quarta-feira, 22 de setembro de 2010

CARRAPATO

CARRAPATO
 Baratek.com.br
Sul-africano, que Estava no Rio, Morreu de Febre Maculosa, Segundo Fiocruz
Na tarde desse domingo, 07/12, a Fiocruz, após exames laboratoriais, confirmou morte por febre maculosa, do engenheiro sul-africano William Charles, de 53 anos.



Charles desembarcou no Rio em 23 de novembro, vindo de Johannesburgo, na África do Sul. Dois dias depois, o engenheiro apresentou febre e mal-estar e, com o desenvolvimento de mais sintomas, foi internado no Hospital São José. Seu estado piorou rapidamente e na manhã da última terça-feira, ele morreu.










Amblyomma cajennense (carrapato estrela)








Febre maculosa Por: Maria Ramos







Quem não gosta de ar puro, natureza, montanhas, muito verde, animais silvestres, cavalos e... carrapatos? É, quem mora em áreas rurais ou gosta de fazer turismo ecológico não pode nunca se esquecer dos carrapatos. Depois dos mosquitos, eles são os maiores transmissores de doenças. Por isso, é fundamental estar bem informado e tomar as devidas precauções, antes de colocar a mochila nas costas e pegar a estrada rumo aos paraísos ecológicos.

No Brasil, a doença transmitida por carrapatos que mais preocupa é a febre maculosa: se não tratada corretamente, ela pode levar à morte em até duas semanas! Mas, por ser característica das zonas rurais e aparecer normalmente em focos isolados, infelizmente a febre maculosa acaba caindo no esquecimento. A situação se agrava pelo fato de ser uma doença difícil de diagnosticar, já que seus sintomas se assemelham ao de várias outras moléstias.

Quando essa dificuldade no diagnóstico se junta ao desconhecimento por parte da população e à negligência e desinformação de médicos e governos, o número de mortes por febre maculosa pode chegar a 80% dos casos não tratados.

Cuidado com os carrapatos!

Por isso, é preciso ficar atento ao início dos sintomas. A febre maculosa pode ser facilmente combatida se tratada inicialmente com antibióticos. Fique alerta e informe ao médico caso você tenha tido contato com o carrapato-estrela ou carrapato de cavalo, transmissor da doença. Não é o carrapato comum, que encontramos geralmente em cachorros, mas a espécie Amblyomma cajennense, cuja larva também é chamada de carrapato pólvora ou micuim. Embora costume se alimentar do sangue de cavalos, pode ser encontrada em vários outros animais, como capivaras, gambás, coelhos, gado, cães...

A febre maculosa pertence ao grupo das rickettsioses, doenças causadas por rickettsias, pequenas bactérias que atuam como parasitas de células e são transmitidas por artrópodes, como pulgas, piolhos, ácaros e carrapatos. Para transmitir a febre maculosa, é preciso que o carrapato infectado pela bactéria Rickettsia rickettsii fique grudado à pele da pessoa por um período mínimo de quatro horas. A bactéria é liberada na saliva do artrópode.

Atenção para os sintomas!

Depois que a pessoa é picada, os primeiros sintomas, que são geralmente febre alta, dor de cabeça, dor no corpo, diarréia, e máculas (manchas avermelhadas pelo corpo), levam em média de sete a dez dias para se manifestar. A partir daí, o tratamento deve ser iniciado dentro de no máximo cinco dias. Após este período, há sérios riscos de que os medicamentos não surtam mais o efeito desejado.

E é aí que está o grande problema. A febre maculosa pode ser confundida com um número muito grande de doenças, como sarampo, meningite meningocócica, apendicite, rubéola, hepatite e dengue hemorrágica, o que atrasa o tratamento. Isso acontece, porque as bactérias atacam o endotélio, tecido que reveste internamente os vasos sangüíneos e, assim, praticamente qualquer órgão pode ser afetado, simulando sintomas de diversas doenças.

Até as manchas vermelhas que são uma boa referência da doença – as manchas começam das extremidades para o centro do corpo – nem sempre aparecem nos pacientes. Elba Lemos, coordenadora do Laboratório de Hantaviroses e Rickettsioses da Fiocruz, explica que a ausência das manchas não é motivo para se descartar a doença: “Acontece principalmente em pessoas de pele negra”, esclarece.

Nesses casos, a pesquisadora orienta que o médico observe o histórico do paciente, como, por exemplo, se ele esteve em regiões onde há cavalos e animais silvestres ou em locais onde foram registrados casos de febre maculosa.

Além dos sintomas serem variados e dificultarem o diagnóstico, Elba explica que exames laboratoriais dificilmente poderão ajudar o médico na confirmação desta enfermidade. Não que não haja testes para confirmar a doença, mas eles só podem ser realizados, com precisão, 14 dias após o início da infecção, tempo que o paciente não pode esperar para começar o tratamento.

Antes disso, relata a pesquisadora, o organismo ainda não teve tempo para produzir anticorpos. Os anticorpos são células de defesa que o organismo produz contra determinada doença, e é pela presença deles, no sangue do paciente, que os pesquisadores podem confirmar a infecção. “O melhor é começar imediatamente o tratamento, em caso de suspeita de febre maculosa, e suspender os medicamentos se os resultados dos exames derem negativos”, defende Elba.

Para a prevenção, até já existe uma vacina, mas não é uma alternativa atualmente cogitada. Apesar da alta letalidade da doença, o número de casos é pequeno no país, e é difícil prever onde vão surgir novos focos. A região do Brasil que apresentou, nos últimos anos, o maior número de infecções por febre maculosa, Minas Gerais, teve em 8 anos (de 1995 a 2003) 106 casos confirmados. É um índice baixo, quando comparado a outras doenças.

A febre maculosa, que também é chamada de febre do carrapato e sarampão, dentre outros nomes, foi descrita pela primeira vez em 1899, nos Estados Unidos. Neste país, a doença é conhecida como febre das montanhas rochosas e pode ser transmitida por carrapatos da espécie Dermacentor andersoni, Dermacentor variabilis, Amblyomma americanum e Hameaphisalis leporis-palustris. No Brasil, o primeiro caso de febre maculosa foi identificado em 1929, em São Paulo e, desde então, a doença já foi registrada nos estados de Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo e Santa Catarina.

Aprenda a se prevenir

Como a febre maculosa é uma zoonose, doença transmitida a partir do animal para o homem, é muito importante que as pessoas tomem alguns cuidados quando estiverem no meio rural.

