terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Trabalhos de monografia são cada vez mais cobrados no Ensino Médio

Fonte: Jornal O Globo
Marcelle Ribeiro
  • Escolas já começam a cobrar de estudantes do 3º ano dissertações como as exigidas em cursos universitários
MARCELLE RIBEIRO(EMAIL·TWITTER)
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No Colégio Ofélia Fonseca, em São Paulo, o professor de Metodologia para TCCs, André Renato Oliveira Silva, orienta os alunos
Foto: Eliária Andrade / Eliária Andradeo

No Colégio Ofélia Fonseca, em São Paulo, o professor de Metodologia para TCCs, André Renato Oliveira Silva, orienta os alunos Eliária Andrade / Eliária Andradeo
SÃO PAULO Escolha de tema, encontro com orientador, dúvidas sobre como inserir citações e formatar textos, ansiedade antes da apresentação para a banca. Engana-se quem pensa que esses são “dramas” só de universitários. Os “temidos” Trabalhos de Conclusão de Curso, os TCCs, já são realidade também em escolas de ensino médio. Com metodologias e níveis de cobrança variados, elas incorporaram as monografias como tarefa obrigatória para os alunos de 3º ano, a fim de prepará-los para a realidade das faculdades.
Sentados em um tapete e em almofadas no chão da biblioteca, alunos do 3º ano do ensino médio do Colégio Ofélia Fonseca, escola particular de São Paulo, folheiam TCCs de turmas anteriores enquanto o professor tira dúvidas sobre a maneira correta de formatar parágrafos e dar créditos a autores. E pede que os alunos prestem atenção aos acertos e erros dos que já fizeram TCCs. Nessa escola, onde eles foram introduzidos em 2008, uma vez por semana os jovens têm aula de Metodologia para TCC e aprendemcuidados com fontes de pesquisa,como relacionar fatos e redação de texto. Depois de cerca de dois meses de aulas introdutórias, escolhem os temas e são orientados por professores de áreas correlatas.
Aluno escolhe o tema que vai pesquisar
Segundo o professor de Metodologia para TCC do Ofélia Fonseca, André Renato Oliveira Silva, o aluno tem liberdade para escolher qual assunto quer pesquisar. Este ano, os temas vão de violência em videogames à presença da mulher no movimento zapatista, passando por mitologia grega e a relação entre suplementos alimentares e atividades físicas. Os encontros com os orientadores, em sua maioria, acontecem por email, por telefone ou no intervalo das aulas, além de dois encontros formais anuais que a escola organiza. Os trabalhos são sempre individuais.
— É uma preparação para a vida acadêmica, para eles começarem a se familiarizar com o tipo de aluno que a universidade exige, mais pesquisador que passivo. Queremos prepará-los para que desenvolvam esta postura — explica Silva.
No Colégio Civitatis, também em São Paulo, os alunos de 3º ano do ensino médio têm que fazer o TCC desde o ano passado. Mas, como estão em ano de vestibular e de Enem, a direção da escola limitou os temas: os jovens têm que pesquisar sobre carreiras. A ideia é preparar o aluno para as exigências da universidade e também ajudá-lo a esclarecer dúvidas sobre qua profissão seguir.
— Eles têm que pesquisar sobre mercado de trabalho, atuação profissional e cursos em universidades. Se eles decidem pesquisar sobre Engenharia, por exemplo, ouvem profissionais da área e vão a faculdades que tenham o curso – diz Denise Maria dos Santos Martins, coordenadora pedagógica do Colégio Civitatis.
Num ano em que os alunos, normalmente, têm carga horária escolar mais pesada, com a preparação para entrar na faculdade, muitos dizem que é preciso um esforço extra para conciliar os estudos das disciplinas com a preparação do TCC. Em algumas escolas, os encontros com orientadores foram incorporados ao horário de aulas.
