segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Geógrafo deve ser um observador do espaço à sua volta A graduação conta com as habilitações de licenciatura e bacharelado. Maioria dos estudantes cursa as duas. Luísa Brito Do G1, em São Paulo Tamanho da letra A- A+ Aula prática de geomorfologia do curso de geografia da UFMT (Foto: Divulgação/UFMT) Saber observar o espaço físico, estar atento às questões sociais e gostar de trabalho de campo são características essenciais a um geógrafo, dizem especialistas da área consultados pelo G1. Ter formação multidisciplinar e interesse por entender as mudanças territoriais também são apontados como fatores importantes. A graduação em geografia é o tema do Guia de Carreiras do G1 desta semana. O curso oferece formação em licenciatura e bacharelado. Na maioria das faculdades, o estudante consegue fazer as duas graduações em cerca de cinco anos e meio. saiba mais Área ambiental e de geotecnologias devem empregar mais bacharéis 'Geografia é fundamental para compreender a importância do espaço', diz professora O trabalho é diferente de acordo com a formação de cada profissional. Quem faz opção pela licenciatura pode ensinar a todos os níveis de ensino: fundamental, médio e superior. Já os bacharéis só podem dar aulas em instituições de ensino superior, pois têm uma formação mais voltada para a pesquisa e projetos de campo. Para atuar no setor público, privado e não governamental fazendo projetos e analisando relatórios, o bacharel precisa tirar registro em um Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea). Só com o cadastro ele pode assinar um projeto. A pessoa formada em licenciatura não pode retirar esse documento. Atualmente, 479 geógrafos são registrados no Crea de São Paulo. De acordo com Rodrigo Martins dos Santos, vice-presidente da Associação dos Profissionais Geógrafos no Estado de São Paulo (Aprogel), alguns profissionais conciliam a atividade de bacharel com a licenciatura atuando com educação ambiental, principalmente em ONGs. Profissionais no país Não há dados de quantos geógrafos atuam hoje no Brasil. No entanto, de acordo com a Associação dos Geógrafos Brasileiros (AGB), estima-se que cerca de 70% dos formados na área sejam licenciados. “A maioria dos alunos cursa licenciatura porque o mercado de trabalho é garantido”, diz o professor Edvard Elias de Souza Filho, chefe do departamento de geografia da Universidade Estadual de Maringá (UEM), no Paraná. Para o presidente nacional da AGB, Edvaldo César Moretti e outros profissionais da área, o campo de atuação do bacharel, apesar de não ser tão bom quanto o dos professores, está em expansão e a oferta de empregos tende a aumentar. “O mercado ainda não é o adequado, mas está em expansão principalmente na área ambiental e de geoprocessamento”, cita. O bacharel também atua na área de planejamento territorial (urbano e rural), desenvolvimento sustentável, demarcação de terras indígenas, de áreas de quilombolas e caiçaras, implantação de assentamentos de reforma agrária, avaliação de potencial turístico. Curso O curso de geografia seja bacharelado ou licenciatura em geral tem duração de quatro anos. Após concluir uma das graduações, o estudante pode fazer mais algumas disciplinas e ter diplomação nas duas habilitações, sem precisar fazer vestibular de novo. Segundo coordenadores de curso entrevistados pelo G1, muitos estudantes optam por ter as duas formações. Durante um ano ou um ano e meio os alunos de ambas as graduações têm aulas das mesmas disciplinas como sociologia, estatística, economia, climatologia, cartografia, geomorfologia, entre outras. Nos períodos seguintes, os estudantes de licenciatura assistem a aulas de práticas de ensino, psicologia da educação, didática geral, entre outras, e devem fazer estágio em salas de aula e apresentar relatórios ao professor orientador. Já os alunos de bacharelado cursam disciplinas como sensoriamento remoto, teoria da regionalização, planejamento regional e ambiental. O estágio não é obrigatório na maioria das faculdades. No final do curso, no entanto, o estudante deve elaborar uma monografia. Links Patrocinados Curso de Coaching ICI Único Curso do Brasil Indicado pela Federação Brasileira de Coaching www.coachingintegrado.com.br MBA Ibmec a Distância Curso de MBA Executivo em Gestão Faça Sua Inscrição no Ibmec Online! www.IbmecOnline.com.br Procurando Cursos de TI? Conheça a ESAB, cursos a partir de R$140 mensais. Matrículas abertas! www.ESAB.edu.br/Cursos_TI