Em primeiro lugar, você deve saber que cada fêmea de carrapato infectada pode gerar até 16 mil filhotes aptos a transmitir rickettsias. Deste modo, se você tem o hábito de levar o seu cãozinho para viajar com você, tome cuidado para que ele não se torne reservatório da febre maculosa quando você retornar para a sua cidade. Os cães, muitas vezes, não apresentam nenhum sintoma da doença.

Para quem mora nas regiões rurais, é bom não deixar cachorro dentro de casa e procurar fazer com freqüência a higiene dos animais, principalmente dos cavalos, com carrapaticidas. Uma medida eficaz, que também evita a proliferação dos carrapatos, é aparar o gramado rente ao solo uma vez por ano na época das águas, de preferência com roçadeira mecânica. Com o capim baixo, os ovos ficarão expostos ao sol e não vingarão, quebrando-se o ciclo do parasita.

Outro dado importante para se fazer a prevenção, é que a febre maculosa é mais comum entre junho e novembro, período em que predominam as formas jovens do carrapato, conhecidas como micuins. Algumas pessoas acreditam que os micuins não transmitem a febre maculosa, o que é um erro. Por serem muito pequenos, os micuins passam mais despercebidos que os carrapatos adultos e, muitas vezes, ninguém sequer nota a presença deles.

Para se proteger e facilitar a visualização dos carrapatos e dos micuins, é muito importante que as pessoas, quando entrarem em locais de mato, estejam de calça e camisa compridas e claras e, preferencialmente, de botas. A parte inferior da calça deve ser posta dentro das botas e lacradas com fitas adesivas. Se possível, evite caminhar em áreas conhecidamente infestadas por carrapatos e, a cada duas horas, verifique se há algum deles preso ao seu corpo. Quanto mais depressa ele for retirado, menores os riscos de infecção.

Mas quando for retirar um carrapato, não o esmague com as unhas. Com o esmagamento, pode haver liberação das rickettsias que têm capacidade de penetrar através de microlesões na pele. Também não force o carrapato a se soltar, encostando agulha ou palito de fósforo quente. O estresse sofrido pelo artrópode faz com que ele libere grande quantidade de saliva, o que aumenta as chances de transmissão de rickettsias. Retire-os, com cuidado, por meio de leve torção, para liberar as peças bucais (da boca).

Existem também repelentes, com concentrações maiores do produto químico DEET (N-N-dietil-meta-toluamida), que são eficientes contra mosquitos e carrapatos.

Conheça outras doenças transmitidas por carrapatos


Fonte: Site IG/Fiocruz/Nossa opinião: Biólogo Ambiental Carlos Simas


Nossa Opinião: Publicamos recentemente, neste Blog, matéria sobre os riscos que enfrentamos em nossas cidades, pelo fato dos governos, pouco ou nada fazerem, quanto a criatórios de animais (eqüinos) em áreas urbanas, a falta de fiscalização, falta de canis municipais para apreensões sérias de cães, que perambulam pelas ruas disseminando doenças, falta de centros de controles de Zoonoses, para apreensões de cavalos, bois etc, falta de vontade de fazer, falta de vergonha na cara! Guardadas evidentemente as devidas proporções! Infelizmente aí está mais uma lamentável morte, que poderia ser evitada, apesar de não sabermos se o exemplo em questão(infecção) se deu por aqui, pois, o cidadão pode ter vindo já doente. No entanto, quem não se lembra dos casos de febre maculosa por aqui? Ação responsável já, prefeitos e secretários!






Postado por biologocarlossimas às 15:17 0 comentários
Sábado, Agosto 02, 2008
CARRAPATO-ESTRELA (Amblyoma cajennense)
Créd Foto: Germano Woehl Jr. – Instituto Rã-bugio – www.ra-bugio.org.br



Fabricius, 1787)Eng.ª Agr.ª Heloisa Sabino Prates(SAA/CDA/Campinas-SPEng.os Agr.os Gilberto Jose de Moraes e Sérgio Batista Alves(ESALQ/USP-Piracicaba)





O carrapato Amblyomma cajennense é um ácaro da família Ixodidae popularmente conhecido por carrapato-estrela, rodoleiro, picaço ou rodolego, na fase adulta; micuim, carrapato-pólvora, carrapato-fogo, carrapato-meio-chumbo ou carrapatinho, na fase de larva (primeiro estágio após a fase de ovo); e vermelhinho, na fase de ninfa (segundo estágio após a fase de ovo).



No meio agrícola do Sudeste do Brasil, trata-se da principal espécie de carrapato que ataca o homem. Seu ataque freqüentemente resulta em intenso prurido no homem, que comumente conduz à formação de lesões nos locais das picadas, causadas pelo ato de coçar. A cicatrização dessas lesões é lenta, podendo demorar meses. Além disso, o carrapato-estrela apresenta grande importância médico-veterinária por ser o transmissor dos organismos que causam a babesiose eqüina no Brasil e a febre maculosa na América Central, na Colômbia e no Brasil.



O Amblyomm. cajennense é um carrapato trioxeno, ou seja, necessita de três hospedeiros iguais ou diferentes para completar seu ciclo biológico. Isto se deve à mudança de estágios de desenvolvimento (larva a ninfa, ninfa a adulto) assim como a oviposição deste ácaro sempre se dá no solo. Seus hospedeiros preferidos são os eqüinos e a capivara. Ataca também vários outros mamíferos, como veado, porco, porco- do-mato, cão, cachorro-do-mato, carneiro, cabra, coelho, anta, tamanduá, cotia, coati, tatu, gambá e rato-do-banhado. Pode ser ocasionalmente encontrado em aves domésticas e silvestres que vivem em locais infestados, ou mesmo em animais de sangue frio (ofídios). O homem pode ser atacado pelas larvas, ninfas e pelos adultos do carrapato.



As larvas medem 0,6 a 0,8mm de comprimento. Mantêm-se neste estágio por até 386 dias quando em jejum. Durante 3 a 6 dias alimentam-se no hospedeiro, após o que descem ao solo onde permanecem de 18 a 26 dias até que ocorra a ecdise, passando ao estágio de ninfa.



