sexta-feira, 4 de novembro de 2011

TRF-5 decide suspender liminar sobre anulação de questões do Enem G1


04/11/2011 12h28 - Atualizado em 04/11/2011 17h05

Decisão foi anunciada pelo presidente do TRF-5, Paulo Roberto Lima.
Anulação só fica mantida para alunos de colégio de Fortaleza (CE).

Do G1 PE
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O presidente do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5), no Recife, desembargador Paulo Roberto de Oliveira Lima, suspendeu a liminar concedida pela Justiça Federal do Ceará e que anulava as 13 questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para todo o Brasil, na manhã desta sexta-feira (04). Segundo a decisão, a anulação só fica mantida para os 639 alunos do Colégio Christus, de Fortaleza (CE), que tiveram acesso às questões antes e agora terão suas notas recalculadas. O Ministério Público Federal do Ceará já informou que vai recorrer da decisão do TRF-5.

A determinação atende justamente à intenção do Ministério da Educação (MEC), que era restringir a decisão da Justiça aos alunos do Colégio Christus. “A liminar considerada atinge a esfera de interesses de cerca 5 milhões de estudantes, espraiando seus efeitos para o ingresso deles nas várias universidades públicas do país, com repercussão na concessão de bolsas, na obtenção de financiamentos e na orientação de políticas públicas. O assunto é grave e influi, sim, na organização da administração”, diz o presidente do TRF-5 em sua decisão.

O desembargador Paulo Roberto de Oliveira Lima comentou ainda que nenhuma solução seria completamente boa. "Isso é próprio dos erros: quase nunca comportam solução ótima. Anular ‘somente’ as questões dos alunos beneficiados não restabelece a isonomia. É que eles continuariam a gozar, para o bem ou para o mal, de situação singular - afinal a prova, para os tais, findaria com menos questões. (...) De outro lado, anular as questões para ‘todos’ os participantes também não restauraria a igualdade violada. Nenhuma das soluções tem condições de assegurar, em termos absolutos, a neutralidade e a isonomia desejáveis”, concluiu.

No início da tarde desta sexta-feira, a assessoria do MEC afirmou que o ministério "considerou que a decisão é justa, e fez justiça a quatro milhões de estudantes que não têm nada a ver com o Ceará". O recurso do ministério foi protocolado na quinta-feira (03) pelo procurador regional federal Renato Rodrigues Vieira e pelos subprocuradores Rodrigo Cunha Veloso e Miguel Longman, todos da Advocacia Geral da União (AGU).

No final da tarde da quinta-feira, o Ministério Público Federal no Ceará, por meio do procurador da República Oscar Costa Filho, oficializou na Justiça o pedido de anulação de mais uma questão do Enem, a questão 25 do caderno amarelo do exame. Se a Justiça acatar a decisão, o Enem terá um total de 14 questões anuladas.
Entenda o caso
A antecipação de questões foi revelada em 26 de outubro, três dias após o Enem, quando um aluno do colégio cearense publicou, em seu perfil no Facebook, fotos de quatro apostilas distribuídas por um professor. Segundo a escola, as questões fariam parte de um banco de perguntas que o colégio recebe de professores, alunos e ex-alunos para promover simulados.

O MEC constatou que a escola distribuiu os cadernos nas semanas anteriores ao exame, com questões iguais e uma similar às que caíram nas provas realizadas no sábado (22) e domingo (23) e, no próprio dia 26, cancelou as provas feitas pelos 639 alunos do colégio.

Na época, o Ministério deu aos candidatos do Christus a oportunidade de refazer o Enem em 28 e 29 de novembro, dias nos quais o exame será aplicado para pessoas submetidas a penas privativas de liberdade e adolescentes sob medidas socioeducativas. Mas insistiu que o problema não afetou os demais estudantes do Brasil e, portanto, não havia a necessidade de anular as questões.

O Ministério Público Federal do Ceará, porém, entrou com uma ação judicial para anular o Enem 2011 para todo o país, ou pelo menos as 14 questões antecipadas. O procurador da República Oscar Costa Filho, responsável pela ação, defendeu que a anulação parcial ou total em todo o Brasil são as únicas formas de manter a isonomia do Enem em território nacional.

O juiz federal Luís Praxedes Vieira analisou o caso na segunda (31) e ouviu a defesa do MEC, apresentada pela presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Malvina Tuttman. A Justiça optou por não cancelar a edição deste ano do Enem, mas anulou, para todos os mais de 4 milhões de estudantes que fizeram as provas, 13 questões.

04/11/2011 20h28 - Atualizado em 04/11/2011 20h32

Mais de 7 mil estudantes concorrem a 



1,5 mil bolsas de estudo aos EUA

Eles se inscreveram na 1ª chamada do programa Ciência sem Fronteiras.
Inscrições para bolsas na França estão abertas até 14 de dezembro.

Do G1, em São Paulo
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Mais de 7 mil estudantes de graduação se inscreveram para a primeira edição do programa Ciência sem Fronteiras, criado em julho pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes ) para expandir a oferta de bolsas de estudo para cursos de graduação e pós-graduação no exterior.
Na primeira chamada, que teve inscrições encerradas em outubro, os alunos foram selecionados por 165 instituições de ensino superior brasileiras e agora concorrerão a 1.500 bolsas nos Estados Unidos, para viajar em janeiro do ano que vem. Ela contempla apenas cursos de graduação-sanduíche (quando o aluno estuda e se forma em uma instituição no Brasil, mas cursa parte dos créditos em uma do exterior durante um intercâmbio).

O programa é destinado a estudantes de 18 áreas, entre elas física, química, ciências biomédicas, energias renováveis e tecnologia aeroespacial.

França
Até o dia 14 de dezembro, quem cursa uma das áreas contempladas pelo Ciência sem Fronteiras pode se inscrever para o Brafitec, a segunda chamada do programa, destinada a oferecer bolsas de estudo de quatro a doze meses na França. A quantidade de vagas ainda não foi definida, e as viagens devem acontecer a partir de março de 2012.

Segundo o edital publicado no site do programa (arquivo em pdf), podem participar estudantes de graduação que completaram no mínimo 40% e no máximo 80% dos créditos. A bolsa cobre passagem aérea, ajuda de custo mensal e seguro saúde, além das matrículas e gastos da universidade no exterior.

Estudantes interessados em se inscrever devem estar matriculados em uma instituição de ensino superior onde haja um coordenador vinculado a um programa de pós-graduação reconhecido pela Capes. Os coordenadores selecionam os alunos e os inscrevem no sistema centralizado pelo governo federal, que mantém contato com universidades e institutos do exterior interessados em receber alunos brasileiros.

Os alunos inscritos também devem fazer provas de idiomas exigidas pelas universidades estrangeiras.

O Ciência sem Fronteiras pretende oferecer bolsas para cursos de pós-graduação a partir de 2012, e chegar a um total de 40 mil bolsas até 2014.

De acordo com a assessoria de imprensa da Capes, ainda em novembro serão abertas as chamadas para o processo seletivo de bolsas no Reino Unido e na Alemanha.