sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Espanha apresenta 1º bebê concebido com nova tecnologia de fertilização

Espanha apresenta 1º bebê concebido com nova tecnologia de fertilização

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DA EFE
O espanhol Juan, de cinco meses, é o primeiro bebê do mundo concebido com a ajuda de um novo método de seleção embrionária.
Juan Carlos Cárdenas/Efe
Juan, 5 meses, gerado com nova tecnologia de fertilização, ao lado da mãe, Ana, em entrevista em Valência, Espanha
Juan, 5 meses, gerado com nova tecnologia de fertilização, ao lado da mãe, Ana, em entrevista em Valência, Espanha
Os médicos responsáveis pelo procedimento afirmam que a técnica aumenta em 20% as chances de sucesso da fertilização in vitro e diminui o risco de uma gravidez múltipla e de aborto.
O bebê foi apresentado na quarta-feira (3), em Valência, em uma entrevista coletiva com os pais, Ana e David, e o presidente do Instituto Valenciano de Infertilidade, José Remohí.
O método de fertilização usa uma incubadora chamada Embryoscope, que permite observar o embrião segundo a segundo, desde a fecundação até a transferência para o útero da mãe.
De acordo com Michelle Borges, bióloga que trabalha na filial brasileira do instituto, em Salvador, o aparelho grava imagens do embrião em diversos planos. A observação constante evita erros que levam ao descarte do embrião e dispensa a necessidade de movê-lo até o microscópio para checar o progresso.
"Só de pegar a placa e levar para o microscópio, já é um sacrifício para o embrião, porque muda a temperatura", diz Borges.
A mãe do bebê, Ana, 31, explicou emocionada o "longo processo" que havia levado até o nascimento de "Juan, o desejado", como ela disse. Já o pai, David, 30, só disse que estava "mais assustado que o bebê".