As ninfas medem cerca de 1mm de comprimento e 0,8mm de largura. Mantêm-se neste estágio até 400 dias quando em jejum. Durante 5 a 7 dias alimentam-se do hospedeiro, e então descem ao solo onde em um período de 23 a 25 dias passam por nova ecdise, atingindo a fase adulta. As fêmeas e os machos adultos medem aproximada-mente 3,5mm de comprimento e 2,5mm de largura antes de se alimentar. Após a alimentação, os machos pouco aumentam, mas as
fêmeas aumentam quase cinco vezes de tamanho.
"Carrapato-estrela (macho) sobre a pelagem de um tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla) morto por atropelamento na BR-280, em Guaramirim, SC."
Nesta fase, podem permanecer vivos até 450 dias sem se alimentar. Em um período de 8 a 10 dias alimentam-se no hospedeiro. Descem então ao solo, onde durante 25 a 26 dias ovipositam. O número máximo de ovos produzidos pode ultrapassar 7.000. A fase de ovo dura de 30 a 70 dias.



Em áreas bastante infestadas o carrapato geralmente está presente durante todo o ano, em diferentes níveis e com a prevalência de diferentes estágios ao longo do ano. Os adultos e os ovos são mais abundantes de janeiro a abril de cada ano. Os ovos usualmente não são vistos, por serem depositados no solo. As larvas são muito mais numerosas que os adultos e ocorrem em maiores números de maio a agosto. As ninfas aparecem em níveis menores que as larvas e são encontradas principalmente de julho a outubro.



É bastante irregular a ocorrência do carrapato-estrela no campo. Geralmente, concentram-se nas áreas de descanso ou de passagem de seus principais hospedeiros, em locais não expostos ao sol. Assim, são mais comuns em beira de rio, sob a vegetação ciliar, ou em outras áreas protegidas. Entretanto, mesmo em áreas que aparentemente ofereçam boas condições para sua ocorrência, a distribuição deste carrapato é bastante irregular, observando-se focos bem delimitados de populações muito mais elevadas que nos arredores.



A febre maculosa é causada pela riquétsia (Rickettsia ricketsii). Considera-se que se trata da mesma enfermidade conhecida nos Estados Unidos e no Canadá como febre maculosa das montanhas rochosas ("Rocky Mountain Spotted Fever"), cujos vetores são outras espécies de carrapatos.



Apesar de essa enfermidade afetar o homem, o patógeno pode se manter indefinidamente no ambiente apenas circulando entre carrapatos, mesmo na ausência do homem. A riquétsia se mantém numa mesma geração de carrapatos pelo processo de transmissão transestadial, indo dos estágios mais jovens para os mais desenvolvidos. Pode também passar de uma geração a outra de carrapato através da transmissão transovariana. Entretanto, a proporção de carrapatos infectados pela riquétsia é sempre baixa.



É possível que outros animais possam servir de reservatório da R. ricketsii, dos quais carrapatos não infectados poderiam adquirir o patógeno. De qualquer forma, isso ainda precisa ser devidamente comprovado em nosso meio. Assim, diversos animais são importantes na manutenção deste patógeno em determinada região, por serem necessários para a manutenção das populações do carrapato-estrela, que deles se alimenta.



A riquétsia pode ser transmitida ao homem quando é picado por um carrapato por um período mínimo de 4 a 6 horas. Em geral, os sintomas da doença começam a aparecer após 2 a 7 dias da picada do carrapato infectado. No Brasil, a febre maculosa tem sido registrada em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Em São Paulo, esta doença é também conhecida como "tifo exantemático".



Os sintomas clássicos iniciais da doença incluem febre, náuseas, cefaléias, mialgia e máculas. Estas, inicialmente, são pequenas, achatadas e rosadas. Surgem nas palmas e nas solas dos pés, pulsos e nos braço anterior, progredindo pelo resto dos membros até alcançar o tórax e o abdome. A lesão característica de petéquias vermelhas da febre maculosa geralmente aparece após o sexto dia. Quando o quadro clínico atinge tal magnitude, o diagnóstico é desfavorável. Se não tratada a tempo, essa enfermidade pode levar à morte.



O cuidadoso monitoramento dos níveis de infestação dos eqüinos é de suma importância para evitar altas incidências do carrapato-estrela. Animais infestados devem ser tratados com produtos acaricidas, que podem ser químicos ou biológicos. Nos locais em que esse controle é feito adequadamente, o carrapato não é um problema e a incidência de febre maculosa é evitada.




Obviamente esse tipo de controle é muito dificil ou inviável atualmente em outros hospedeiros preferidos pelo carrapato. Esses hospedeiros podem permitir o desenvolvimento de altas populações do carrapato em certos locais. Isso pode exigir que medidas sejam tomadas para desencorajar a visita de pessoas a esses locais, por meio de campanhas de divulgação de informações sobre o problema, colocação de avisos, etc.



O manejo da vegetação em pastagens e outros locais de passagem de eqüinos e outros hospedeiros pre-ferenciais do carrapato também deve ser feito como medida complementar a outras formas de controle. Assim, a eliminação de vegetação de porte mediano nas áreas de pastagem (pasto sujo) e a roçagem de áreas de lazer que também são visitadas por hospedeiros do carrapato podem favorecer muito o seu controle.



De maneira geral, tem se verificado que apenas o controle químico do carrapato no ambiente não é suficiente para a manutenção de populações baixas. Resultados promissores têm sido conseguidos em estudos recentes para o controle biológico deste carrapato com a pulverização do fungo Metarhizium anisopliae (Metarril PM 102/103) associado a um óleo vegetal. Esse produto poderá ser de uso bastante desejável em certas áreas restritas, próximas a residências, por exemplo, se for impedido o acesso subseqüente de hospedeiros do carrapato nas áreas tratadas. Por se tratar de um produto biológico, certos cuidados devem ser tomados para assegurar a eficiência do fungo. Por exemplo, a aplicação deve ser feita, preferencialmente, nos dias de maior umidade e temperaturas mais amenas.



A utilização desse produto tem se mostrado bastante promissora, mesmo em aplicações sobre os hospedeiros infestados. Nesses casos, redução de até 80% na população do carrapato foi observada. Ocontrole biológico apresenta uma série de vantagens em relação ao controle químico, especialmente no caso do controle de organismos que vivem sobre outros animais ou ocorrem comumente em ambientes visitados pelo público ou em que intoxicações podem ocorrer com maior probabilidade no caso de uso de produtos químicos. Sua associação com outros meios de controle é grandemente recomendável, para o melhor controle do carrapato.





