a pesca sustentável

Segundo o MEC, profissão é oferecida em 15 instituições no país; 14 delas públicas.
Carreira mescla disciplinas de ciências exatas e biológicas
Fernanda BassetteDo G1, em São Paulo
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Foto: Divulgação / Seap
Barco pesqueiro desembarca atum em Natal (Foto: Divulgação / Seap)
Formar profissionais habilitados para atuar no setor pesqueiro do país, promovendo o desenvolvimento sustentável através da criação e da captura de peixes, crustáceos, moluscos e outros organismos aquáticos. Este é o principal objetivo do curso de engenharia de pesca, tema do Guia de Carreiras do G1 desta terça-feira (22).

Segundo dados do Ministério da Educação (MEC), há 15 cursos de engenharia de pesca distribuídos no país, 11 deles oferecidos por universidades federais, três em universidade estaduais e um em instituição particular. O aumento no número de cursos aconteceu em decorrência da demanda de profissionais especializados no país, avaliam os professores.

O curso de engenharia de pesca é focado nas disciplinas da área biológica, embora a carreira exija também conhecimentos nas ciências exatas. “Os primeiros anos do curso, conhecidos como ciclo básico, têm aulas de matemática, cálculos, física”, diz Paulo Travassos, professor do curso de engenharia de pesca da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), primeira instituição a oferecer a carreira no país.
Foto: Divulgação / UFPA
Alunos de engenharia de pesca durante arrasto de camarões em canal no PA (Foto: Divulgação / UFPA)
Segundo Travassos, o curso é dividido em três grandes áreas: tecnologia de pesca, em que os alunos vão aprender toda a metodologia usada nos pescados no país, tanto em água doce como em água salgada; tecnologia do pescado, que é a área mais voltada para a conservação dos peixes e forma de comercialização (para garantir a qualidade do produto para o consumo); e a ecologia das espécies exploradas comercialmente, em que é englobado o conhecimento da biologia animal (como a atividade reprodutiva e alimentar dos peixes).

As duas principais áreas de atuação, segundo Travassos, são a atividade de captura do pescado (no mar ou em água doce) e a aqüicultura (produção de peixes em cativeiro para a geração de alimentos). “O nosso curso está passando por uma reformulação total da grade curricular para que ele atenda às necessidades do mercado de trabalho. Atualmente temos menos disciplinas obrigatórias e mais optativas, para que o aluno possa montar seu curso da melhor maneira”, disse o professor.

 Formação generalista
Segundo a professora Zélia Pimentel, diretora da Faculdade de Engenharia de Pesca da Universidade Federal do Pará (UFPA), o aluno terá uma formação generalista, já que o curso mescla ciências exatas com biológicas. Além disso, ele terá várias áreas de atuação tanto no setor público como no setor privado.

“A gente procura formar um profissional de acordo com o mercado de trabalho, em relação à apropriação e ao domínio de novas tecnologias, à capacidade empreendedora do profissional e à utilização sustentável dos recursos pesqueiros”, diz a professora. Segundo Zélia, o mercado de trabalho tem muita demanda (especialmente na indústria de pesca) e também no empreendedorismo.

As disciplinas variam de acordo com a instituição, mas em geral, as disciplinas do ciclo básico incluem matemática, cálculo, física, eletromagnetismo, desenho, mecânica básica e aplicada à pesca, química, bioquímica, geometria, zoologia e botânica aquática.

Já as disciplinas profissionalizantes incluem tecnologia de pesca, técnicas de pesca artesanal, pesca de larga escala (industrial), geologia de ambientes aquáticos, oceanografia, navegação básica, confecção de apetrechos de pesca, gerenciamento costeiro, aqüicultura, entre outras.

 Profissionais e salário
Segundo Augusto José Nogueira, presidente da Federação das Associações de Engenheiros de Pesca do Brasil, o país possui cerca de 3.500 engenheiros de pesca cadastrados no Conselho Federal dos Engenheiros – exigência para que eles possam exercer a profissão.

Existe um piso salarial para todos os engenheiros definido por uma lei nacional. São nove salários mínimos para trabalhos de 40 horas semanais (cerca de R$ 3.735) e seis salários mínimos para contratos de 30 horas semanais (cerca de R$ 2.490). Mas, segundo os profissionais ouvidos pelo G1, esse valor quase nunca é cumprido. “Um recém-formado deve receber, em média, entre R$ 1.500 e R$ 2.000”, disse.

  • Leonardo|14/12/200818h41
    Se o curso já não é la essas coisas...
    Os estudantes do mesmo nao deixam a desejar!
    CURSO REDIGIDO COM ( Ç ) É COMPLICADO!!!!
  • Douglas|27/11/200814h59
    Gosto deste curço, pena que estamos perdendeo terreno para os oceonógrafos. 
  • VICTOR|21/07/200823h10
    SÓ FALTA EMPREGO NA AREA!

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