Transtorno psíquico "burn out" ataca desiludidos com o próprio trabalho

Transtorno psíquico "burn out" ataca desiludidos com o próprio trabalho

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GUILHERME GENESTRETI
DE SÃO PAULO
Perfeccionismo é fator de risco para esta doença insidiosa, que ataca a motivação de gente que rala, sem distinção de cargos hierárquicos.
O "burn out", termo que em inglês designa a combustão completa, está incluído no rol dos transtornos mentais relacionados ao trabalho. Foi a terceira maior causa de afastamento de profissionais em 2009, segundo dados da Previdência Social.
A síndrome é bem mais que "mero" estado de estresse, não pode ser confundida.
Esse transtorno psíquico mescla esgotamento e desilusão. Pode ser desencadeado por uma exposição contínua a situações estressantes no trabalho, explica a psicóloga Ana Maria Rossi, presidente no Brasil da Isma (International Stress Management Association), entidade que pesquisa o "burn out".
Filipe Redondo/Folhapress
O professor Cláudio Rodrigues, afastado por causa da doença, disse sentir que o seu trabalho "não vale a pena"
O professor Cláudio Rodrigues, afastado por causa da doença, disse sentir que o seu trabalho "não vale a pena"
"A doença é gerada pela percepção de que o esforço colocado no trabalho é superior à recompensa. A pessoa se sente injustiçada e vai se alienando, apresentando sintomas como depressão, fobias e dores musculares."
É a doença dos idealistas, diz Marilda Lipp, do Centro Psicológico de Controle do Stress e professora de psicologia da PUC-Campinas.
"O 'burn out' é um desalento profundo, ataca pessoas dedicadas demais ao trabalho, que descobrem que nada daquilo pelo que se dedicaram valeu a pena."
O estresse, compara Lipp, tem um componente biológico forte, ligado a situações em que o corpo tem de responder ao perigo. Já o "burn out" é um estado emocional em que a pessoa não sente mais vontade de produzir.
"Tem a ver com o valor depositado no trabalho", diz Lipp. "Quem apresenta exaustão emocional, não se envolve mais com o que faz e reduz as ambições pode estar sofrendo do transtorno."
O diagnóstico não é fácil: a apatia gerada pelo "burn out" pode sugerir depressão ou síndrome do pânico.
Médicos, professores e policiais são grupos de risco, diz Duílio de Camargo, psiquiatra do trabalho ligado ao Hospital das Clínicas.
DESMAIOS
O professor Cláudio Rodrigues, 43, entrou em combustão total por duas vezes. Começou como um estresse, que foi se acumulando ao longo de dez anos.
Ele lecionava 13 horas por dia numa escola da zona sul de São Paulo. E se frustrava com salas lotadas e alunos desinteressados, conta.
"Via um aluno meu entregando pizza junto com alguém que nunca tinha estudado. Eu me sentia impotente como professor". Deprimido, se manteve afastado das salas por dois anos. Em 2004, depois de receber acompanhamento psiquiátrico e tomar medicação, voltou. Em maio deste ano, recaiu.
"Nada tinha mudado na escola, estrutura péssima. Eu me sentia responsável por estar levando todos os alunos a um caminho sem futuro."
No meio de uma aula, o professor começou a suar e sentir o corpo ficar mole. Saiu e desmaiou na escada. Na semana seguinte, enquanto caminhava para o trabalho, desmaiou de novo. Está afastado desde então.
"Sinto uma insatisfação por ver que o meu trabalho não vale a pena", desabafa.
A vigia Lucimeire Stanco, 34, também passou um tempo licenciada por causa de "burn out". Em 2006, ela fazia a ronda noturna em um colégio da zona leste. Passava a noite só e por duas vezes teve que se esconder quando tentaram invadir o lugar.
"Sentia desânimo porque não me tiravam daquela situação. Me sentia rejeitada, vítima." Ela se tratou e se readaptou. Hoje, só trabalha de dia, e acompanhada de outros vigias.
Casos como esses são tratados com psicoterapia e antidepressivos mas, segundo Marilda Lipp, a medicação só combate os sintomas.
"A pessoa precisa reavaliar o papel do trabalho em sua vida, aprender a dizer não quando não tem condições de executar algo e reconhecer o próprio valor, mesmo que outros não o façam."
FACA NA GARGANTA
"Eu era infeliz e não sabia", afirma a empresária Amália Sina, 45. Hoje ela é a dona do negócio, mas há quatro anos, era a vice-presidente, na América Latina, de uma multinacional e responsável pelas atividades da empresa em 22 países.
"Dava aquela impressão de que o mundo girava em torno do trabalho, sempre com a faca na garganta", diz.
Para a empresária, o apoio que teve da família e a prática de exercícios a ajudaram a suportar as pressões. Até ela deixar a função executiva.
A empresária adotou a estratégia correta para prevenir um "burn out", segundo o psiquiatra Duílio de Camargo. "A pessoa chega a esse estado sem saber o que tem. Se não tiver acolhimento da família, o desconforto aumenta."
Na visão de Eugenio Mussak, fisiologista e professor de gestão de pessoas, as providências para prevenir essa patologia do trabalho devem partir tanto do sujeito quanto da empresa.
Segundo Mussak, todo mundo que trabalha bastante deve se permitir algumas atividades diárias cuja única finalidade seja o prazer, para compensar o clima estressante. E se o ambiente de trabalho puder criar um "estado de férias", melhor ainda.
"Chefes compreensivos, que valorizam o esforço e respeitam os limites de seus subordinados criam um ambiente menos favorável ao "burn out'", diz o professor.
Ele continua: "É preciso respeitar o limite entre o que é profissional e o que é pessoal, e a empresa deve estimular o trabalhador a respeitar esses limites também."