Nossa Opinião: publicamos esta matéria em virtude do agravamento desses ácaros macroscópicos(aracnídeos) em áreas urbanas, das nossas cidades. O cidadão comum, teima em criar vários animais(cavalos) em sua residência, fazendo do terreno baldio mais próximo, de pasto, sem levar em consideração as conseqüências, para sua saúde, dos seus e da comunidade. As autoridades sanitárias por sua vez, seja por falta de estrutura técnica(local no município, para apreensão de animais), seja por incompetência mesmo, falta de vontade política, ou "vontade de fazer", negligenciam flagrantemente, o que deveria ser feito, mesmo sendo medida impopular. Vou repetir o que aqueles que nos conhecem, sabem que pensamos: Só o desejo genuíno de fazer, aliado a competência, mais investimento na conscientização(educação) e fiscalização responsável, podem deter epidemias facilmente evitáveis, mas que matam tantos inocentes no país. Acordem autoridades!
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Pesquisas em hantavirose e outras doenças virais são avaliadas

WWW.SAUDE.GOV.BR Janeiro, 2008 Nº02
Pesquisas em hantavirose e outras doenças virais são avaliadas
Doença com alta taxa de letalidade no Brasil – em torno de 35% –, a hantavirose entrou na Agenda Nacional de Prioridades
de Pesquisa em Saúde em 2004, quando 163 casos da enfermidade foram detectados no país. Para estimular a produção
científica nessa área, o Ministério da Saúde (MS), por meio do Departamento de Ciência e Tecnologia (Decit) da Secretaria
de Ciência e Tecnologia e Insumos Estratégicos (SCTIE), lançou naquele ano, em parceria com o Ministério de Ciência e
Tecnologia por meio do CNPq, o Edital 39/2004, temático para hantavirose e outras viroses.
Os resultados de 20 projetos contemplados na chamada pública foram avaliados em seminário realizado nos dias 19 e 20 de
novembro, durante a 7ª Mostra Nacional de Experiências Bem-sucedidas em Epidemiologia, Prevenção e Controle de Doenças
(Expoepi), ocorrida em Brasília. Na abertura do evento, a técnica da Coordenação-Geral de Fomento à Pesquisa em Saúde Marge
Tenório falou sobre os objetivos e os procedimentos adotados para avaliação e acompanhamento dos estudos fi nanciados.
Para esse edital, o investimento total foi de aproximadamente R$ 2,7 milhões, sendo R$ 1,5 milhão provenientes do Decit e R$
1,1 milhão oriundos do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). Trabalhos relacionados a outras doenças virais transmitidas por
roedores (roboviroses) e mosquitos (arboviroses), sarampo e hepatites também foram incluídos.
Os especialistas Christian Niel, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Cláudio Pannuti, da Universidade de São Paulo (USP),
Erna Kroon, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Expedito Luna e Maria Inês Costa Dourado, da Universidade Federal
da Bahia (UFBA), foram os avaliadores convidados.
Também participaram do encontro, as representantes das áreas técnicas do MS Carmen Regina da Silva, Sandra Helena Gurgel,
Andréa Domanico, Luciana Rezende Lara, Naiara Thomazoni e Gerusa Figueiredo, e as técnicas da Coordenação-geral de Fomento
à Pesquisa em Saúde Celine Prado e Shirlene Holanda. Confi ra, a seguir, as principais informações apresentadas no evento.
Estudos para obtenção de novos kits de diagnóstico apresentam resultados
O Brasil pode ser tornar, nos próximos anos, mais independente com relação ao diagnóstico da hantavirose. Dois projetos contemplados
no Edital 39/2004 obtiveram avanços na produção de testes nacionais para detecção da doença. Os novos insumos ainda estão em fase
inicial de desenvolvimento, mas seriam mais sensíveis para diagnosticar pacientes brasileiros por usarem proteínas de vírus que circulam
no país, em vez das cepas estrangeiras usadas nos kits convencionais. Essas proteínas funcionariam como ótimos reagentes para o
diagnóstico da doença, agindo como “iscas” (antígeno) para “atrair” os anticorpos presentes nas amostras de soro.
O projeto desenvolvido na Universidade de Brasília (UnB) e coordenado pelo biólogo Marcelo Brígido obteve a produção em pequena
escala do antígeno S700, proteína extraída do Paranoa vírus, que circula no Centro-Oeste. A expectativa é que ele possa ser usado
para detectar tanto IgM (anticorpo característico de uma infecção recente) como IgG (anticorpo presente em uma fase mais tardia da
doença) em pacientes e roedores infectados.
Já o trabalho da Universidade de Mogi das Cruzes (UMC), coordenado pelo biólogo molecular José Luiz Caldas Wolff, resultou na
construção de dois vetores capazes de expressar a proteína N do hantavírus Araraquara, presente no estado de São Paulo. O projeto
oferece uma alternativa para produção de antígenos de hantavírus mais adequados à realidade local.
Contato: brigido@unb.br / wolff@umc.br
Saiba mais sobre hantavirose
O número de casos de hantavirose aumentou progressivamente no Brasil entre 2003 e 2006, quando foi registrado um total de
600 ocorrências. A doença é considerada grave e não possui vacina ou tratamento específi co. Apesar de já ter sido detectada em
quase todo país, a moléstia tem maior incidência nas regiões Sul e Centro-Oeste.
A enfermidade é causada por mais de 20 tipos diferentes de hantavírus, eliminados pela saliva, fezes ou urina de roedores
infectados. Sua transmissão ocorre por meio da inalação do vírus presente no ar, por meio de água e comida contaminadas, de
lesões na pele ou mordidas de ratos.
Os sintomas da hantavirose começam a aparecer normalmente 15 dias após o contágio e se assemelham aos da gripe: febre,
dores de cabeça, no corpo e na região abdominal. Ao surgir a suspeita de infecção pelo hantavírus, o doente deve ser encaminhado
imediatamente a um hospital que disponha de UTI. O diagnóstico precoce é a única medida capaz de evitar a morte.
Trabalhos avaliados
Genótipo 1 do HCV é predominante em Pernambuco e Alagoas