Geógrafo deve ser um observador do espaço à sua volta

A graduação conta com as habilitações de licenciatura e bacharelado.
Maioria dos estudantes cursa as duas.
Luísa BritoDo G1, em São Paulo
Tamanho da letra

Foto: Divulgação
Aula prática de geomorfologia do curso de geografia da UFMT (Foto: Divulgação/UFMT)
Saber observar o espaço físico, estar atento às questões sociais e gostar de trabalho de campo são características essenciais a um geógrafo, dizem especialistas da área consultados pelo G1. Ter formação multidisciplinar e interesse por entender as mudanças territoriais também são apontados como fatores importantes.

A graduação em geografia é o tema do Guia de Carreiras do G1 desta semana. O curso oferece formação em licenciatura e bacharelado. Na maioria das faculdades, o estudante consegue fazer as duas graduações em cerca de cinco anos e meio.
O trabalho é diferente de acordo com a formação de cada profissional. Quem faz opção pela licenciatura pode ensinar a todos os níveis de ensino: fundamental, médio e superior. Já os bacharéis só podem dar aulas em instituições de ensino superior, pois têm uma formação mais voltada para a pesquisa e projetos de campo.

Para atuar no setor público, privado e não governamental fazendo projetos e analisando relatórios, o bacharel precisa tirar registro em um Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea). Só com o cadastro ele pode assinar um projeto. A pessoa formada em licenciatura não pode retirar esse documento. Atualmente, 479 geógrafos são registrados no Crea de São Paulo.

De acordo com Rodrigo Martins dos Santos, vice-presidente da Associação dos Profissionais Geógrafos no Estado de São Paulo (Aprogel), alguns profissionais conciliam a atividade de bacharel com a licenciatura atuando com educação ambiental, principalmente em ONGs.



 Profissionais no país
Não há dados de quantos geógrafos atuam hoje no Brasil. No entanto, de acordo com a Associação dos Geógrafos Brasileiros (AGB), estima-se que cerca de 70% dos formados na área sejam licenciados. “A maioria dos alunos cursa licenciatura porque o mercado de trabalho é garantido”, diz o professor Edvard Elias de Souza Filho, chefe do departamento de geografia da Universidade Estadual de Maringá (UEM), no Paraná.

Para o presidente nacional da AGB, Edvaldo César Moretti e outros profissionais da área, o campo de atuação do bacharel, apesar de não ser tão bom quanto o dos professores, está em expansão e a oferta de empregos tende a aumentar. “O mercado ainda não é o adequado, mas está em expansão principalmente na área ambiental e de geoprocessamento”, cita.

O bacharel também atua na área de planejamento territorial (urbano e rural), desenvolvimento sustentável, demarcação de terras indígenas, de áreas de quilombolas e caiçaras, implantação de assentamentos de reforma agrária, avaliação de potencial turístico.
 Curso
O curso de geografia seja bacharelado ou licenciatura em geral tem duração de quatro anos. Após concluir uma das graduações, o estudante pode fazer mais algumas disciplinas e ter diplomação nas duas habilitações, sem precisar fazer vestibular de novo. Segundo coordenadores de curso entrevistados pelo G1, muitos estudantes optam por ter as duas formações.

Durante um ano ou um ano e meio os alunos de ambas as graduações têm aulas das mesmas disciplinas como sociologia, estatística, economia, climatologia, cartografia, geomorfologia, entre outras.

Nos períodos seguintes, os estudantes de licenciatura assistem a aulas de práticas de ensino, psicologia da educação, didática geral, entre outras, e devem fazer estágio em salas de aula e apresentar relatórios ao professor orientador.

Já os alunos de bacharelado cursam disciplinas como sensoriamento remoto, teoria da regionalização, planejamento regional e ambiental. O estágio não é obrigatório na maioria das faculdades. No final do curso, no entanto, o estudante deve elaborar uma monografia.
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