sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Cientistas criam frangos que não desenvolvem gripe aviária

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS Uma equipe de cientistas britânicos realizou mudanças genéticas em frangos para impedir o contágio com o vírus da gripe aviária, uma das maiores ameaças à produção avícola mundial, informou nesta quinta-feira a revista "Science". Uma epidemia da gripe aviária causou a morte de milhões de frangos, galinhas e outras aves de criação na Ásia, África e Europa, além de ter afetado centenas de pessoas com uma variação do vírus que afeta os humanos. John Lyall e seus colegas no Departamento de Medicina Veterinária da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, realizaram experimentos gerando frangos modificados geneticamente, que ainda não estão disponíveis para consumo humano. Os pesquisadores manipularam os genes desses frangos de modo que suas células produzam um "chamariz" que imita um elemento da gripe aviária. Quando os cientistas infectam as aves geneticamente modificadas com a gripe aviária, os animais ficam doentes, mas não contagiam outras aves. "O vírus é enganado para que reconheça a molécula ao invés do genoma viral, o que interfere na duplicação do ciclo do vírus", explica o estudo. Dentre os responsáveis pelo financiamento do estudo está o Conselho de Pesquisa de Biotecnologia e Ciências Biológicas, do Reino Unido, e a empresa avícola Cobb-Vantress. A epidemia da gripe aviária teve uma grande propagação no final da década de 1990 através do vírus H5N1, altamente infeccioso e que demonstrou uma grande habilidade para mutar rapidamente. O vírus não só contagiou dezenas de milhões de aves domésticas em dois terços do planeta como sofreu mutação e infectou pessoas em diversos países, dentre eles, Coreia do Sul, Vietnã, Japão, Tailândia, Camboja, Laos, Indonésia, China, Malásia e Rússia.

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