Um estudo desenvolvido pela bióloga Itatiana Rodart, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), traçou um perfi l genotípico
do vírus da hepatite C na população de Pernambuco e Alagoas. Em Maceió, dos 154 pacientes testados, 74,7% foram positivos. O
genótipo 1 esteve presente em 77,4% deles e o genótipo 3 em 20,1%. Chama atenção o fato de, pela primeira vez, uma equipe de
pesquisa ter descrito o genótipo 2 no estado. Ele esteve presente em um dos pacientes. Já em Pernambuco 75% das 12 amostras
testadas deram positivo para o vírus; 66,6% foram do genótipo 1 e 33,3% foram do genótipo 3. Esse conhecimento é importante
porque geralmente o tratamento do paciente portador do genótipo tipo 1 é realizado em 12 meses, enquanto que o genótipo tipo 3
ocorre em seis meses.
Contato: irodart@yahoo.com.br
DECIT INFORMATIVO
Resultados de Pesquisa Hantavirose
Caracterização do hantavírus em roedores ajuda na vigilância da doença
Entender as características moleculares do hantavírus presente nas amostras de sangue de roedores
silvestres é fundamental para produção de insumos e promoção de estratégias preventivas. Os projetos
de pesquisa apresentados pela bióloga Akemi Suzuki, do Instituto Adolfo Lutz (IAL), e pela
médica Elba Lemos, da Fundação Oswaldo Cruz, tiveram exatamente esse objetivo.
No primeiro estudo, foram capturados 1.300 roedores de 18 espécies diferentes, comuns em áreas
de Mata Atlântica dos municípios de Espírito Santo do Pinhal, Mogi das Cruzes e Cotia. Foram
identificados e analisados geneticamente os hantavírus Araraquara, Juquitiba e Cocuera. A equipe
coordenada pela bioquímica Cecília Luiza Simões dos Santos também estudou microorganismos
do gênero arenavírus, primos do hantavírus que podem causar febre hemorrágica. Os especialistas
identificaram um novo arenavírus em Espírito Santo do Pinhal, para o qual sugeriram o nome de
Pinhal. Apesar dos dois relatos de casos de infecção humana pelo arenavírus Sabiá, o vírus não foi
detectado em roedores da região.
A outra pesquisa, conduzida pela Fiocruz, caracterizou hantavírus detectados em roedores silvestres
capturados nos municípios de Jaborá (SC), Luziânia (GO) e Teresópolis (RJ). Dos 509 roedores
capturados em Jaborá, 22 eram soropositivos para o vírus; em Luziânia, 76 roedores foram capturados
e três amostras sorológicas acusaram a presença do vírus; já em Teresópolis, três amostras
de sangue das 89 analisadas deram positivo para o vírus. Um dos desdobramentos desse trabalho
é a realização de um projeto colaborativo entre o Brasil e a Argentina para identificar os roedores
reservatórios associados com arenavírus e hantavírus no Mato Grosso do Sul.
Contato: aksuzuki@ial.sp.gov.br / elemos@ioc.fiocruz.br
Transmissão da hantavirose em SP ocorre mais em áreas de cultivo agrícola
Os seis municípios do estado de São Paulo onde houve mais notificação de hantavirose entre
1993 e 2005 têm em comum a ocupação humana do solo por meio da agricultura. A constatação
é de um estudo conduzido na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e coordenado pela
médica Maria Rita Donalisio. A partir de técnicas de sensoriamento remoto, a equipe analisou os
padrões ecológicos da doença nas 12 áreas das cidades de Juquitiba, Mogi das Cruzes, Cássia dos
Coqueiros, São Carlos, Aguaí e Tupi Paulista onde se concentraram quase todas as 80 ocorrências
da enfermidade registradas no estado no período. Entre as características mais comuns a essas
regiões, destacam-se modificação da vegetação nativa e a presença de cultura de cana, milho e
soja. Além das áreas de risco para transmissão serem áreas de cultivo de grãos, também foram
constatados casos em locais com pasto e braquiária, sempre próximos à mata. De acordo com a
pesquisadora, a notificação de casos ocorreu com maior freqüência em épocas particularmente
secas, comparadas às médias de pluviométricas das últimas três décadas na região.
Contato: donalisi@fcm.unicamp.br
SP faz vigilância do Vírus do Oeste do Nilo
Pesquisadores do Instituto Adolfo Lutz (IAL) aplicaram metodologias clássicas de estudo de vírus
transmitidos por aves para monitoramento e vigilância epidemiológica do Vírus do Oeste do Nilo (WNV)
em São Paulo. O microrganismo nunca foi identificado no país, mas circula em regiões vizinhas, e pode
causar encefalite, meningite e paralisia. No estudo apresentado por Luis Eloy Pereira e coordenado
por Benedito Antônio Lopes da Fonseca, foram coletadas 918 amostras de aves, sete morcegos e um
lagarto nos municípios de Iguape, Santa Lúcia e Castilho. Embora tenham sido detectados dois animais
(Troglodytes aedon e Carollia perspicillata) com anticorpos característicos do WNV, não se pode afirmar
que eles tenham sido infectados pelo microrganismo. A equipe também detectou um aumento acentuado
na prevalência de anticorpos para Flavivirus (gênero que inclui o WNV) em Iguape entre 2005 e 2006,
indicando intensa circulação de Flavivirus na região, em período intermediário às capturas.
Contato: lupereira@ial.sp.gov.br / baldfons@fmrp.usp.br
Grupos de pesquisa investigam vírus causador de febre aguda na Amazônia
Diferentes vírus dos gêneros Orthobunyavirus e Alphavirus têm sido relacionados a surtos de doenças
febris agudas na Região Amazônica e no Planalto Central. Duas universidades federais buscaram
compreender como funcionam esses microrganismos, investigar seu potencial patogênico e entender a
persistência dos mesmos em diferentes células. Esses estudos são fundamentais para o desenvolvimento
de formas de tratamento e controle dessas viroses.
Os resultados preliminares do estudo coordenado pelo bioquímico Paulo César Ferreira, da Universidade
Federal de Minas Gerais (UFMG), mostram que os vírus Apeu, Caraparu e Itaqui, inoculados em
camundongos, causaram a morte em 100% dos animais. Os sinais clínicos da doença foram perda de
