segunda-feira, 1 de novembro de 2010

BIOTECNOLOGIA TEM MERCADO PROMISSOR E CURSO MULTIDISCIPLINAR


17/10/2006 - 15h47m - Atualizado em 17/10/2006 - 22h54m

BIOTECNOLOGIA TEM MERCADO PROMISSOR E CURSO MULTIDISCIPLINAR

Guia de Carreiras do G1 mostra como é a profissão que ganhou curso de graduação recentemente e apresenta um vasto campo de atuação


LUÍSA BRITO, DO G1, EM SÃO PAULO
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Foto: Editoria de arte G1
biotecnologia buscar - área de mercado de trabalho amplo e promissor - é o tema do Guia de Carreiras do G1 nesta terça-feira (17). A profissão exige conhecimentos de ciências biológicas e exatas e conta com graduação específica em pelo menos 12 universidades brasileiras.

Conheça o que fazem esses profissionais, como são os cursos de graduaçãoo mercado de trabalho voltado para empreendedores e o que dizem pessoas que atuam na área.

O profissionalO biotecnólogo ou o engenheiro em biotecnologia e bioprocessos pode trabalhar nos setores agrícola e industrial e nas áreas de saúde e meio ambiente. Em saúde, ele atua no desenvolvimento de formas de diagnóstico, na produção de vacinas, remédios e hormônios de crescimento e no tratamento e prevenção de doenças. Cerca de 42% das instituições comerciais da área se concentram neste segmento, de acordo com a Associação Brasileira de Empresas de Biotecnologia (Abrabi).
No setor agrícola, é possível desenvolver plantas geneticamente modificadas resistentes a pragas e a condições climáticas adversas. As técnicas aplicadas são capazes ainda de aumentar a produtividade do plantio e a qualidade do fruto.
Como usa processos biológicos em vez de químicos, a biotecnologia também é empregada na área ambiental para recuperar solos desgastados e contaminados e tratar resíduos industriais.
Quem opta pela área industrial pode trabalhar com a criação de fontes alternativas de biocombustíveis, mercado considerado muito promissor tendo em vista o alto preço do petróleo e a exaustão das reservas mundiais. O profissional da indústria também atua na produção de produtos de limpeza e tecidos.
A produção de vitaminas, enzimas e aminoácidos para fazer alimentos como biscoitos e bolos é outra vertente do trabalho na área industrial. Essas substâncias deixam o produto mais crocante, brilhante e duradouro. A biotecnologia também é usada na produção de alimentos e bebidas que utilizam processos fermentativos como o pão, a cerveja e o vinho.

O salário inicial, segundo a Associação Brasileira de Empresas de Biotecnologia (Abrabi), pode variar de R$ 2.500 a R$ 4.000 para quem trabalha como pesquisador em empresas. Segundo a associação, o valor pode subir para o profissional que além dos estudos, desenvolve produtos.
A maioria das pessoas que trabalham na área atualmente não são graduadas em biotecnologia, pois o país não contava com cursos superiores no setor. Os profissionais, em geral, são formados em áreas afins e possuem cursos de pós-graduação.
Carreira promissora
No Brasil, o setor ainda é pouco explorado. Conta com apenas cerca de 300 empresas. No entanto, segundo especialistas e empreendedores, o futuro é promissor e há uma grande demanda por profissionais no mercado.
Neste e no próximo ano, o Governo federal pretende investir R$ 25 milhões em projetos de pesquisas, mais de três vezes os R$ 7,5 milhões aplicados em 2004 e 2005. Recentemente a Comissão de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) criou uma comissão temática para instituir a biotecnologia como uma área do conhecimento assim como biologia, medicina, física, educação, entre outras.
Os recursos também têm aumentado no setor privado, afirmam especialistas. Em Minas Gerais, que concentra 25% das empresas da área do país, o setor cresceu 33% entre 2001 e 2004. Os dados são da Abrabi. Não há números sobre o avanço no país, mas o diretor executivo da associação, Eduardo Emrich Soares, acredita que o percentual mineiro se reflete em âmbito nacional. Outros pólos no Brasil são os estados de São Paulo e Rio de Janeiro.
Segundo Luiz Antonio Barreto de Castro, secretário de políticas e programas de pesquisa e desenvolvimento do Ministério da Ciência e Tecnologia, estima-se que o setor movimente R$ 120 milhões por ano no país. De acordo com Castro, a área deve ser impulsionada com a criação do Conselho Nacional de Biosegurança que vai instituir uma política pública para o setor. Essa política está sendo elaborada por quatro ministérios (Saúde, Indústria e Comércio e Meio Ambiente, além do de Ciência e Tecnologia). A assessoria de imprensa do ministério, no entanto, não soube dizer quando a medida será posta em prática.

Para Alda Lerayer, doutora em genética e secretária executiva do Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB), algo que também impulsiona o setor são as vantagens dos processos biotecnológicos se comparado a outros. “Eles agridem menos o meio ambiente, são mais baratos, produtivos e saudáveis”, diz. 

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Veja o site da Abrabi

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