UERJ
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
CENTRO DE EDUCAÇÃO
E HUMANIDADES
FACULDADE DE
FORMAÇÃO DE PROFESSORES
Discentes:
Daniel Simões, Emily Gomes , Gabriel Anchieta, Hugo Nóboa,
José Vitor Maciel,
Joyce Melo
Trabalho
apresentado à disciplina: Química
Professora:
Daniele Nunes Peixoto de Peixoto
ASTROQUÍMICA
– A QUÍMICA NO ESPAÇO
Introdução
A aplicação de estudos químicos
para pesquisas sobre o espaço sideral possui grande abrangência.
Como exemplo temos a Missão Centenário, que consiste em 8
experimentos com o propósito de analisar como ocorrem as reações
químicas no espaço em ambiente de micro gravidade, missões da NASA
que enviaram sondas para analisar a presença de polímeros presentes
em Titan, um satélite natural de Saturno, a análise de
“buckyballs”,
as maiores moléculas já vistas compostas por vários átomos de
carbono e estudos astroquímicos sobre composição dos astros.
“Astroquímica é uma campo da
ciência multidisciplinar que trata basicamente da evolução química
do universo. Nessa área são estudados átomos isoladamente,
espécies moleculares simples como H2, CO e H2O, e moléculas
pré-bióticas como aminoácidos. A área de astroquímica pode ser
subdivida nas sub-áreas: astroquímica observacional, astroquímica
teórica e astroquímica experimental.” (Fonte: UNIVAP)
“Astroquímica Observacional:
trata-se da área responsável pela análise das moléculas em
comprimentos de ondas de rádio e infravermelho; astroquímica
Teórica: estudos teóricos de alguns temas de ordem química ou
físico-química com base nas análises da Astroquímica
Observacional; astroquímica experimental: verificação, por meio de
experiências laboratoriais, de questões sobre a ocorrência, a
constituição e a sobrevida de moléculas em determinados meios.”
(Cardoso)
“Através das pesquisas no
campo da Astroquímica foram descobertas, por exemplo, algumas
semelhanças importantes entre a Terra e outros planetas. Sabe-se
hoje que, tal como a Terra, os planetas Mercúrio, Vênus e Marte
também possuem superfícies rochosas e se originaram de elementos
químicos pesados, como o magnésio, o ferro e o alumínio. É
sabido, ainda, que a atmosfera, camada gasosa que envolve os
planetas, tem uma composição diferente em cada planeta.” (Assis,
2013)
Desenvolvimento
No Brasil, os grupos de pesquisa
em astroquímica estão presentes na UFRJ, PUC-Rio, IAG-USP, UNIVAP e
UFBA. São realizados os seguintes experimentos:
“Experimentos na fase gasosa
(meio interestelar e atmosferas de planetas e satélites). Nas
investigações que envolvem moléculas na fase gasosa estuda-se:
a) as reações químicas entre
espécies neutras, iônicas, radicais e/ou elétrons de baixa
energia;
b) a interação de fótons,
elétrons e íons com diversas espécies moleculares, para determinar
as seções de choque de absorção, ionização e dissociação, as
taxas de ionização e destruição, e tempos de meia vida de cada
molécula em diversos ambientes. O Laboratório Nacional de Luz
Síncrotron (LNLS) em Campinas, SP, é um dos laboratórios
utilizados para estes experimentos.
Experimentos na fase condensada
(grãos de poeira interestelar, cometas, aerossóis, etc.): Vários processos estão
envolvidos no estudo da interação de agentes ionizantes (elétrons,
fótons e íons) com moléculas congeladas na superfície de grãos:
adsorção (gás- grãos); dessorção térmica, dessorção
induzida por íons (radiólise), dessorção induzida por UV e raios X (fotólise). Como decorrência
temos a taxa de formação de novas moléculas, a produção aglomerados iônicos, a
determinação de taxas de reação, seções de choque e tempos de
meia vida e taxas de adsorção,
dessorção e etc.