— Fiquei meio preocupada quando soube que eu teria que fazer o TCC na escola. É muita coisa, não é qualquer trabalho que você faz para entregar. Fizemos nas férias do meio do ano. Mas foi bom porque eu não havia decidido ainda o que fazer na faculdade — disse Isabelle Lopes, de 18 anos, aluna do Civitatis, que, com uma colega, fez um trabalho sobre técnicas de fisioterapia aplicadas em cães e gatos.
Aluna do Ofélia Fonseca, Amanda Larissa Costa Lima, de 17 anos, que escolheu como tema a relação do nordestino imigrante na região Sudeste com o forró, disse que passa em média quatro horas por semana se dedicando ao TCC:
— O tempo é curto e tenho que conciliar com os estudos para o Enem. O mais difícil é fazer o texto sem colocar só informações de outras pessoas. Nós aprendemos a usar melhor a internet como fonte de pesquisa — diz ela.
Mas, por serem alunos do ensino médio, eles, às vezes, têm mais dificuldade que os universitários para obterem informações para o trabalho:
— Queríamos saber alguns dados e as faculdades que procuramos agiram com descaso. Achavam que só queríamos as informações por curiosidade — conta Victor Costa do Nascimento, de 18 anos, cujo trabalho compara os cursos de Administração de Empresas da Fundação Getulio Vargas de São Paulo e da USP.
As escolas ensinam aos alunos as exigências formais da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para monografias, mas, em geral, não cobram que elas sejam seguidas ao pé da letra. Os colégios também não fixam um número mínimo de páginas para os trabalhos, mas, normalmente, eles têm cerca de 30 páginas. Há casos, porém, de TCCs com 60 páginas, com temas como as diferenças entre monarquia e república.
— O mais importante é que eles indiquem as fontes de suas pesquisas. Mas achamos que escrever demais favorece a cópia. A ideia é ter um texto autoral — explica Luciana Fevorini, diretora escolar do Colégio Equipe, em São Paulo, onde já houve TCCs de temas como acessibilidade na cidade, moradores de rua e obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal.
Formas diferentes de avaliação
Assim como nas universidades, a apresentação dos TCCs costuma tirar o sono dos alunos. Em alguns colégios, as bancas são formadas por professores da própria instituição. Em outros, pessoas de fora são chamadas para avaliar os estudantes.
— No nosso caso, a banca, em geral, é composta por pessoas de fora e não apenas por professores do ensino médio. Neste ano, por exemplo, para fazer parte da banca de um aluno que estudou videogames, vou chamar um dono de produtora de videogames. Já convidamos professores universitários para avaliar os trabalhos também. O importante é chamar pessoas que não tenham sido, no ensino médio, professores dos alunos, para que elas tragam um olhar de fora — conta André Silva, professor do Colégio Ofélia Fonseca.
Alunos de outras séries podem ser convidados para assistir às apresentações, a fim de começarem a ter ideias sobre temas e se familiarizarem com a proposta do TCC. No Colégio Equipe, em São Paulo, não há banca: os trabalhos são avaliados pelos próprios orientadores e as apresentações dos alunos do 3º ano do ensino médio são feitas para a escola inteira.
— São dois dias de apresentações das monografias e não há aulas. Os alunos do 1º e do 2º anos do ensino médio e os pais são convidados para assistir — diz Luciana Fevorini, diretora escolar do Colégio Equipe.


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Thor 2: O Mundo Sombrio – R6 Dual Áudio

Posted: 15 Dec 2013 04:26 PM PST
Thor 2: O Mundo Sombrio - R6 Dual ÁudioInformações do Filme:
Título Original: Thor: The Dark World
Título Traduzido: Thor: O Mundo Sombrio
Gênero: Ação – Aventura
Ano de Lançamento: 2013
Duração: 1 Hora e 46 Minutos
Qualidade de Áudio: 8
Qualidade de Vídeo: 9
Informações do Arquivo:
Tamanho: 965 MB
Formato: Avi
Qualidade: R6
Áudio: Português – Inglês
Legenda: Clique Aqui (Opção 1) ou Clique Aqui (Opção 2) ou Clique Aqui (Opção 3)
Hospedagem: Uploaded – BitShare – FreakShare