Nações firmam pacto no Japão para
dividir riqueza genética da natureza
Encontro sobre biodiversidade em Nagoya terminou nesta sexta-feira (29).
Meta é proteger 17% das áreas terrestres e 10% das marinhas até 2020.
Do G1, com informações de agências
Delegados aplaudem encerramentos da COP 10, na cidade japonesa de Nagoya (Foto: Yuriko Nakao / Reuters)
A agência de noíticas Reuters informou que delegados de quase 200 países reunidos na cidade japonesa de Nagoya chegaram nesta sexta-feira (29) a um consenso sobre a delicada questão do acesso aos recursos genéticos dos países em desenvolvimento - ricos em uma grande diversidade de espécies animais e vegetais, mas que não aproveitam, ou pouco aproveitam, os benefícios econômicos que elas geram.
Com o protocolo sobre Acesso e Partilha de Benefícios (ABS, na sigla em inglês), o dinheiro resultante da venda de produtos baseados em genes do "reservatório de biodiversidade" dos países do Sul - animais, plantas, micro-organismos - seja dividido entre quem pesquisa, desenvolve e comercializa e o país em que o recurso foi identificado e explorado. A meta é, basicamente, conter a biopirataria.
Delegados demonstram exaustão durante reunião plenária na COP 10 de Nagoya nesta sexta-feira (29) (Foto: Kyodo News / AP)
“Protocolo de Nagoya” será o nome de batismo da regulamentação internacional sobre uso de recursos genéticos da biodiversidade aprovada na Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB).
Em negociações há oito anos, o protocolo ABS havia sido fortemente reivindicado por países em desenvolvimento. "É um sonho que todos os países tinham em mente há muito tempo", comemorou o ministro japonês do Meio Ambiente, Ryu Matsumoto, que presidiu os debates.
Outro plano de metas
Outro objetivo da conferência foi definir metas para proteger a biodiversidade até 2020, embora os países já tenham descumprido a meta de 2010.
Outro objetivo da conferência foi definir metas para proteger a biodiversidade até 2020, embora os países já tenham descumprido a meta de 2010.
Hoje só 13% dos ecossistemas terrestres estão protegidos. No caso dos oceanos, áreas de preservação não chegam a 1%. Os Estados signatários da CDB assumiram o compromisso de proteger até 2020 17% das áreas terrestres e 10% das áreas marinhas do planeta.
Negociadores verificam textos antes do início da reunião plenária da COP 10, em Nagoya (Foto: Kyodo News / AP)
Com informações da Reuters e da AFP
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