peso, fraqueza, respiração lenta, dificuldade nos movimentos, paralisia das patas traseiras e tremores
generalizados. A equipe espera, com isso, ter contribuído para caracterizar o potencial patogênico dos
microorganismos.
Coordenada pelo biólogo molecular Davis Fernandes Ferreira, a equipe da Universidade Federal do Rio
de Janeiro (UFRJ) identificou a proteína Thiolester Containing-Protein II (TEP II), que joga um papel
importante na persistência dos vírus Oropouche e Mayaro. Entre os desdobramentos do estudo, destacase
o Projeto TEP II, feito em colaboração com a Universidade Estadual da Carolina do Norte, dos Estados
Unidos, que irá investigar o potencial antibactericida e antifúngico da proteína.
Contato: paulo.peregrino@pq.cnpq.br / davis@pq.cnpq.br
DECIT INFORMATIVO
Resultados de Pesquisa Hantavirose
Vigilância de arboviroses pode ser feita em tempo real
O projeto Diagnóstico e tipagem molecular de casos atípicos de febre amarela, coordenado pelo médico Mauricio
Lacerda Nogueira, da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, teve como objetivo desenvolver e
implementar um sistema de vigilância laboratorial para a doença em pacientes com hepatopatias agudas de
etiologia não determinada. O projeto também incluiu a vigilância, o diagnóstico e o estudo fi logenético de
outras viroses transmitidas por mosquitos, como a dengue e Encefalite Viral de Saint Louis (SLE). A equipe
constatou a circulação de SLE em São José do Rio Preto e desenvolveu uma metodologia que combina
PCR, seqüenciamento e geoprocessamento e permite acompanhar em tempo real a dinâmica da epidemia
de dengue. O trabalho tem a colaboração de pesquisadores da USP, UNESP e SUCEN-SP.
Contato: mnogueira@famerp.br
Pesquisa analisa 50 anos da febre amarela
Na pesquisa Febre amarela: caracterização genética de cepas brasileiras, correlação de evolução clínica e
ocorrência de circulação enzoótica e epizoótica num período de 50 anos, coordenada pelo professor Pedro
Fernando da Costa Vasconcelos, do Instituto Evandro Chagas (IEC), foi realizada a correlação da evolução
clínica da doença no país com a circulação do vírus num período de 50 anos. O estudo mostrou que a
proteína E pode desempenhar um papel importante no fenótipo da doença e na sua evolução. Entre os
objetivos alcançados durante o desenvolvimento do projeto, destacam-se a classifi cação fi logenética de
isolados de febre amarela obtidos no Instituto Evandro Chagas nos últimos 50 anos (1954-2004), a partir de
casos humanos, de artrópodes e de macacos; a caracterização de cepas associadas com quadros severos
e fatais da doença (teoricamente mais virulentas); e a comparação com cepas obtidas de casos leves e não
fatais da doença (teoricamente menos virulentas), permitindo a comparação dos genótipos associados com
diferente expressão fenotípica de virulência e diferentes apresentações clínicas.
Contato: pedrovasconcelos@iec.pa.gov.br
Grupo busca novos antígenos para o diagnóstico da febre amarela
O estudo coordenado pelo professor Bergmann Morais Ribeiro, da Universidade de Brasília (UnB), objetivou
a expressão da proteína do vírus da febre amarela em células de inseto, visando a produção de antígeno
para diagnóstico e/ou vacina contra a doença. O grupo alcançou expressão da proteína do envelope do vírus
da febre amarela em células de inseto utilizando o Sistema Baculovirus, detectou a expressão da proteína
Env pelo vírus recombinante vSynYFE e pelo vírus recombinante vAgYFE. A perspectiva é que o grupo
possa produzir um anticorpo específi co para a proteína recombinante e verifi car se ele reage contra o vírus
da febre amarela selvagem.
Contato: bergmann@unb.br
Metodologias úteis na avaliação da resposta imunológica à vacina contra sarampo
O sarampo já foi uma das principais causas de mortalidade infantil no Brasil. Graças às campanhas rotineiras
de vacinação, a prevalência da doença vem diminuindo no território nacional. Um grupo coordenado
pela bióloga Márcia Terezinha Baroni de Moraes e Souza, do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos
(Biomanguinhos) da Fiocruz, vem trabalhando na padronização das tecnologias para expressão e purifi cação
de uma proteína do vírus do sarampo que pode ser usada como insumo para avaliar a resposta imunológica de
indivíduos vacinados. O desenvolvimento dessa e de outras tecnologias a partir de sistemas mais modernos
pode aumentar a qualidade da produção da vacina, melhorar sua estabilidade e oferecer novas formas de
apresentação da mesma.
Contato: baroni@bio.fi ocruz.br
Estabelecidos métodos para detecção do HCV em tempo real
Duas pesquisas contempladas no Edital 39/2004 resultaram no estabelecimento de processos de avaliação
quantitativa do HCV usando a reação em cadeia de polimerase (PCR) em tempo real. O estudo coordenado
pelo médico Edson Rondinelli, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), teve como desdobramento
para o SUS a utilização de produtos para a detecção do HCV no soro dos pacientes. Entre 2005 e 2007, 3.500
testes foram realizados. O grupo também obteve a caracterização de variantes genéticas que poderão indicar
os vírus mais resistentes. A informação é fundamental para o estudo da relação custo/benefício do tratamento
da doença. O método de detecção da carga viral a partir do PCR em tempo real desenvolvido pelo biólogo
molecular Nilo Ikuta, da Universidade Luterana do Brasil, pode ser aplicado para as hepatites B e C. O sistema
amplifi ca, detecta e mede tanto os níveis extremamente altos de vírus no sangue quanto os mais baixos.
Contato: edrondin@biof.ufrj.br / ikuta@ulbra.br
Novo kit para detecção de hepatite se mostra promissor
Um novo kit de diagnóstico apresentado pelo pesquisador Fernando Araripe Torres, da Universidade de
Brasília (UnB), tem se mostrado promissor na detecção das hepatite C. Os testes preliminares obtiveram
sensibilidade de 92,86%. O grupo coordenado por Irmtraut Araci Hoffmann Pfrimer, da Universidade Católica
