Licenciatura é principal mercado para sociólogos
Lei obriga escolas de ensino médio a oferecer aulas de sociologia e filosofia.
Medida deve criar 15 mil vagas de emprego, segundo sindicato.
Medida deve criar 15 mil vagas de emprego, segundo sindicato.
A partir deste segundo semestre de 2007, escolas de ensino médio de todo o país devem incluir conhecimentos de sociologia e filosofia em suas grades curriculares. A medida, prevista numa resolução do Conselho Nacional de Educação (CNE), deve gerar pelo menos 15 mil novas vagas no mercado de trabalho de quem se forma em licenciatura em ciências sociais, profissão tema do Guia de Carreiras desta semana.
A perspectiva da quantidade de empregos é do Sindicato dos Sociólogos do Estado de São Paulo (Sinsesp). Segundo dados da entidade, atualmente, 10 mil licenciados em ciências sociais já dão aulas no ensino médio, e outros 2 mil na graduação. Antes mesmo da resolução do CNE, 17 estados no país já ofereciam aulas de sociologia a seus alunos.
De acordo com Lejeune Mato Grosso de Carvalho, vice-presidente do sindicato e professor universitário, desses estados, alguns contam com aulas só no ensino público e outros também na esfera privada. Na visão dele, as demais unidades da federação devem se adaptar à nova determinação até o início do próximo ano, pois teriam dificuldade de incluir uma nova disciplina no currículo no meio do ano.
A Secretaria Estadual de Educação de São Paulo, por exemplo, já está fazendo estudos para analisar se é viável a inclusão das disciplinas no ano letivo de 2008 ou se será necessário um prazo maior, segundo informou a assessoria de imprensa da instituição. A resolução de número 4, de 16 de agosto de 2006, previa que as escolas deveriam se adaptar à medida no prazo de um ano.
A resolução, no entanto, não determinou que carga horária as disciplinas devem ter, nem que conteúdo deve ser ministrado. Segundo o CNE, essas e outras questões devem ser regulamentadas por cada estado. “Outro problema é a falta de livros didáticos, pois só existem seis de sociologia no país”, diz Carvalho.
Segundo ele, em um encontro de sociólogos realizado recentemente, foi decidido que a categoria vai pedir ao Ministério da Educação (MEC) que seja criado um grupo de trabalho para discutir essas questões.
De acordo com Lejeune Mato Grosso de Carvalho, vice-presidente do sindicato e professor universitário, desses estados, alguns contam com aulas só no ensino público e outros também na esfera privada. Na visão dele, as demais unidades da federação devem se adaptar à nova determinação até o início do próximo ano, pois teriam dificuldade de incluir uma nova disciplina no currículo no meio do ano.
A Secretaria Estadual de Educação de São Paulo, por exemplo, já está fazendo estudos para analisar se é viável a inclusão das disciplinas no ano letivo de 2008 ou se será necessário um prazo maior, segundo informou a assessoria de imprensa da instituição. A resolução de número 4, de 16 de agosto de 2006, previa que as escolas deveriam se adaptar à medida no prazo de um ano.
A resolução, no entanto, não determinou que carga horária as disciplinas devem ter, nem que conteúdo deve ser ministrado. Segundo o CNE, essas e outras questões devem ser regulamentadas por cada estado. “Outro problema é a falta de livros didáticos, pois só existem seis de sociologia no país”, diz Carvalho.
Segundo ele, em um encontro de sociólogos realizado recentemente, foi decidido que a categoria vai pedir ao Ministério da Educação (MEC) que seja criado um grupo de trabalho para discutir essas questões.
Formação e mercado
Além da licenciatura, o aluno também pode se graduar em bacharelado. Neste caso, para exercer a profissão, é preciso tirar o registro na Delegacia Regional do Trabalho. O Sinsesp estima que haja 40 mil sociólogos no país. Desses, 15 mil estão concentrados em São Paulo.
De acordo com os especialistas, o bacharel tem formação ampla e campo de trabalho bastante diversificado. Uma área que gera empregos, por exemplo, é a de pesquisas de opinião, de mercado e sociais, na qual o profissional planeja o levantamento, elabora questionários, analisa resultados, treina pesquisadores de campo, entre outras funções. A demanda por profissionais, segundo Carvalho, deve aumentar no próximo ano por causa das eleições para prefeitos e vereadores.
“A pesquisa é importante para as cidades contemporâneas porque elas requerem cada vez mais informações para se autogerarem”, explica o professor Tom Dwyer, presidente da Sociedade Brasileira de Sociologia (SBS). Há também o trabalho na pesquisa científica principalmente em universidades e órgãos governamentais.
Outras áreas de atuação são as de políticas públicas, elaborando medidas que podem ser aplicadas pelos governantes, e o setor de planejamento urbano. Segundo especialistas, há ainda muitos sociólogos que atuam em assessorias de políticos e parlamentares.
Um sociólogo pode trabalhar também em sindicatos, fazendo pesquisas sobre o perfil da categoria, por exemplo; em reforma agrária, com assentamentos e áreas de conflito; na área de meio ambiente, com a elaboração de relatórios e estudos de impacto ambiental, avaliando relatórios e pareceres técnicos e conduzindo pesquisas e análises.
Há ainda a área de lazer e entretenimento, onde o sociólogo trabalha na produção de projetos para o governo, instituições da sociedade civil e organizações não-governamentais. O G1 entrevistou um profissional dessa área, o diretor regional do Serviço Social do Comércio de São Paulo (Sesc-SP), Danilo Miranda, leia aqui.
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