11 de outubro de 2010 19:35
ANÁLISE-Dilma se arrisca ao tentar sair da defensiva em debate
reuters
Por Eduardo Simões
SÃO PAULO (Reuters) - O tom mais agressivo adotado pela candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, no debate realizado pela TV Bandeirantes no domingo visou tirá-la de uma posição defensiva em temas polêmicos, mas é uma estratégia arriscada, segundo analistas.
Ao contrário de debates realizados no primeiro turno da disputa pelo Palácio do Planalto, quando Dilma sistematicamente ignorou José Serra (PSDB), desta vez foi para cima do adversário desde o início do encontro, reclamando do que chamou de campanha caluniosa, incluindo a discussão em torno do aborto.
O comportamento da candidata do PT foi no sentido contrário do que geralmente é adotado por candidatos que lideram as pesquisas de intenção de voto, como é o caso dela. Nessa posição os candidatos costumam adotar uma postura mais amena.
"Ela está na frente nas pesquisas, mas estava numa situação defensiva até ontem (domingo), porque ela teve que se explicar em relação às questões do aborto, às questões da Erenice (Guerra, ex-assessora de Dilma, acusada de envolvimento num esquema de corrupção)", disse à Reuters o cientista político Carlos Melo, do Insper (antigo Ibmec).
"Eu imagino que o movimento ali tenha sido o de sair da defensiva e colocar a discussão num outro patamar, tirando a iniciativa do José Serra no que diz respeito àquelas questões."
Ricardo Ribeiro, analista político da MCM Consultores Associados, concorda. "Ela (Dilma) continua na frente, com uma margem de 7 pontos, 8 pontos considerando-se somente os votos válidos, mas ela vem perdendo terreno", avaliou.
O risco, para Ribeiro, está na mudança da imagem percebida pelos eleitores. "É uma tática arriscada porque durante o primeiro turno não foi essa a Dilma que se apresentou para o eleitorado", lembrou.
Na discussão sobre o aborto, Dilma lembrou de normatização de Serra, quando ministro da Saúde no governo FHC, sobre atendimento de mulheres em hospitais públicos citou até a mulher do tucano, Monica Serra, que teria dito durante a campanha que a petista seria a favor de matar criancinhas.
Além disso, tentou colar em Serra a pecha de privatista e chegou a mencionar notícia de que um membro da campanha do tucano teria fugido com 4 milhões de reais arrecadados para a disputa.
Já Serra, mesmo atirando contra a corrupção do caso Erenice e os apoios dos ex-presidentes Fernando Collor de Mello e José Sarney à petista ou ao que chamou de incoerência quanto à posição da adversária em relação ao aborto, manteve um tom menos beligerante.
REPETECO?
O tom mais agressivo de Dilma no debate da Bandeirantes lembrou postura parecida adotada pelo governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), em debate do segundo turno da eleição presidencial de 2006 contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Mas para Carlos Melo, do Insper, as comparações param por aí. "O Alckmin foi com uma agressividade para cima do Lula, que o Lula pôde se vitimizar ali. Ontem o que você viu foi a Dilma se vitimizando, ela se colocando na condição de injustiçada", disse.
Para ele, os temas aborto e corrupção "saem um pouco da agenda", mostrando otimismo com o nível da discussão daqui para frente. "Talvez, agora, isto posto, a gente possa discutir política."
Mas, para Ribeiro, da MCM, o primeiro debate do segundo turno da disputa presidencial mostrou qual deve ser o tom do restante da campanha até o dia 31 de outubro.
"Se você observar os spots (inserções no rádio e na TV) dos dois candidatos, um está falando mal do outro", disse.
SÃO PAULO (Reuters) - O tom mais agressivo adotado pela candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, no debate realizado pela TV Bandeirantes no domingo visou tirá-la de uma posição defensiva em temas polêmicos, mas é uma estratégia arriscada, segundo analistas.
Ao contrário de debates realizados no primeiro turno da disputa pelo Palácio do Planalto, quando Dilma sistematicamente ignorou José Serra (PSDB), desta vez foi para cima do adversário desde o início do encontro, reclamando do que chamou de campanha caluniosa, incluindo a discussão em torno do aborto.