de Goiás (UCG), desenhou o gene sintético MEHCV a partir da inclusão dos conjuntos de genes do vírus
da hepatite C mais prevalentes no Brasil (o 1 e o 3). O gene codifi ca uma proteína multiepítopo que é
reconhecida por amostras de soro de indivíduos portadores do vírus da hepatite C. Novos testes precisam
ser feitos para validar o kit.
Contato: pfrimer@brturbo.com.br. / ftorres@unb.br
DECIT INFORMATIVO
Resultados de Pesquisa Hantavirose
Genótipo F do VHB tem prevalência elevada na Bahia
Uma pesquisa coordenada pelo pesquisador Mitermayer Galvão dos Reis, do Centro de Pesquisa Gonçalo
Moniz, unidade da Fiocruz na Bahia, determinou a diversidade dos vírus da hepatite B no Acre e na Bahia.
Ao todo, foram genotipadas por seqüenciamento 246 amostras do agente infeccioso. Apenas os genótipos A,
D e F foram encontrados nos soros analisados. No Acre, foi observado um predomínio do genótipo A (59%),
seguido do F (30%) e D (11%). Já na Bahia, não foi observada diferença na prevalência de genótipos A e F;
ambos estiveram presentes em 43% das amostras. Em 14% das análises, predominou o genótipo F. Para
os especialistas, esse número é elevado e chama atenção, já que, em geral, a infecção pelo genótipo F está
associada a uma pior evolução natural da doença. Os pesquisadores esperam repetir o estudo com o HCV,
identifi car mutações nos vírus em pacientes sob pressão imunológica ou terapêutica e criar um banco de dados
das seqüências dos vírus B e C.
Contato: miter@bahia.fi ocruz.br
Hepatite C é mais prevalente em usuários de drogas injetáveis
A prevalência de hepatite C em usuários de drogas injetáveis é maior do que a verifi cada em usuários de drogas
não-injetáveis. A afi rmação é de um estudo feito pela bioquímica Regina Maria Bringel Martins, da Universidade
Federal de Goiás (UFG). De acordo com a pesquisa, a infecção esteve presente em 26,9% dos usuários de
drogas injetáveis no município de Goiânia e, entre os usuários de outras drogas ilícitas, fi cou em 2,5%. Em
Campo Grande, a diferença foi mais marcante: 40% dos primeiros e 3% dos segundos foram positivos para
o HCV. Em Cuiabá, 33,3% do primeiro grupo apresentaram a infecção, contra 1,5% do segundo grupo. Os
resultados da pesquisa também sugerem que a co-infecção HCV-HIV tem maior impacto entre os usuários de
drogas injetáveis, ela atingiu 10% do primeiro grupo e 5% do segundo. Já a co-infecção pelo vírus da hepatite
B atingiu 60% dos usuários de drogas não-injetáveis e 31% dos de drogas injetáveis.
Contato: rbringel@terra.com.br
Portadores de HCV apresentam risco de desenvolver doenças auto-imunes
Um estudo apresentado pelo farmacêutico-bioquímico Ajax Mercês Atta, professor de Imunologia da Faculdade
de Farmácia da Universidade Federal da Bahia (UFBA), avaliou 100 portadores do vírus da hepatite C (HCV),
atendidos em dois centros de referência de hepatites de Salvador (BA), usando 40 doadores sadios de
banco de sangue como controles. Entre os indivíduos infectados, 89% tinham algum marcador laboratorial
de auto-imunidade, como crioglobulinas (62%) – proteínas anormais – e presença de auto-anticorpos séricos.
Nos indivíduos sadios, apenas três possuíam esses marcadores auto-imunes. Embora os pacientes não
apresentassem manifestações clínicas de tais doenças por ocasião da inclusão no estudo, pesquisas recentes
realizadas em outros países relatam o desenvolvimento de doenças auto-imunes nos portadores de HCV
positivos para auto-anticorpos e crioglobulinas, entre as quais a síndrome de Sjögren (síndrome da boca seca),
vasculites e doença renal, além de resposta desfavorável ao tratamento com interferon-α mais ribavirina.
Contato: ajatta@ig.com.br
Pesquisa associa hepatite C a alterações do sono
Estudo feito com portadores de hepatite C crônica cadastrados no ambulatório de hepatite da Fundação de
Medicina Tropical do Amazonas (FMTAM) irá relacionar a resposta imune dos pacientes e o genótipo viral às
alterações neurológicas e do sono. De acordo com o estudo apresentado por Adriana Malheiro, da Fundação de
Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (Hemoam), 72,7% dos 33 indivíduos avaliados em um questionário
clínico e de sono manifestaram fadiga, 33,3% tiveram insônia e 15,2%, depressão. A escala de sonolência variou
de 1 a 16 pontos. Acima de 10 pontos, ela indica sonolência excessiva que deve ser investigada. Oito pacientes
avaliados (24,3%) alcançaram mais de 11 pontos. Já na avaliação da severidade da fadiga, sete pacientes
(21,2%) relataram que ela interferia plenamente em seus afazeres profi ssionais, pessoais e familiares. Foi
possível realizar a genotipagem do vírus da hepatite C (HCV) em apenas 22 pacientes. O genótipo 1 é o mais
prevalente (41%), seguido do 3 (36%) e do 2 (23%). Ainda falta concluir o estudo que traça o perfi l da resposta
imune desses indivíduos para relacionar os três resultados.
Contato: malheiroadriana@yahoo.com.br
Expediente:
Ministério
da Saúde
Secretaria de
Ciência, Tecnologia e
Insumos Estratégicos
O Informativo Decit Série Resultados de Pesquisa é uma publicação técnica do Departamento de Ciência e Tecnologia, da Secretaria de
Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, do Ministério da Saúde, que se destina a divulgar os resumos e resultados das pesquisas
fi nanciadas pelo Departamento.
MINISTRO DA SAÚDE
José Gomes Temporão
SECRETÁRIO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INSUMOS ESTRATÉGICOS
Reinaldo Guimarães
DIRETORA DO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Suzanne Jacob Serruya
COORDENADORA DE GESTÃO DO CONHECIMENTO
Maria Cristina Costa de Arrochela Lobo
JORNALISTAS RESPONSÁVEIS
Renata Maia (RP 3529/PE)
Ivy Fermon (RP 6837/DF)
Sarita Coelho (RP 25549/RJ)
DESIGNER / DIAGRAMAÇÃO
Emerson ëCello e Renata Guimarães
COLABORAÇÃO
Marge Tenório
CONTATO
decit@saude.gov.br
61 3315-3298 ou 3466