Estudo oferece novas pistas sobre vacina contra a Aids

Estudo oferece novas pistas sobre vacina contra a Aids

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DA REUTERS
Ligeiras diferenças em cinco aminoácidos numa proteína chamada HLA-B podem explicar por que certas pessoas resistem ao vírus HIV, disseram pesquisadores dos EUA na quinta-feira (4), num estudo que fornece novas pistas sobre como produzir uma vacina para prevenir a Aids.
"Há muito tempo sabemos que algumas pessoas desenvolvem (a doença) extremamente rápido quando são contaminadas, enquanto outras podem ficar bem por três décadas sem precisar de tratamento, e ainda assim parecerem inteiramente bem", disse Bruce Walker, do Hospital Geral de Massachusetts e da Universidade Harvard, cujo estudo saiu na revista Science.
"Pensamos que poderíamos aplicar novas técnicas do projeto genoma humano para entender qual é a base genética disso", afirmou ele.
Cerca de uma em cada 300 pessoas contaminadas pelo HIV são capazes de suprimir o vírus com seu sistema imunológico, mantendo a carga viral extremamente baixa.
A equipe investigou a composição genética de quase mil pessoas com essa capacidade, comparando-as ao código genético de 2.600 outros soropositivos.
Isso os ajudou a identificar cerca de 300 diferentes locais no código genético associados ao controle imunológico do HIV, todos eles localizados no cromossomo 6.
Eles então chegaram a quatro alterações individuais no DNA, conhecidas como polimorfismos de nucleotídeo único (SNPs), todas relacionadas ao sistema imunológico.
"Fizemos um segundo estudo em que examinamos aminoácido por aminoácido nessa região", disse Walker.
Eles encontraram cinco aminoácidos na proteína HLA-B vinculados a diferenças na capacidade da pessoa de controlar o HIV.
Essa proteína é importante em ajudar o sistema imunológico e localizar e destruir células infectadas por um vírus, e Walker disse que essas variações genéticas podem fazer uma grande diferença no controle do HIV.
Entender como se dá a reação imunológica desses pacientes ao vírus da Aids pode ser um passo importante no desenvolvimento de uma vacina contra o HIV. Em quase 30 anos de epidemia, a doença já contaminou quase 60 milhões de pessoas, a maioria na África, e matou 25 milhões.

Cientistas dão mais um passo para criar efeito da invisibilidade

Cientistas dão mais um passo para criar efeito da invisibilidade

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DA EFE
Cientistas da Universidade de St. Andrews, no Reino Unido, anunciaram a criação de um material chamado Metaflex, que dá mais um passo à fabricação de tecidos que permitam criar o efeito da invisibilidade dos objetos.
O Metaflex é um meta-material, ou seja, um material artificial que apresenta propriedades eletromagnéticas incomuns, que procedem da estrutura projetada, e não de sua composição.
No passado, foram desenvolvidos meta-materiais que curvam e canalizam a luz para tornar invisíveis os objetos em longas longitudes de onda, mas a luz visível representa um desafio maior.
A pequena longitude de onda da luz do dia faz com que os átomos do meta-material precisem ser muito pequenos, e até agora estes átomos menores só puderam ser produzidos sobre superfícies planas e duras, incompatíveis com os tecidos das roupas.
A novidade apresentada por este trabalho é que o Metaflex consta de membranas flexíveis de meta-material, criadas graças ao emprego de uma nova técnica que permitiu liberar os meta-átomos da superfície dura sobre a que foram produzidos.
Desta maneira, o Metaflex pode atuar em longitudes de onda de 620 nanômetros dentro da região da luz visível.
A união destas membranas poderia produzir um "tecido inteligente", que seria o primeiro passo para fabricar uma capa ou qualquer outra peça para "fazer desaparecer" à pessoa que a vista.

Primeiro humanoide a viajar ao espaço tem conta no Twitter

Primeiro humanoide a viajar ao espaço tem conta no Twitter

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O ônibus espacial Discovery, cujo lançamento está marcado para esta sexta-feira depois de três tentativas de decolagem, está levando um tripulante histórico.
O Robonaut 2, que já ganhou o apelido de R2, é o primeiro humanoide a ser enviado ao espaço e já tem até uma conta no Twitter, com direito a piadinhas.
O robô de US$ 2,5 milhões mexe com a imaginação dos pesquisadores da Nasa (agência espacial norte-americana) pelo potencial que representa. Espera-se que ele ajude os astronautas em órbita.
Robert Markowitz/AP
Dois Robonaut 2 são apresentados pela Nasa no começo do ano; um deles parte para a ISS na última viagem do Discovery
Dois Robonaut 2 são apresentados pela Nasa no começo do ano; um deles parte para a ISS na última viagem do Discovery
Segundo seus criadores, no futuro, o R2 poderia realizar tarefas de limpeza, permanecer em ambientes extremamente frios ou quentes ou segurar, sem se cansar, o equipamento dos astronautas durante caminhadas no espaço.
Resultado de uma parceria entre a Nasa e General Motors, o R2 pesa aproximadamente 150 kg e tem cerca de um metro de altura.
A surpresa: ele ainda não tem pernas. O humanoide é dotado somente com a parte superior e possui um par de braços, mãos com cinco dedos e palmas --uma raridade robótica-- ombros e abdome.
Ele ainda tem quatro câmeras localizadas em seu visor, seus olhos, e uma câmera infravermelha em sua boca. Na parte elétrica, são nada menos do que 350 sensores para que o R2 sinta até um tecido com seus dedos.
O primeiro do gênero começou a ser desenvolvido em 1997, mas o projeto da Nasa terminou em 2006 por falta de dinheiro. Foi quando entrou a General Motors, que resultou na apresentação do R2 no começo deste ano.
O humanoide vai passar por uma série de testes, operando de uma base fixa. Na robótica, as pernas são uma das partes mais difíceis para serem projetadas, já que envolvem o equilíbrio do componente todo.

