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sábado, 8 de janeiro de 2011
Para "The Economist", Ciência no Brasil vai bem, mas português é entrave PUBLICIDADE
SABINE RIGHETTI
DE SÃO PAULO
O Brasil não é apenas sol, praia e samba, e as condições para os cientistas estrangeiros pesquisarem no país, sobretudo em São Paulo, são boas. Essa é a análise da revista "The Economist" sobre a ciência brasileira, publicada na quinta-feira.
Brasil é destino cada vez mais atraente para jovens cientistas, diz "The Economist"
A revista afirma que há muitos cientistas brasileiros fazendo pesquisa e estudando fora do Brasil. Mas, agora, o motivo é a internacionalização da ciência brasileira e não a falta de programas de pós-graduação por aqui.
É essa mesma internacionalização que também tem atraído cientistas estrangeiros ao Brasil. De acordo com a "The Economist", especialmente em São Paulo, "o estado rico do país", as condições para pesquisadores de fora são atrativas.
São Paulo reúne as melhores universidades do país --que estão entre as 300 melhores do mundo-- e o investimento em ciência é garantido pela quantidade de recursos equivalente à taxa de 1% do PIB estadual. Isso resultou em cerca de R$ 760 milhões no orçamento da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) em 2010.
Apesar de ter dinheiro para pesquisa e instituições de qualidade, a "The Economist" ressalta que o português continua sendo uma limitação à internacionalização da ciência brasileira.
No Brasil, as aulas de graduação e de pós-graduação são em língua portuguesa e postos como de pesquisador e professor só podem ser assumidos mediante concurso público -- também feitos em português. "O chefe de departamento não pode simplesmente escolher um candidato e começar uma negociação", afirma a revista.
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