O comportamento da candidata do PT foi no sentido contrário do que geralmente é adotado por candidatos que lideram as pesquisas de intenção de voto, como é o caso dela. Nessa posição os candidatos costumam adotar uma postura mais amena.
"Ela está na frente nas pesquisas, mas estava numa situação defensiva até ontem (domingo), porque ela teve que se explicar em relação às questões do aborto, às questões da Erenice (Guerra, ex-assessora de Dilma, acusada de envolvimento num esquema de corrupção)", disse à Reuters o cientista político Carlos Melo, do Insper (antigo Ibmec).
"Eu imagino que o movimento ali tenha sido o de sair da defensiva e colocar a discussão num outro patamar, tirando a iniciativa do José Serra no que diz respeito àquelas questões."
Ricardo Ribeiro, analista político da MCM Consultores Associados, concorda. "Ela (Dilma) continua na frente, com uma margem de 7 pontos, 8 pontos considerando-se somente os votos válidos, mas ela vem perdendo terreno", avaliou.
O risco, para Ribeiro, está na mudança da imagem percebida pelos eleitores. "É uma tática arriscada porque durante o primeiro turno não foi essa a Dilma que se apresentou para o eleitorado", lembrou.
Na discussão sobre o aborto, Dilma lembrou de normatização de Serra, quando ministro da Saúde no governo FHC, sobre atendimento de mulheres em hospitais públicos citou até a mulher do tucano, Monica Serra, que teria dito durante a campanha que a petista seria a favor de matar criancinhas.
Além disso, tentou colar em Serra a pecha de privatista e chegou a mencionar notícia de que um membro da campanha do tucano teria fugido com 4 milhões de reais arrecadados para a disputa.
Já Serra, mesmo atirando contra a corrupção do caso Erenice e os apoios dos ex-presidentes Fernando Collor de Mello e José Sarney à petista ou ao que chamou de incoerência quanto à posição da adversária em relação ao aborto, manteve um tom menos beligerante.
REPETECO?
O tom mais agressivo de Dilma no debate da Bandeirantes lembrou postura parecida adotada pelo governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), em debate do segundo turno da eleição presidencial de 2006 contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Mas para Carlos Melo, do Insper, as comparações param por aí. "O Alckmin foi com uma agressividade para cima do Lula, que o Lula pôde se vitimizar ali. Ontem o que você viu foi a Dilma se vitimizando, ela se colocando na condição de injustiçada", disse.
Para ele, os temas aborto e corrupção "saem um pouco da agenda", mostrando otimismo com o nível da discussão daqui para frente. "Talvez, agora, isto posto, a gente possa discutir política."
Mas, para Ribeiro, da MCM, o primeiro debate do segundo turno da disputa presidencial mostrou qual deve ser o tom do restante da campanha até o dia 31 de outubro.
"Se você observar os spots (inserções no rádio e na TV) dos dois candidatos, um está falando mal do outro", disse.
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5590 comentaram:
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Caros eleitores, estamos na reta final das eleições de 2010. Mas é necessário que o povo brasileiro se conscientize e acabe de uma vez por toda esta história de reeleição. Basta um mandato de 4 (quatro) anos e deixe a oportunidade para outros que tem seus planos de governo inovado para a população brasileira. E para inovar vamos nos unir e votar no José Serra que é o melhor candidato para governar o nossso querido Brasil. Vamos acabar com as corrupções e a vergonha que o nosso país vem passando, vamos fazer uma varredura nestes pessoais que mancha a dignidade de brasileiros limpos e honestos.
ter, 12 out 2010 17:18:24 -
VÁ ATÉ ESSE LINK E DESCUBRA QUEM É PAULO PRETTO, O HOMEM QUE DESVIO 4 MILHÕES DA CAMPANHA DO SERRA, E QUE ELE DISSE QUE ELE NÃO O CONHECIA. SERRA ESTÁ DESMASCARADO. É ESSE HOMEM QUE QUER COMANDAR O BRASIL???? ENTRE NA COMUNIDADE REPÚDIO A IGNORÂNCIA E TIRE SUAS PRÓPRIAS CONCLUSÕES!!!! http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs?cmm=2078498&tid=5527088710512708967&start=1
ter, 12 out 2010 17:18:15 -
Diante deste quadro de segundo turno, fica claro que todas as mentiras empregadas para difamar Dilma e enganar católicos e evangélicos, surtiram efeito, e outra vez a desonra recai sobre o povo de Deus por causa da falta de discernimento.
