Haverá novas provas se for necessário,
diz Lula sobre Enem
Declaração foi dada em Moçambique antes de embarque para Coreia do Sul.
Exame teve problemas no fim de semana e está suspenso pela Justiça.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a defender nesta quarta-feira (10) a existência e a importância do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e disse que, se for necessário, haverá novas provas para garantir a avaliação. “Se for necessário fazer uma prova, faremos; se forem necessárias duas, faremos. Mas o Enem vai continuar a ser fortalecido. É isso", afirmou.
A declaração do presidente foi dada em Moçambique, na África, antes do embarque para a Coreia do Sul, onde participará da reunião do G-20 (grupo dos 20 países mais ricos e influentes do mundo).
O exame foi aplicado no último fim de semana a 3,3 milhões de estudantes. No sábado (6), estudantes reclamaram de erros na impressão da folha de respostas e da prova amarela.
O presidente disse que a Polícia Federal vai investigar para saber o que ocorreu efetivamente. "Se tem problema no Enem vai ser consertado. Damos duas garantias para os estudantes: que vamos investigar o que aconteceu e que nenhum jovem vai deixar de entrar na universidade por causa de problema com o Enem", afirmou.
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Na seguda-feira (8), Lula elogiou o exame. "O sucesso do Enem foi total e absoluto", afirmou. Sobre eventuais falhas na aplicação do Exame, ele disse que não houve "nada que tenha causado nenhum problema no resultado e na prova".
Na segunda-feira, Lula afirmou ainda: "Eu acho que não afeta [a imagem da prova]. Tem muita gente que quer que afete, porque até hoje tem gente que não se conforma com o Enem, mas, de qualquer forma, ele [o Enem] provou que é extraordinariamente bem-sucedido", afirmou.
Falhas
A prova de sábado foi marcada por erros de impressão no cabeçalho da folha de respostas e em parte do caderno de perguntas da cor amarela. O problema levou a juíza da 7ª Vara Federal no Ceará, Karla de Almeida Miranda Maia, a suspender o exame, em caráter liminar, até o julgamento do pedido de anulação do Enem protocolado pelo Ministério Público Federal do Estado (MPF-CE).
A prova de sábado foi marcada por erros de impressão no cabeçalho da folha de respostas e em parte do caderno de perguntas da cor amarela. O problema levou a juíza da 7ª Vara Federal no Ceará, Karla de Almeida Miranda Maia, a suspender o exame, em caráter liminar, até o julgamento do pedido de anulação do Enem protocolado pelo Ministério Público Federal do Estado (MPF-CE).
Nesta terça-feira, a magistrada também impediu a divulgação dos gabaritos das provas. O Ministério da Educação informou que abriria uma página na internet, nesta quarta-feira, para receber reclamações de estudantes prejudicados com o problema da folha de respostas. A abertura desta página também foi proibida pela Justiça.
Em relação à prova amarela, a estimativa é que cerca de 2 mil estudantes fizeram a prova que apresentava questões repetidas, sequência numérica errada e até algumas questões de um outro modelo aplicado, a prova branca. O ministério havia informado que avaliava a possibilidade de realizar um novo exame para esse grupo de alunos.
A juíza Karla de Almeida Miranda Maia, entretanto, entendeu que a nova prova pode beneficiar alguns estudantes. "A disponibilização de requerimento àqueles estudantes prejudicados pela prova correspondente ao caderno amarelo, e a intenção de realizar provas apenas para os que reclamarem administrativamente não resolve o problema. Novas provas poriam em desigualdade todos os candidatos remanescentes. Do mesmo modo, novas provas não solucionaram o problema da segurança na aplicação do exame", diz trecho da liminar.
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