segunda-feira, 18 de abril de 2011


18/04/2011 17h45 - Atualizado em 18/04/2011 18h34

Conheça a universidade onde o príncipe William e Kate estudaram

Universidade de St. Andrews, na Escócia, vai completar 600 anos em 2013.
Presença do príncipe atraiu meninas americanas, dizem estudantes.

Vanessa Fajardo e Fernanda NogueiraDo G1, em São Paulo
Príncipe William e Kate Middleton se conheceram na Universidade de St. Andrews e voltaram à instituição no dia 25 de fevereiro deste ano (Foto: Reuters)Príncipe William e Kate Middleton se conheceram na
Universidade de St. Andrews e voltaram à instituição
no dia 25 de fevereiro deste ano (Foto: Reuters)
Com quase 600 anos de existência, a Universidade de St. Andrews, na Escócia, ganhou ainda mais fama graças ao casal real. Foi na St. Andrews que o príncipe William conheceu Kate Middleton. Os dois se formaram em 2005: William em geografia, e Kate em história da arte. Eles se casam no próximo dia 29, em Londres.
Quem frequentou a universidade garante que o número de matrículas entre as garotas, principalmente as americanas, aumentou muito durante a temporada do príncipe por lá. Foi o que chamaram de "efeito William".
"Acredito que o fato de [William e Kate] terem estudado aqui certamente colocou a universidade em maior destaque. A euforia do 'efeito William', como dizem alguns, obviamente atraiu um número enorme de estudantes e curiosos na época", diz Cristiane Cäsar Damas, de 38 anos, que cursa doutorado na St. Andrews.
Universidade de St. Andrews (Foto: Belmiro Damas/Arquivo pessoal)Universidade de St. Andrews (Foto: Belmiro Damas/Arquivo pessoal)
Apesar desse fenômeno, para Cristiane, a maioria dos estudantes vai a St. Andrews em busca de qualidade de ensino e pesquisa. Em 2009, a St Andrews foi classificada como a terceira melhor universidade britânica em psicologia e, no ano passado, ficou entre as 20 melhores do mundo em artes e humanidades, segundo o ranking da Times Higher Education (THE).
cristiane damas (Foto: Arquivo Pessoal)Cristiane Damas cursa doutorado na St. Andrews
(Foto: Belmiro Damas/ Arquivo pessoal)
Brasileiros na St. Andrews
Nascida em Minas Gerais, Cristiane é bióloga e cursa o doutorado em comportamento e comunicação animal com ênfase em primatas. A sugestão de que fosse a St. Andrews foi do orientador dela durante o mestrado no Brasil. Ele conhecia o futuro orientador da estudante na universidade, um especialista em inteligência animal, considerado um dos melhores primatólogos do mundo. Cristiane conseguiu bolsa da Capes, autarquia do Ministério da Educação, e iniciou o doutorado na Escócia em outubro de 2007.
"Posso dizer que me sinto incrivelmente honrada em estudar em St. Andrews. Além da excelente qualidade de pesquisa e ensino, o ambiente acadêmico é extremamente estimulante e os professores, que são referências mundiais, interagem e participam ativamente com os alunos", afirma Cristiane.
ilustração (Foto: Arte/G1)
Segundo ela, a infraestrutura de St. Andrews é outro ponto forte. "A universidade possui laboratórios de pesquisa de excelente qualidade, boa biblioteca e acesso eletrônico à maioria das grandes publicações, além de centros de esportes e estudantis, com vários serviços de orientação e apoio aos estudantes."
'Universidade do príncipe'
Coordenador do curso de ciências biológicas da Universidade Federal de Alfenas, Rogério Grasseto Teixeira da Cunha, de 38 anos, concluiu o doutorado na St. Andrews em 2004. Assim como Cristiane, Cunha estuda o comportamento de primatas. No caso dele, especificamente de bugios.
"Dentro do Reino Unido, St. Andrews é um dos centros de referência. Comecei meu doutorado lá, vim para o Brasil para coletar dados e voltei para a Escócia para concluir o estudo", diz Cunha, que estava na universidade na mesma época do príncipe. "Nunca nos topamos, mas percebemos que os procedimentos de segurança foram aumentados. A intenção era de que ele fosse tratado como um aluno comum, mas não foi possível." 
rogerio grasseto (Foto: Arquivo Pessoal)O brasileiro Rogério Grasseto fez doutorado na
Universidade de St Andrews (Foto: Arquivo pessoal)
Para o professor, o casal real aumentou a exposição de St. Andrews fora do Reino Unido. "Pessoalmente não vi tietagem, mas aumentou o número de meninas nos cursos, principalmente as americanas, que vinham tentar caçar o príncipe. Acho que ficou a imagem da universidade do príncipe."
Pesquisador e professor na Universidade Federal de Alagoas, Miguel Oliveira Jr., de 41 anos, concluiu o pós-doutorado sobre línguas indígenas na St. Andrews há dois anos. "A universidade é excelente e pude conhecer muita gente boa." Oliveira Jr. diz que a cidade é bem pequena, tem estrutura medieval, e, além da universidade, é conhecida também por ter um dos campos de golfe mais famosos do mundo.
Sobre o casal real, o professor afirmou que sempre havia referências ao fato de eles terem sido alunos. “As pessoas sempre comentavam sobre eles, mais como um mito."
Universidade de St. Andrews (Foto: Belmiro Damas/Arquivo pessoal)Universidade de St. Andrews (Foto: Belmiro Damas/Arquivo pessoal)
miguel oliveira jr (Foto: Arquivo Pessoal)Miguel Oliveira Jr. concluiu pós-doutorado em 
linguagens indígenas na universidade
(Foto: Arquivo pessoal)
A universidade
Fundada em 1413, a Universidade de St. Andrews é a mais antiga da Escócia e a terceira mais antiga do mundo entre países de língua inglesa. Com 7.500 alunos, seis mil deles na graduação, e 1.800 funcionários, 700 deles acadêmicos, fica na cidade de mesmo nome, que tem cerca de 17 mil habitantes.
Um terço dos alunos é de outros países. Há pessoa de 120 nacionalidades na universidade, que tem faculdades de artes, teologia, medicina e ciência.
A anuidade para o curso de medicina para cidadãos do Reino Unido é de cerca de três mil libras (cerca de R$ 8 mil) contra 20.550 libras (cerca de R$ 53 mil) para estrangeiros de fora da União Européia. Para outros cursos de graduação, a anuidade para estrangeiros é de 13.500 libras (cerca de R$ 35 mil).
Site da universidade destaca o famoso casal de ex-alunos (Foto: Reprodução)Site da universidade destaca o famoso casal de
ex-alunos (Foto: Reprodução)
Os valores de anuidades para estrangeiros na pós-graduação começam em 4.500 libras (cerca de R$ 11.500) para um curso a distância de estudos sobre o terrorismo até 15.250 libras (cerca de R$ 39.500) para aulas presenciais de administração.
Visita ilustre
Em fevereiro deste ano, o príncipe William e Kate Middleton participaram de um evento na universidade para a abertura da campanha de aniversário de 600 anos da instituição, que será comemorado em 2013. O príncipe é patrono do evento, que pretende levantar 100 milhões de libras (cerca de R$ 260 milhões) para a universidade.
Em seu discurso, o príncipe disse que a visita era “um momento muito especial” para ele e para a noiva. “Parece que estou voltando para casa”, disse o príncipe.