ter, 12 out 2010 17:18:11 -
O que o Serra fez para o Estado de Sao Paulo? so pedagio.na Europa e USA tem pedagio. mais nao e este assalto a populacao. o que o serra fez para diminuir a pobreza? e a seguranca? o Lula e a Dilma fez pela pobreza. eu espero que ela faca algo pela seguranca.
ter, 12 out 2010 17:17:51 -
Assistam:
http://www.youtube.com/watch?v=wShrc1md-Ho&feature=related
ter, 12 out 2010 17:17:49 -
Aqueles que votam no psdb simplesmente contribuem para politica arcaica e patriarcal brasileira se dizendo cultos o suficiente para governar o pais. Nao veem que com o PT mesmo tendo seus defeitos, a politica esta sendo aos poucos descentralizada e mais democratica.
ter, 12 out 2010 17:17:04 -
A Dilma está certíssima.Esses Tucanos estão no governo à décadas.Se fossem tão bons não sobraria nada para os PTs fazerem.O país continua precisando de muita coisa e estão cobrando do PT tudo que não fizeram.Dissimulados.
ter, 12 out 2010 17:16:47 -
Assistam:
http://www.youtube.com/watch?v=wShrc1md-Ho&feature=related
ter, 12 out 2010 17:16:44 -
ooo Leninha, me desculpe vc, mas tá falando besteira!!! Esse é o debate que o brasileiro tem de assistir, os candidatos se questionando e não aquele debate da Globo com respostas já preparadas e colocadas propositalmente naquele aquário. Acorda garota!! Até os debates em que a platéia faz perguntas, elas já foram colocadas ali na mão dos cidadãos. É claro que eu também gostaria de fazer minhas perguntas aos candidatos, mas isso é ilusão. Tudo é falso!!!
ter, 12 out 2010 17:16:32 -
Os burros votam 13, os demais votam consciente.
ter, 12 out 2010 17:16:08 -
Se o Serra vender a Petrobrás, o BNDES, a Eletrobrás... e sair pegando empréstimo no FMI consegue colocar o salário mínimo para R$ 600,00 depois de 4 anos o Brasil estará devendo até as calças... como o FHC fez, voto DILMA.
ter, 12 out 2010 17:16:05 -
Não existisse a Lei da Anistia não haveria segundo turno, visto que crimes como assalto a banco, sequestro a mão armada e suspeitas de assassinato não seriam deixados de lado.Uma pena simplesmente passar uma borracha e deixar uma candidata de tão baixo nível concorrer...
ter, 12 out 2010 17:15:11 -
Achei otima a postura da Dilma, prova que eh uma mulher forte, corajosa e não leva desaforo pra casa. agora sim! eh a Dilma! Coerente e competente. Viva a Dilma!! Ser humilhada e caluniada? JAMAIS!! Força Dilma , estamos com vc!!
ter, 12 out 2010 17:14:57 -
Eu para ser bem sincero, achei uma vergonha esse primeiro debate, tanto o José Serra como a Dilma, não mostraram suas propostas de governo decente, simplesmente atacaram um ao outro, isso é uma vergonha para dois presidenciáveis...Vamos torcer para o candidato eleito trabalhe igual o Lula, dê oportunidade para o POBRE!!!
ter, 12 out 2010 17:14:48 -
297 BILHÕES que a chilena mulher do Serra tirou das CRIANCINHAS BRASILEIRAS,c/ PROPINODUTO DA VALE,é CORRUPÇÃO? A CHILENA MULHER DO SERRA ROUBOU O DINHEIRO DAS CRIANCINHAS BRASILEIRAS: LIVRO NOS PORÕES DA PRIVATARIA , de Amaury Ribeiro Jr. mostra porque o Serra AMA tanto AS PRIVATIZAÇÕES, a mulher dele, a chilena horrível, roubou 297 bilhões de nosso povo com propinoduto da VALE DO RIO DOCE. A filhotona comprou o MERCADOLIVRE.COM e o genro meteu o bico no que é nosso. É um trabalho de dez anos de Amaury Ribeiro Jr, que começou quando ele era do Globo e se aprofundou com uma reportagem na IstoÉ sobre a CPI do Banestado. Não são documentos obtidos com espionagem – como quer fazer crer o PiG (*), na feroz defesa de Serra. É o resultado de um trabalho minucioso, em cima de documentos oficiais e de fé pública. Um dos documentos Amaury Ribeiro obteve depois de a Justiça lhe conceder “exceção da verdade”, num processo que Ricardo Sergio de Oliveira move contra ele. E perdeu.
