segunda-feira, 1 de novembro de 2010

ECONOMISTA PRECISA SABER GERAR, ADMINISTRAR E AUMENTAR RIQUEZAS


ECONOMISTA PRECISA SABER GERAR, ADMINISTRAR E AUMENTAR RIQUEZAS

Curso de economia mescla disciplinas de exatas e humanas.
Candidatos devem dominar de sociologia à estatística.


FERNANDA BASSETTE, DO G1, EM SÃO PAULO
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Foto: Divulgação
Alunos do curso de economia da USP
Um profissional responsável por criar, administrar e aumentar riquezas. É dessa maneira que professores e especialistas ouvidos pela reportagem do G1 descrevem o economista - o tema do Guia de Carreiras buscar desta semana. Riquezas, explicam, não são apenas os bens materiais. Entende-se por riqueza o desenvolvimento de um país e a qualidade de vida da população.

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"Posso dizer sem medo de errar que o economista é o profissional do desenvolvimento. É ele quem vai traçar as bases para a consolidação da democracia em um país", disse o professor Marcos Fernandes, coordenador do curso de economia buscar da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP) e pós-graduado pela Universidade de Londres.

Exatas X humanasA economia é uma carreira inserida dentro das ciências sociais, tem como base as disciplinas de humanidades, mas requer muito conhecimento na área de exatas. ''Dentro das ciências sociais, a economia é a mais sofisticada. O aluno tem que saber matemática à beça como um engenheiro, tem que gostar de história como um  historiador, tem que gostar de sociologia e ciências políticas, enfim, tem que agrupar todas essas características para se tornar um bom economista. O economista, quando bem formado, tem domínio de raciocínio e das humanidades", diz o professor Fernandes.

"A economia é uma carreira multidisciplinar. O profissional tem que ter o domínio de áreas desde a sociologia, geopolítica, filosofia e política econômica, até a matemática e estatística. Além disso, tem que estar atento à realidade social e política, não basta só gostar de matemática'', diz o professor Joaquim José Martins Guilhoto, chefe do departamento de economia da Universidade de São Paulo (USP).

Assim com acontece em outras carreiras, muitos alunos se decepcionam nos primeiros anos de curso porque não conhecem exatamente como é a profissão. ''Muitos vestibulandos não se informam previamente sobre o curso e isso se torna um grande problema quando ele entra na faculdade. Mas isso não é um problema apenas dos alunos de economia'', disse o professor Fernando Cezar de Macedo Mota, coordenador associado do curso de economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

O mesmo problema é percebido na Faculdade de Economia e Administração (FEA) da USP. ''A falta de conhecimento do curso é um problema que não se limita ao curso de economia. Geralmente ele sente um choque no primeiro ano de curso, mas, mesmo assim, o índice de desistência é muito baixo'', relata o professor Guilhoto.

Disciplinas
Durante o curso, o aluno tem contato com várias disciplinas entre elas as de formação geral (introdução à economia, introdução às ciências sociais, ciência política, direito, contabilidade, matemática e estatística), disciplinas teórico-quantitativa (contabilidade social, microeconomia, macroeconomia, economia política, economia internacional, economia do setor público, economia monetária, desenvolvimento socioeconômico, estatística econômica e econometria) e disciplinas de formação histórica (história econômica geral, formação econômica do Brasil, economia brasileira contemporânea e história do pensamento econômico), além de disciplinas eletivas que visam a especialização do aluno em áreas de seu interesse.

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