quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

NOVAS DISPOSIÇÕES DOS PROFESSORES

António Nóvoa cita que:
  Vivemos em sociedades do espectáculo. Em sociedades marcadas pelos media, pela dramatização das notícias, por uma encenação permanente (quotidiana) dos acontecimentos. Tudo é drama. O espectáculo nunca pára. Transformou-se mesmo num modo-de-existência. · Vivemos em sociedades da competição. Em sociedades definidas pela concorrência, pela disputa entre pessoas, entre empresas, entre instituições. A competição deixou de ser um “resultado” para passar a ser um “processo” que determina as nossas vidas. · Vivemos em sociedades do consumo. Em sociedades organizadas para a compra de bens, úteis e inúteis. O consumismo é uma estranha forma de vida, mas tão familiar que é inimaginável existir sem ele. Faz lembrar a célebre frase de Fernando Pessoa para a Coca-Cola: Primeiro estranha-se. Depois entranha-se. · Vivemos em sociedades do conhecimento. Em sociedades que se definem por uma procura incessante de novos conhecimentos e tecnologias, por uma quase angustiante necessidade de formação e re-formação, pela sensação de que estamos sempre desactualizados. Eis quatro tópicos que estão hoje no debate contemporâneo sobre a sociedade e que têm consequências fortíssimas no espaço educativo, em particular no que diz respeito à reconfiguração do trabalho dos professores.

DERMEVAL SAVIANI

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