sábado, 14 de junho de 2014

Libras: Sua definição, breve historia e inclusão.

Libras e/ou Língua de Sinais, que quer dizer: Língua Brasileira de Sinais.

Libras e/ou Língua de Sinais, que quer dizer: Língua Brasileira de Sinais.

   É uma língua natural da comunidade surda em que usa sinais e/ou gestos corporais, manuais, e faciais para se comunicarem entre eles e com a sociedade.   Podemos dizer que “as mãos falam”, pois será através delas que haverá a comunicação. Podem ser usadas  por pessoas ouvintes e para determinadas patologias com ajuda de comunicação em determinadas síndromes em que a pessoa não possa ou tenha alguma dificuldade de comunicação (fala).

 

 Não é uma língua de simples sinais e gestos como muitos imaginam. Ao contrário, ela tem estruturas gramaticais próprias e é composta pelos níveis linguísticos: o fonológico, o morfológico, o sintático e o semântico, assim como, em outras línguas, Português, Inglês, Francês e etc. Da mesma forma que as línguas orais-auditivas não são iguais, variando de lugar para lugar, de comunidade para comunidade, a língua de sinais também pode ser diferente, em vários países (Silva, 2007, p. 9-10).

 

  O que diferencia a palavra com os sinais é que a palavra é língua oral-auditiva e a de sinais é visual-espacial.

 

  O INES (Instituto Brasileiro de Educação de Surdos) foi à A primeira escola para surdos e é ate hoje a escola de referência em educação para surdos.

 

Antigamente no século XVI, (1520-1548), os surdos utilizavam a datilologia , que é a representação manual das letras do alfabeto, a escrita e a oralização como metodologia de ensino. Em 1954 esboçou-se as primeiras noções da filosofia oralista. Em 1815 surgiu a comunicação total, um método que combinava sinais, fala leitura labial e treino auditivo, devido ao descontentamento dos surdos perante oralização. Em 1880 a língua de sinais foi proibida, e a comunidade surda ficou revoltada e começaram a usar a língua de sinais escondido entre eles apenas. Já no século XX continuavam estudos sobre a melhor forma de se ensinar o surdo e de ele se comunicar; até então a surdez era considerada doença. Em 1960 começou-se a modificar esta visão da sociedade perante os surdos e em 1965 começou a constituir a Abordagem Total que em 1968 fundamentou-se a Comunicação Total onde o surdo poderia usar tanto a oralização quanto os sinais dependendo da situação; eles tinham livre arbítrio para fazer esta escolha. Nas décadas de 1970-1980 esta visão começa a mudar e o Bilinguismo começa a ser usado. Em 1993, um projeto de lei deu inicio a uma longa batalha de legalização e regulamentação da LIBRAS em âmbito federal. Em 1994 surge à terminologia LIBRAS como abreviação da Língua Brasileira de Sinais. E finalmente a Libras foi reconhecida como língua em 24 de Abril de 2002 sob a lei nº 10.436 pelo presidente Fernando Henrique Cardoso. Mas a Libras não poderá substituir a modalidade escrita da língua portuguesa.

  Nesta lei, assim como outras leis para diferentes tipos de deficiência, garantem bastante coisa, mas sabemos que estas não são muito seguidas.

 

Com isto a inclusão virou apenas um jogo político – maravilhosa no papel, mas longe do que seria realmente uma real inclusão. Isto devido a falta de capacitação de profissionais para o atendimento não só do surdo mas sim de qualquer outra deficiência.

 Fala-se muito em inclusão, interação, mas apenas por que a lei obriga. Como fazer que as escolas aceitem as crianças não estando garantindo a ela uma ação efetiva para que a integração ocorra, visto que, integrar significa oferecer igualdade de oportunidades a todos.

  Hoje em dia há varias discussões acerca da integração/inclusão, mas analisando as duas temáticas (inclusão e integração) veremos que tanto o individuo quanto a sociedade têm que se preparar para se conscientizarem da necessidade especifica de cada um. Preparando tanto o profissional que irá atender o individuo como o individuo para ser atendido.

 

    Sabe-se que o individuo compreende, se insere e se integra na sociedade através da linguagem, seja ela qual for, e através desta se aprimorar dos conteúdos culturais da humanidade. 

   Será através da linguagem oral, gestual ou qualquer outro meio de comunicação que poderemos nos beneficiar não só das nossas experiências, mas também através das experiências dos outros.

   Devemos dar oportunidade de se comunicar a todos, de forma que possibilitem uma existência de qualidade, com pleno exercício da cidadania.

 

 

Sylvia Kamel  Steenhagen.

Pedagoga (UVA), Especialista em Libras (INES) e Psicomotricidade (AVM).

 

Estudante de Sociopsicomotricidade Ramain-

 

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