terça-feira, 23 de novembro de 2010

Ciência e Saúde


Pesquisa identifica 5 novas espécies de lagartos no Pará


Pesquisa identifica 5 novas espécies de lagartos no Pará

Estudo elevou ao status de espécie animais antes tidos como subespécies.
Pesquisadora avaliou morfologia e cor dos lagartos para concluir o estudo.
Do Globo Amazônia, em São Paulo
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A conclusão de um estudo no Pará levou à descoberta de 5 novas espécies de lagartos do grupo Anolis chrysolepis. A partir da análise da pesquisadora Annelise D'Angiolella, feita em parceria pelo Museus Paraense Emílio Goeldi e pela Universidade Federal do Pará, os animais deixaram de ser considerados como subespécies e foram elevados ao status de espécies.


A pesquisadora avaliou dados moleculares e morfológicos dos animais para chegar à conclusão. Estudou, por exemplo, a quantidade de escamas, a cor do papo e o tamanho do corpo dos lagartos para determinar as novas espécies.

Foto: Museu Goeldi/ Divulgação

Espécie do grupo Anolis encontrada na Colômbia, Brasil, Equador e Peru. (Foto: Goeldi/ Divulgação)

No total, foram analisadas 359 exemplares de animais, entre répteis e anfíbios, para identificar diferenças e semelhanças na classificação taxonômica. De acordo com a pesquisadora, a Amazônia é o "berço" desse tipo de lagarto, cujo grupo é reconhecido por ter cabeça curta e papo pequeno ou médio.

Dependendo da espécie, os animais se distribuem na Guiana, Guiana Francesa, Suriname, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela, além do Amazonas, do Mato Grosso, do Acre, do Amapá e do Pará, no Brasil. Fora do bioma amazônico, também podem ocorrer em estados do Nordeste e do Centro-Oeste.


23/11/2010 14h21 - Atualizado em 23/11/2010 14h27 Brasil é referência, mas Aids cresce na Região Norte, diz Unaids


23/11/2010 14h21 - Atualizado em 23/11/2010 14h27

Brasil é referência, mas Aids cresce 


na Região Norte, diz Unaids

Relatório Mundial da Epidemia de Aids 2010 foi divulgado nesta terça-feira.
Segundo coordenador do Unaids, norte do Brasil tem situação adversa.

Do G1, em Brasília
Relatório Mundial da Epidemia de Aids 2010, elaborado pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), divulgado nesta terça-feira (23), afirma que "esforços precoces e continuados de prevenção e tratamento do HIV conseguiram conter a epidemia" de Aids no Brasil.
De acordo com o coordenador da Unaids no Brasil, Pedro Chequer, o Brasil continua sendo referência na prevenção e no tratamento da Aids, porém, ainda há problemas, tais como o aumento do número de casos na Região Norte do país.
Os dados detalhados sobre o Brasil serão divulgados somente no dia 1º dezembro, mas  Chequer fez nesta terça uma análise sobre a situação do país. "A Região Sudeste apresenta tendência de queda e no Brasil como um todo a epidemia está estável, mas continua aumentando no norte do país", disse Chequer.
"O norte do país apresenta uma situação adversa, que exige por parte dos governos da região, e com apoio e mobilização do governo federal, [esforço] no sentido da reversão", explicou.
Segundo dados do Boletim Epidemiológico Aids/DST 2009, a taxa de incidência (por 100 mil habitantes) de casos de Aids notificados na Região Norte passou de 15,4, em 2007, para 18,6, em 2008. 
Chequer  avalia que o problema está na utilização dos recursos. "Eu diria que o problema está mais na execução, a partir de alguns estados e municípios que precisam refletir politicamente e verificar sua capacidade instalada no sentido de utilizar o recurso que o governo federal coloca à disposição", afirmou.
Ele apontou como causas para o aumento dos casos de Aids no norte do Brasil "dificuldades físicas" e a presença "um pouco tênue" do Sistema Único de Saúde (SUS) na região. "Há necessidade realmente de uma revisita de agenda política na Região Norte no sentido de reverter esse quadro". Sobre os governantes dos estados da Região Norte, Chequer afirmou que "há necessidade de sensibilizá-los mais" sobre a prevenção e tratamento da Aids.
De acordo com Chequer, há programas de Aids estabelecidos em 600 municípios do Brasil, o que segundo ele equivale a a 90% da população. "Agora há necessidade de expandir esses serviços para os pequenos municípios e facilitar o acesso ao teste e diagnóstico", afirmou.
O diretor do programa de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Dirceu Greco, afirmou que o Brasil "se destaca, mas o sucesso não é completo". Segundo ele, o número de infectados no país está estabilizado, porém em um um patamar alto.
No Brasil, cerca de 600 mil pessoas estão infectados com o HIV, segundo Chequer. Este número mantém-se estável desde o ano 2000.
Sobre o aumento do número de casos de Aids na Região Norte, Greco explicou que "há um processo de inequidade no país".