sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Justiça Federal mantém proibição de lápis e relógio no Enem


Justiça Federal mantém proibição de lápis e relógio no Enem

Logo Terra



Rio - A Justiça Federal negou pedido de liminar do Ministério Público Federal no Espírito Santo (MPF-ES) ajuizou na última quinta-feira e manteve, assim, a proibição do uso de relógio mecânico, lápis, borracha e apontador durante o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que ocorre no sábado e no domingo.
O edital do Enem proíbe o uso desses objetos, o que, segundo o MPF, não é razoável. O ministério público afirma que o relógio é fundamental para controlar o tempo de resolução da prova (os candidatos têm, em média, três minutos para responder cada questão).
Quanto à proibição da utilização de lápis, borracha e apontador, o procurador André Pimentel diz não haver qualquer lógica, já que não representam sério risco de fraude e são necessários para rascunhos, por exemplo, o que ajuda a dar segurança e melhorar o desempenho dos estudantes.
O MPF afirma ainda que, para determinar essas proibições, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (responsável pela aplicação do Enem) deveria ter determinado em tempo hábil a instalação de relógios em todas as salas e o fornecimento de material de rascunho suficiente para não haver preocupação com espaço.
Segundo o Inep, por motivos de segurança, os candidatos deverão levar apenas caneta esferográfica preta, além de um documento original de identificação com foto e o cartão de confirmação de inscrição.

Falta de ônibus prejudica aluna

Desde cedo, para Thainá Soares Evangelista, 17 anos, estudar é uma corrida de obstáculos. Até agora, a aluna cadeirante do 3º ano do Colégio Estadual Teresa Cristina, em Brás de Pina, venceu todos. Mas o Enem é uma porta, por enquanto, fechada para a jovem. Paraplégica, a estudante teme não conseguir chegar a Bonsucesso, onde faria a prova: faltam ônibus adaptados.
Foto: André Luiz Mello / Agência O Dia
A cadeirante Thainá Soares teme não conseguir fazer as provas do Enem devido a falta de transporte | Foto: André Luiz Mello / Agência O Dia
Segundo a mãe, Solange Soares Evangelista, 52, os coletivos aptos a transportá-la passam só de 2 em 2 horas no ponto da Rua Pindaí, Brás de Pina. Mas a jovem não pode ficar muito tempo fora de casa, pois a cada quatro horas precisa trocar uma sonda. 

“Pesquisei preços de veículos adaptados para levá-la à prova, mas não tenho dinheiro, é caro. Não quero nada de graça, só que o ônibus passe no ponto para ir e voltar, e a gente não tenha que esperar tanto”, apela a mãe.

Nenhum comentário :

Postar um comentário