segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Vida em alto-mar faz parte da rotina do engenheiro de perfuração


Vida em alto-mar faz parte da rotina 


do engenheiro de perfuração

Guia de Carreiras destaca profissão nesta terça-feira, 1º/6.
Profissional atua na exploração de poços de petróleo.

Fernanda NogueiraDo G1, em São Paulo
Um profissional da área de engenharia de perfuração tem que gostar da vida em alto-mar. Logo no início da carreira, o melhor lugar para aprender tudo sobre o trabalho é atuar numa plataforma de petróleo, que pode ficar a 300 quilômetros da costa.
O engenheiro de perfuração desenvolve projetos de plataformas de exploração de poços de petróleo e gerencia toda a operação dessas plataformas. O trabalho inclui muitos cálculos matemáticos e interpretações de dados físicos e químicos.
Tem também uma parcela grande de contato com outras pessoas. “O engenheiro de perfuração não decide nada sozinho. Trabalha com geólogos, geofísicos, outros engenheiros”, disse o engenheiro de perfuração Adriano Henrique de Araújo, que trabalha há sete anos na área, dentro da Petrobras.
Curiosidades engenheiro de perfuração(Arte/G1)
Para entrar na área, é preciso ser engenheiro. Hoje, há várias universidades públicas e privadas que oferecem o curso de engenharia de petróleo. Esse curso tem uma base multidisciplinar, em que a perfuração é apenas uma das várias áreas possíveis de estudos e atuação. Há ainda a possibilidade de seguir carreira na área de produção ou em pesquisa.
Segundo Araújo, como as empresas petroleiras oferecem cursos para os profissionais em início de carreira, o profissional pode ser formado em qualquer curso de engenharia, e não só em petróleo. “Você aprende tudo no treinamento da empresa, que leva até seis meses”, disse o profissional, que é formado em engenharia civil e trabalha no Rio de Janeiro.
Na plataforma, o engenheiro tem uma visão mais próxima da operação e atua como um fiscal. No escritório, acompanha dados, como pressão, comportamento da broca e material encontrado, por gráficos e pelo computador. Coordena os trabalhos por telefone. As reuniões são diárias.
O inglês tem de estar na ponta da língua, já que em todo o trabalho o contato com estrangeiros é constante. Na plataforma, por exemplo, grande parte dos funcionários é de outros países.
Com a descoberta da camada pré-sal na costa brasileira, faixa entre o Espírito Santo e Santa Catarina, onde foi encontrado petróleo a mais de sete mil metros de profundidade, o futuro de estudantes que optarem por seguir carreira nesta área é promissor.
(Esta reportagem foi originalmente publicada em 01/06/2010, às 08h16.)

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