quarta-feira, 1 de dezembro de 2010


Tamanho do indicador aponta risco de câncer de próstata, diz estudo

Estudo britânico sugere que pessoas com dedo indicador mais longo do que o anular teriam probabilidade menor de desenvolver a doença.

Da BBC
Uma pesquisa britânica afirmou que o comprimento dos dedos de um homem pode indicar qual o risco de desenvolvimento de câncer de próstata.
O estudo, publicado na revista especializada "British Journal of Cancer", descobriu que homens cujo dedo indicador era mais longo do que o dedo anular tinham uma probabilidade significativamente menor de desenvolver a doença.
Os pesquisadores fizeram a descoberta depois de comparar as mãos de 1,5 mil pacientes com câncer de próstata com as mãos de 3 mil homens saudáveis.
O comprimento dos dedos é determinado durante a gestação e estaria ligado aos níveis de hormônios sexuais no útero da mãe.
De acordo com os cientistas do Instituto de Pesquisa do Câncer da Universidade de Warwick, a criança terá um dedo indicador mais longo se for exposta a níveis menores de testosterona antes do nascimento, o que poderá ser uma proteção contra o câncer de próstata na fase adulta.
Exames
Uma das autoras da pesquisa, a professora Ros Eeles, afirmou que ainda serão necessários mais estudos nesta área, mas, se esta descoberta for confirmada, poderia ser usada para um exame simples que poderia detectar o risco de um homem desenvolver o câncer de próstata.
'Esta descoberta significa que o padrão dos dedos pode, potencialmente, ser usado para selecionar homens que tem o risco (de desenvolver a doença) para os exames, talvez uma combinação com outros fatores como histórico familiar ou testes genéticos', afirmou.
A pesquisa da Universidade de Warwick foi financiada por instituições de caridade britânicas voltadas para a pesquisa e assistência a pacientes de câncer, como a Prostate Action e a Cancer Research UK.
Emma Halls, diretora-executiva da Prostate Action, afirmou que a pesquisa 'nos coloca um passo a frente para ajudar a determinar os fatores de risco para câncer de próstata'.
'No entanto, ainda estamos muito longe de reduzir o número de homens que morrem de câncer de próstata todos os anos e precisamos de mais pesquisa e educação em todas as áreas para conseguir isto', acrescentou.
Para a médica Helen Rippon, chefe do setor de pesquisa da instituição de caridade The Prostate Cancer Charity, a pesquisa é mais uma das provas de que o equilíbrio dos hormônios aos quais somos expostos antes do nascimento influencia o resto de nossas vidas.
Mas Rippon acrescentou que homens cujos dedos indicadores são mais curtos não devem ficar 'desnecessariamente preocupados'.
'Eles dividem este traço com mais de metade de todos os homens e isto não significa que eles vão, definitivamente, desenvolver câncer de próstata.'

Desmatamento na Amazônia tem queda recorde e é o menor em 23 anos

Floresta perdeu área de 6.451 km² entre 2009 e 2010, segundo do Inpe.
Número representa queda de 13,6% sobre estimativa do ano passado.
Do Globo Amazônia, em São Paulo e Brasília
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O ritmo do desmatamento da Amazônia alcançou seu menor nível desde 1988, batendo novo recorde em relação ao ano passado. Mesmo assim, a devastação da floresta entre 2009 e 2010 derrubou uma área de 6.451 km², maior que o território do Distrito Federal, em Brasília, que mede 5.802 km².


Segundo informações divulgadas nesta quarta-feira (1º), o dado mais recente de desmatamento na Amazônia representa redução de 13,6% em relação à área devastada no ano passado, quando 7.008 km² de mata foram derrubados.


A área desmatada no bioma é a menor desde 1988, quando as estatísticas começaram a ser feitas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que divulga nesta quarta o desmatamento anual computado pelo Programa de Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite (Prodes).

O sistema cobre áreas maiores que 6,25 hectares e considera apenas o corte raso, quando há remoção completa da cobertura florestal. Segundo o diretor do Inpe Gilberto Câmara, o balanço do Prodes foi realizado a partir de análise de 93 imagens de satélite que cobriram 90% do desmatamento. A estimativa tem margem de erro de 10% para mais ou para menos.

O estado que mais desmatou no período foi o Pará, com 3.710 km² de área devastada. Em segundo lugar ficou o Mato Grosso, com 828 km², seguido de Maranhão (679 km²) e Amazonas (474 km²).

Presente na cerimônia em que o anúncio do desmatamento foi feito, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, considerou o número "fantástico". "Este é o menor desmatamento de toda a história da Amazônia", disse ela.

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Apesar da queda recorde do desmatamento na Amazônia, projeção divulgada em novembro pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) aponta cenários em que adevastação pode voltar a subir nos próximos anos.

Foto: Divulgação/Ibama

Desmatamento ilegal com 'correntão' no sul do Pará, encontrado em operação feita em novembro. (Foto: Divulgação/Ibama)

A pesquisa considera a possível aprovação de mudanças que flexibilizam o Código Florestal brasileiro e destaca a pecuária como principal atividade a pressionar por novos desmatamentos, pela maior demanda global por alimentos.

Macrozoneamento

Durante a cerimônia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva entregou contratos de concessão de direito real de uso (CCDRU) a 2.584 famílias residentes em 6 reservas extrativistas e em uma floresta nacional. Com a iniciativa, sobe para mais de 29 mil número de famílias beneficiadas pelo governo e os moradores ganham oficialmente o direito de explorar recursos em unidades de conservação.

Lula também assinou o decreto que institui o Macrozoneamento Econômico Ecológico da Amazônia Legal, essencial para a gestão do território previsto na Política Nacional do Meio Ambiente. O objetivo do documento é promover a transição do padrão econômico atual para um modelo de desenvolvimento sustentável na região, contemplando diferentes realidades e prioridades do território amazônico.

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Entre outros pontos, o texto trata dos desafios desta transição e indica estratégias de diferentes setores da economia, como o energético e mineral, e o planejamento integrado de infraestrutura e de logística. O documento também aborda temas como os territórios rural e urbano, proteção da biodiversidade e dos recursos hídricos, agricultura e mudanças climáticas na Amazônia. 

Veja o desmatamento divulgado pelo Inpe dividido por estado
 
EstadosDesmatamento (Km²)
Pará3.710 km²
Mato Grosso828 km²
Maranhão679 km²
Amazonas474 km²
Rondônia427 km²
Acre273 km²
Tocantins60 km²
AmapáNA
RoraimaNA

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  • Josimário|01/12/201018h41
    Que vergonha sinto em ver que autoridades comemoram a diminuição do desmatamento, quando deveriam estar implanto métodos de restituição da floresta e comemorando o aumento do reflorestamento. Quando é que vamos perceber que só não basta parar. 
  • Donizete|01/12/201017h55
    Eu não fico nem um pouco feliz com esse número. Se a quantidade de floresta fosse infinita, ficaria! Se esse desmatamento continuar indefinidamente, mesmo que diminuindo o índice, um dia a floresta acaba.
    O que precisa mesmo é política de reflorestamento, subsidiada pelo governo federal. 
  • Ricardo |01/12/201016h51
    É a menor devido a alta fiscalização da Policia Federal e do Ibama, e não porque está ´acabando´ com alguns internautas bem informados estão dizendo.Pensam eles que são pequenos os estados do Pará, Mato Grosso, Amazonas, Acre, Rondônia, Roraima, Amapá e Maranhão (estados que possuem bioma amazônico 

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