Dessorção: através de
experimentos procura-se compreender melhor os efeitos de
superfície promovidos pela
radiação ionizante nos gelos astrofísicos, bem como estudar a
formação de agregados de
moléculas que são arrancados da superfície devido ao impacto com íons pesados rápidos.
Fotólise de gelos astrofísicos
simulados: simula-se os efeitos da radiação estelar utilizando a
radiação síncrotron do LNLS na faixa do UV ou raios X moles
interagindo com aminoácidos e bases nitrogenadas em fase sólida. Os
resultados sugerem que essas moléculas, supostamente sintetizadas no
interior de nuvens densas do meio interestelar, não seriam dissociadas durante a fase de
formação de um dado sistema planetário, podendo assim ter um papel importante na química
pré-biótica relacionada com a origem da vida.
Radiólise de gelos astrofísicos
simulados: o objetivo é investigar os efeitos da interação de íons
pesados com gelos astrofísicos simulados na tentativa de reproduzir
os efeitos dos raios cósmicos ou partículas
enérgicas do vento solar. Os experimentos serão realizados dentro
de uma câmara de ultra-alto vácuo
acoplado a uma linha de luz européia a ser definida.”
(Janot-Pacheco et al.)
Conclusão
A acumulação de conhecimento
sobre astroquímica e a composição química da matéria orgânica
tornou possível a formulação de novas hipóteses sobre a origem da
vida. A Astroquímica é uma área relativamente nova, que está
entre a Astronomia, a Física e a Química. Entre os principais
objetivos da pesquisa em astronomia está explicar a existência de
moléculas complexas em diferentes ambientes espaciais, tais estudos
tem grande importância para compreensão dos eventos e reações
químicas que ocorrem em ambiente espacial e em atmosferas de
diferentes planetas, assim como os estudos da composição química
dos astros permite a elaboração de teorias sobre seus processos de
formação.
A associação dos estudos
astroquímicos com a astrobiologia permite desenvolver teses sobre o
desenvolvimento de vida em outros planetas com características
semelhantes e diferentes do planeta Terra. No Brasil, além de
experimentos realizados em laboratórios, já foram realizados
experimentos no espaço em ambientes de micro gravidade. O
tenente-coronel Marcos Cesar Pontes foi o primeiro astronauta
brasileiro e foi quem conduziu os oito experimentos químicos,
realizados por brasileiros, no espaço durante a Missão Centenário.
Referências
ASSIS, Guilherme. Astroquímica.
Ciência e Vida. 07 mar. 2013. Disponível em:
<http://cienciaevida00.blogspot.com.br/2013/03/astroquimica.html>.
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Ludimilla. Conheça os 10 exoplanetas mais bizarros do Universo. 15
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http://www.recreio.com.br/fique-ligado/conheca-os-10-exoplanetas-mais-bizarros-do-universo?utm_source=redesabril_jovem&utm_medium=facebook&utm_
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Acesso em: 08 dez. 2013.
CARDOSO, Mayara Lopes.
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http://www.infoescola.com/ciencias/astroquimica/>.
Acesso em: 03 jan. 2014.
E. Janot-Pacheco; H.
Boechat-Roberty; C. Lage; E. Picazzio; J. Renan
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http://www.sab-astro.org.br/Resources/Documents/rel-astrobiologia-astroquimica-exoplanetas.pdf>.
Acesso em: 03 jan. 2014.
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Maior molécula existente no universo é detectada por telescópio,
diz Nasa. 22 jul. 2010. Disponível
em:
<http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2010/07/maior-molecula-existente-no-universo-e-detectada-por-telescopio-diz-nasa.html>.
Acesso em: 08 dez. 2013.
INFORMATIVO CRQ – IV. Química
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<http://www1.univap.br/spilling/AQ/AQ.htm>. Acesso em: 03 jan.
2014.
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