Desmatamento na Amazônia tem queda recorde e é o menor em 23 anos
Floresta perdeu área de 6.451 km² entre 2009 e 2010, segundo do Inpe.
Número representa queda de 13,6% sobre estimativa do ano passado.
Número representa queda de 13,6% sobre estimativa do ano passado.
O ritmo do desmatamento da Amazônia alcançou seu menor nível desde 1988, batendo novo recorde em relação ao ano passado. Mesmo assim, a devastação da floresta entre 2009 e 2010 derrubou uma área de 6.451 km², maior que o território do Distrito Federal, em Brasília, que mede 5.802 km².
Segundo informações divulgadas nesta quarta-feira (1º), o dado mais recente de desmatamento na Amazônia representa redução de 13,6% em relação à área devastada no ano passado, quando 7.008 km² de mata foram derrubados.
A área desmatada no bioma é a menor desde 1988, quando as estatísticas começaram a ser feitas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que divulga nesta quarta o desmatamento anual computado pelo Programa de Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite (Prodes).
O sistema cobre áreas maiores que 6,25 hectares e considera apenas o corte raso, quando há remoção completa da cobertura florestal. Segundo o diretor do Inpe Gilberto Câmara, o balanço do Prodes foi realizado a partir de análise de 93 imagens de satélite que cobriram 90% do desmatamento. A estimativa tem margem de erro de 10% para mais ou para menos.
O estado que mais desmatou no período foi o Pará, com 3.710 km² de área devastada. Em segundo lugar ficou o Mato Grosso, com 828 km², seguido de Maranhão (679 km²) e Amazonas (474 km²).
Presente na cerimônia em que o anúncio do desmatamento foi feito, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, considerou o número "fantástico". "Este é o menor desmatamento de toda a história da Amazônia", disse ela.
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Apesar da queda recorde do desmatamento na Amazônia, projeção divulgada em novembro pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) aponta cenários em que adevastação pode voltar a subir nos próximos anos.
Desmatamento ilegal com 'correntão' no sul do Pará, encontrado em operação feita em novembro. (Foto: Divulgação/Ibama)
A pesquisa considera a possível aprovação de mudanças que flexibilizam o Código Florestal brasileiro e destaca a pecuária como principal atividade a pressionar por novos desmatamentos, pela maior demanda global por alimentos.
Macrozoneamento
Durante a cerimônia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva entregou contratos de concessão de direito real de uso (CCDRU) a 2.584 famílias residentes em 6 reservas extrativistas e em uma floresta nacional. Com a iniciativa, sobe para mais de 29 mil número de famílias beneficiadas pelo governo e os moradores ganham oficialmente o direito de explorar recursos em unidades de conservação.
Lula também assinou o decreto que institui o Macrozoneamento Econômico Ecológico da Amazônia Legal, essencial para a gestão do território previsto na Política Nacional do Meio Ambiente. O objetivo do documento é promover a transição do padrão econômico atual para um modelo de desenvolvimento sustentável na região, contemplando diferentes realidades e prioridades do território amazônico.
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Entre outros pontos, o texto trata dos desafios desta transição e indica estratégias de diferentes setores da economia, como o energético e mineral, e o planejamento integrado de infraestrutura e de logística. O documento também aborda temas como os territórios rural e urbano, proteção da biodiversidade e dos recursos hídricos, agricultura e mudanças climáticas na Amazônia.
Entre outros pontos, o texto trata dos desafios desta transição e indica estratégias de diferentes setores da economia, como o energético e mineral, e o planejamento integrado de infraestrutura e de logística. O documento também aborda temas como os territórios rural e urbano, proteção da biodiversidade e dos recursos hídricos, agricultura e mudanças climáticas na Amazônia.
Veja o desmatamento divulgado pelo Inpe dividido por estado
Estados | Desmatamento (Km²) |
Pará | 3.710 km² |
Mato Grosso | 828 km² |
Maranhão | 679 km² |
Amazonas | 474 km² |
Rondônia | 427 km² |
Acre | 273 km² |
Tocantins | 60 km² |
Amapá | NA |
Roraima | NA |
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- Josimário|01/12/201018h41Que vergonha sinto em ver que autoridades comemoram a diminuição do desmatamento, quando deveriam estar implanto métodos de restituição da floresta e comemorando o aumento do reflorestamento. Quando é que vamos perceber que só não basta parar.
- Donizete|01/12/201017h55Eu não fico nem um pouco feliz com esse número. Se a quantidade de floresta fosse infinita, ficaria! Se esse desmatamento continuar indefinidamente, mesmo que diminuindo o índice, um dia a floresta acaba.
O que precisa mesmo é política de reflorestamento, subsidiada pelo governo federal. - Ricardo |01/12/201016h51É a menor devido a alta fiscalização da Policia Federal e do Ibama, e não porque está ´acabando´ com alguns internautas bem informados estão dizendo.Pensam eles que são pequenos os estados do Pará, Mato Grosso, Amazonas, Acre, Rondônia, Roraima, Amapá e Maranhão (estados que possuem bioma amazônico
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