Leia a introdução ao livro que aloprou o Serra:
Os porões da privataria
Percorrendo os caminhos e descaminhos dos milhões extraídos do país para passear nos paraísos fiscais, Ribeiro Jr. constatou a prodigalidade com que o círculo mais íntimo dos cardeais tucanos abre empresas nestes édens financeiros sob as palmeiras e o sol do Caribe. Foi assim com Verônica Serra. Sócia do pai na ACP Análise da Conjuntura, firma que funcionava em São Paulo em imóvel de Gregório Preciado, Verônica começou instalando, na Flórida, a empresa Decidir.com.br, em sociedade com Verônica Dantas, irmã e sócia do banqueiro Daniel Dantas, que arrematou várias empresas nos leilões de privatização realizados na era FHC. Financiada pelo banco Opportunity, de Dantas, a empresa possui capital de US$ 5 milhões. Logo se transfere com o nome Decidir International Limited para o escritório do Ctco Building, em Road Town, ilha de Tortola, nas Ilhas Virgens Britânicas. A Decidir do Caribe consegue trazer todo o ervanário para o Brasil ao comprar R$ 10 milhões em ações da Decidir do Brasil.com.br, que funciona no escritório da própria Verônica Serra, vice-presidente da empresa. Como se percebe, todas as empresas tem o mesmo nome. É o que Ribeiro Jr. apelida de “empresas-camaleão”. No jogo de gato e rato com quem estiver interessado em saber, de fato, o que as empresas representam e praticam é preciso apagar as pegadas. É uma das dissimulações mais corriqueiras detectada na investigação. Não é outro o estratagema seguido pelo marido de Verônica, o empresário Alexandre Bourgeois. O genro de Serra abre a Iconexa Inc no mesmo escritório do Ctco Building, nas Ilhas Virgens Britânicas, que interna dinheiro no Brasil ao investir R$ 7,5 milhões em ações da Superbird. com.br que depois muda de nome para Iconexa S.A…Cria também a Vex capital no Ctco Building, enquanto Verônica passa a movimentar a Oltec Management no mesmo paraíso fiscal. “São empresas-ônibus”, na expressão de Ribeiro Jr., ou seja, levam dinheiro de um lado para o outro. De modo geral, as offshores cumprem o papel de justificar perante o Banco Central e à Receita Federal a entrada de capital estrangeiro por meio da aquisição de cotas de outras empresas, geralmente de capital fechado, abertas no país. Muitas vezes, as offshores compram ações de empresas brasileiras em operações casadas na Bolsa de Valores. São frequentemente operações simuladas tendo como finalidade única internar dinheiro nas quais os procuradores dessas offshores acabam comprando ações de suas próprias empresas… Em outras ocasiões, a entrada de capital acontecia através de sucessivos aumentos de capital da empresa brasileira pela sócia cotista no Caribe, maneira de obter do BC a autorização de aporte do capital no Brasil. Um emprego alternativo das offshores é usá-las para adquirir imóveis no país. Depois de manusear centenas de documentos, Ribeiro Jr. observa que Ricardo Sérgio, o pivô das privatizações — que articulou os consórcios usando o dinheiro do BB e do fundo de previdência dos funcionários do banco, a Previ, “no limite da irresponsabilidade” conforme foi gravado no famoso “Grampo do BNDES” — foi o pioneiro nas aventuras caribenhas entre o alto tucanato. Abriu a trilha rumo às offshores e as contas sigilosas da América Central ainda nos anos 1980. Fundou a offshore Andover, que depositaria dinheiro na Westchester, em São Paulo, que também lhe pertenceria…
ter, 12 out 2010 17:14:42
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