16/04/2011 07h15 - Atualizado em 16/04/2011 07h15

15 mil estudantes do ensino médio vão disputar olimpíada de biologia

Primeira fase será neste sábado (16) em várias escolas do país. 
Concurso selecionará quatro estudantes para competição mundial.

Do G1, em São Paulo
Luis Henrique Pimentel Bennaton Usier, que foi premiado com medalha em olimpíada internacional de biologia na Coréia do Sul em 2010 (Foto: Arquivo pessoal)Luis Henrique Usier foi premiado com medalha em
olimpíada internacional de biologia na Coreia do Sul
em 2010 (Foto: Arquivo pessoal)
Cerca de 15 mil estudantes do ensino médio participam neste sábado (16) da primeira fase 7ª edição da Olimpíada Brasileira de Biologia (OBB). Serão realizadas ainda mais duas fases, em maio e junho. Os quatro primeiros colocados vão intergrar a equipe brasileira para disputar uma olimpíada mundial de conhecimentos em biologia, que será realizada em julho em Taiwan.
As provas serão realizadas das 13h às 17h nas escolas cadastradas na OBB.

Os estudantes que ficarem entre a 5ª e a 8ª posições na Olimpíada Brasileira se juntarão ao grupo que disputará a Olimpiada Iberoamericana de Biologia, que será realizada em setembro, na Costa Rica.

No ano passado, o Brasil conquistou duas medalhas de bronze na olimpíada internacional, na cidade de Changwon, Coréia do Sul. O estudante Luis Henrique Pimentel Bennaton Usier, de 17 anos, ganhou uma das medalhas de bronze e recebeu convites para estudar na Universidade Harvard, nos Estados Unidos, e em outras instituições internacionais.