sexta-feira, 20 de janeiro de 2012


Enem e bolsas de estudo no exterior

Enem Guia


É possível usar o Enem em bolsas de estudos no exterior

Em julho de 2011 a presidente Dilma Rousseff declarou durante a apresentação das diretrizes do programa Ciência Sem Fronteiras que as vantagens dos ‘quem indicam’ para bolsas no estrangeiro vai acabar. Segundo a declaração da presidente, agora para conseguir uma vaga em bolsas de intercâmbio será necessário no mínimo 600 pontos na nota final do Enem. Para ela é de suma importância que seja levado em conta o mérito de cada estudantes e não os conhecimentos ou posses que possam ter.
Além de poderem utilizar a nota do Enem para tentar uma bolsa fora do Brasil os futuros universitários deverão concorrer com alunos que tenham ganhado alguma olimpíada de conhecimento. Com destaque especial para as Olimpíadas de Matemática (a mais cobiçada pelas universidades estrangeiras).
Dilma ainda declarou que existe uma deficiência de profissionais nas áreas exatas e que dará atenção especial àqueles que desejarem se graduar em cursos de ciências exatas, como por exemplo, tecnologia da informação e engenharia.
Para conseguir bolsas de intercâmbio os alunos precisarão cumprir exigências étnicas, regionais e sociais, além de obter a média mínima exigida no Enem e toda a grada extracurricular será avaliada e levada em conta para que a bolsa seja aprovada.
Mas nem todos os presentes durante a declaração da presidente ficaram felizes. O ex-reitor da Universidade da Bahia, Naomar Monteiro, deixou bem claro que ao fazer seleção de candidatos por média alta no Enem deixaria de fora aqueles que não tiveram acesso a uma educação de melhor qualidade, quase sempre oriundos da rede privadas, que conseguem melhores classificações nas universidades brasileiras.
O comentário de Naomar foi rebatido pela presidente dizendo que os números do ProUni mostram claramente que os estudantes de baixa renda obtiveram notas tão boas quanto os que tiveram educação privilegiadas. Completou dizendo que o critério por mérito é crucial para que todos possam lutar de igual pra igual na hora da formação educacional. Ainda explicou que no processo de pré-seleção dessas bolsas no exterior os alunos poderão se beneficiar dos programas SiSu e ProUni.
O programa Ciência Sem Fronteiras distribuirá bolsa para diferentes níveis de estudo, desde o ensino médio até o doutorado. Todo custeio do programa será realizado em parceria entre governo e empresas privadas, que distribuirão num total de 100 mil bolsas, sendo 75 mil delas custeadas pelo governo federal.
O quadro pintado ficou muito bonito até que Moacyr Auerswald, novo secretário-geral da Central Sindical dos Trabalhadores, comentou que também é importante que sejam criados cursos de línguas para os alunos de baixa renda que não tem como custear cursinhos particulares para o aprendizado do mesmo. Ressaltou que a rede pública ensina o básico ou quase nada dessas matérias o que prejudica e muito os menos favorecidos conseguir uma vaga em bolsas no exterior, onde é exigido o conhecimento básico da língua do país.
Independente dos projetos em andamento darem certo ou não a boa notícias é que agora será possível realizar o sonho de fazer um intercâmbio usando as notas obtidas no Enem como auxiliar do processo e ainda contar com a ajuda de programas de governo para custear esses estudos. Basta esperarmos para ver se dará certo como planejado pela presidente.

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