Biossegurança em discussão na UFRJ


Biossegurança em discussão na UFRJ

Ana Zahner

A Comissão de Biossegurança do Centro de Ciências da Saúde (CCS) promoveu nesta quinta-feira (10/12) o evento “Atualidades em Biossegurança no CCS”, no auditório da Biblioteca Central. A importância do evento se dá pelos riscos que os métodos de pesquisas científicas podem trazer sem os devidos cuidados.
A professora Elba Regina Sampaio Lemos, pesquisadora da Fundação Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz), discutiu a transmissão de doenças através dos animais na palestra “Animais, Risco de Zoonoses e Biossegurança”. Trazendo dados de estudos no Laboratório de Hantavirose e Rickettsiose do Instituto Oswaldo Cruz, ela mostrou a importância do cuidado no trato de animais, tanto domésticos quanto aqueles utilizados em pesquisa.
Depois de enumerar doenças que são trazidas ao homem pelos animais, como a raiva, a febre maculosa e a leishmaniose, Elba Lemos explicou que pode haver o contágio direto ou indireto. Um cachorro, por exemplo, pode ter a doença e transmiti-la através de uma mordida ou mesmo um arranhão. O contato indireto, por sua vez, se dá através dos parasitas. “Mesmo que a pessoa não entre no mato, um cachorro pode trazer o carrapato para dentro de casa. O carrapato infecta o ser humano, mas é o cachorro que faz o link entre os dois”, alertou.
O evento contou com palestras ainda em outras duas mesas: “Biossegurança em odontologia” e “O uso do jaleco fora do local de trabalho e suas consequências para a saúde”.



XXVIII Jornada Fluminense de Botânica

Ana Zahner

Para promover debates acerca do estudo da flora no estado, vai até sexta-feira (11/12) a XXVIII Jornada Fluminense de Botânica no Centro de Ciências da Saúde (CCS). A necessidade de uma ampla discussão sobre os caminhos do estudo da botânica em nossa região pautou o tema deste ano (a Botânica no Estado do Rio de Janeiro).
A cerimônia de abertura ocorrida na quarta-feira (9/12), no auditório Rodolpho Paulo Rocco (CCS), contou com a participação do diretor da faculdade de Farmácia, Carlos Rodrigues, da diretora do Instituto de Biologia, Maria Fernanda Quintela Nunes, da coordenadora-geral do evento, Ana Claudia Vieira, e, representando o Núcleo de Pesquisas de Macaé (Nupem), da professora Tatiana Ungaretti. Os professores ressaltaram a importância da Jornada, que terá palestras, debates e exibição de trabalhos, para agregar áreas diferentes do conhecimento científico, como a farmacobotânica.
A professora do Nupem abordou o assunto da segregação existente entre os municípios do estado na produção científica, que se concentra principalmente na cidade do Rio de Janeiro. Nesse sentido, ela vê a necessidade de união entre os campi da UFRJ, para que outras localidades tenham acesso a pesquisas e produção de conhecimento.
A diretora do Instituto de Biologia, Maria Fernanda, também demonstrou desejo de integração maior entre as áreas: “Espero que a Jornada fortaleça o elo que criamos e que no futuro possamos crescer em outras iniciativas. Com a Faculdade de Farmácia, começamos as discussões para criar novos cursos, novas áreas de pesquisa, integrar os professores e crescer para atender às demandas cada vez maiores dessa área de conhecimento”.

Biossegurança em discussão na UFRJ

Ana Zahner

A Comissão de Biossegurança do Centro de Ciências da Saúde (CCS) promoveu nesta quinta-feira (10/12) o evento “Atualidades em Biossegurança no CCS”, no auditório da Biblioteca Central. A importância do evento se dá pelos riscos que os métodos de pesquisas científicas podem trazer sem os devidos cuidados.
A professora Elba Regina Sampaio Lemos, pesquisadora da Fundação Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz), discutiu a transmissão de doenças através dos animais na palestra “Animais, Risco de Zoonoses e Biossegurança”. Trazendo dados de estudos no Laboratório de Hantavirose e Rickettsiose do Instituto Oswaldo Cruz, ela mostrou a importância do cuidado no trato de animais, tanto domésticos quanto aqueles utilizados em pesquisa.
Depois de enumerar doenças que são trazidas ao homem pelos animais, como a raiva, a febre maculosa e a leishmaniose, Elba Lemos explicou que pode haver o contágio direto ou indireto. Um cachorro, por exemplo, pode ter a doença e transmiti-la através de uma mordida ou mesmo um arranhão. O contato indireto, por sua vez, se dá através dos parasitas. “Mesmo que a pessoa não entre no mato, um cachorro pode trazer o carrapato para dentro de casa. O carrapato infecta o ser humano, mas é o cachorro que faz o link entre os dois”, alertou.
O evento contou com palestras ainda em outras duas mesas: “Biossegurança em odontologia” e “O uso do jaleco fora do local de trabalho e suas consequências para a saúde”.



XXVIII Jornada Fluminense de Botânica

Ana Zahner

Para promover debates acerca do estudo da flora no estado, vai até sexta-feira (11/12) a XXVIII Jornada Fluminense de Botânica no Centro de Ciências da Saúde (CCS). A necessidade de uma ampla discussão sobre os caminhos do estudo da botânica em nossa região pautou o tema deste ano (a Botânica no Estado do Rio de Janeiro).
A cerimônia de abertura ocorrida na quarta-feira (9/12), no auditório Rodolpho Paulo Rocco (CCS), contou com a participação do diretor da faculdade de Farmácia, Carlos Rodrigues, da diretora do Instituto de Biologia, Maria Fernanda Quintela Nunes, da coordenadora-geral do evento, Ana Claudia Vieira, e, representando o Núcleo de Pesquisas de Macaé (Nupem), da professora Tatiana Ungaretti. Os professores ressaltaram a importância da Jornada, que terá palestras, debates e exibição de trabalhos, para agregar áreas diferentes do conhecimento científico, como a farmacobotânica.
A professora do Nupem abordou o assunto da segregação existente entre os municípios do estado na produção científica, que se concentra principalmente na cidade do Rio de Janeiro. Nesse sentido, ela vê a necessidade de união entre os campi da UFRJ, para que outras localidades tenham acesso a pesquisas e produção de conhecimento.
A diretora do Instituto de Biologia, Maria Fernanda, também demonstrou desejo de integração maior entre as áreas: “Espero que a Jornada fortaleça o elo que criamos e que no futuro possamos crescer em outras iniciativas. Com a Faculdade de Farmácia, começamos as discussões para criar novos cursos, novas áreas de pesquisa, integrar os professores e crescer para atender às demandas cada vez maiores dessa área de conhecimento”.