Telescópio faz imagens em alta resolução de jatos de gás do Sol

Telescópio faz imagens em alta resolução de jatos de gás do Sol

DA BBC BRASIL
Imagens do Sol feitas por um telescópio americano mostram espículas --jatos dinâmicos de gás que se projetam da superfície da estrela-- em alta resolução.
As imagens foram captadas em 3 de agosto pelo telescópio solar Dunn, que fica no Observatório Solar Nacional dos Estados Unidos, na cidade de Sunspot, no Novo México.
Além das espículas, as imagens mostram uma gama variada de estruturas presentes na cromosfera, como manchas solares, superpenumbras, plages ("praia", em francês, ou áreas claras que ficam próximas das manchas solares) e filamentos.
Uma erupção também pode ser vista na fotografia, ao lado de uma mancha solar, que possui o formato de um grande círculo escuro.
As imagens cobrem uma área de cerca de 29 bilhões de quilômetros quadrados --equivalente a menos de 1% da superfície do Sol.
As espículas estão presentes na camada do Sol que é conhecida como cromosfera. Elas funcionam como espécies de "tubos" por onde passa o gás.
Os jatos, que duram entre cinco e dez minutos, têm cerca de 500 quilômetros de diâmetro e se movimentam a uma velocidade de 20 km/s.
Kevin Reardon/Observatório Astrofísico de Arcetri
As imagens feitas por um telescópio mostram jatos dinâmicos de gás que se projetam da superfície do Sol
As imagens feitas por um telescópio mostram jatos dinâmicos de gás que se projetam da superfície do Sol
O Sol tem entre 60 mil e 70 mil espículas em movimento ao mesmo tempo. Ainda existem divergências sobre o que gera este fenômeno solar.
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Cientistas alemães acreditam ter descoberto gene da generosidade

Cientistas alemães acreditam ter descoberto gene da generosidade

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DA EFE
Um grupo de pesquisadores da Universidade de Bonn dirigido pelo catedrático de psicologia Martin Reuter acredita ter descoberto o gene da generosidade, após ter feito um estudo com cem pessoas.
As cem pessoas, segundo Reuter revelou durante a apresentação da pesquisa nesta sexta-feira, foram convidadas a realizar uma prova de retenção de dados nas quais tinham que aprender uma série de dígitos e depois repeti-los utilizando a memória.
Após a prova, cada um dos participantes recebia cinco euros e tinha a possibilidade de doar parte dessa quantidade para um fim benéfico.
"As doações eram anônimas, mas nós sabíamos quanto dinheiro havia na caixa, por isso podíamos calcular o montante da quantidade doada", explicou Reuter.
No teste de DNA os pesquisadores se concentraram no chamado COMT gene, que contém as informações para a geração de uma enzima que desativa determinadas substâncias no cérebro, entre elas a dopamina.
Há 15 anos se sabe que existem duas variantes distintas do COMT gene: o COMT val e o COMT met, que estão distribuídos de forma bastante equitativa entre a população humana.
Nas pessoas com a variante val, a enzima trabalha de forma quatro vezes mais efetiva, de modo que a dopamina é inativada de forma muito mais rápida.
O estudo da Universidade de Bonn demonstrou que isto tem efeitos no comportamento e as pessoas que participaram do experimento e que tinham a variante COMT val doaram o dobro da quantidade doada pelas que tinham a variante met.
Esta é a primeira vez que uma pesquisa empírica mostra uma correlação entre um fator genético determinado e atitudes altruístas, apesar de estudos com gêmeos já terem demonstrado que os genes influem de alguma forma nesses tipos de comportamento.
O grupo de trabalho de Bonn concentrou sua análise no COMT gene por saber que a dopamina influi no comportamento social dos seres humanos. Junto com outras substâncias, como a vasopressina, ela tem influência, por exemplo, sobre o comportamento sexual e a disposição para criar vínculos