Vacina brasileira contra câncer de próstata tem resultados positivos - 23/10/2013
Uma vacina desenvolvida no Brasil e que obteve resultados bem-sucedidos em testes
com humanos promete ser um tratamento mais eficaz e barato que o lançado nos
Estados Unidos em 2010 e até agora considerado referência para tratar o
câncer de próstata.
com humanos promete ser um tratamento mais eficaz e barato que o lançado nos
Estados Unidos em 2010 e até agora considerado referência para tratar o
câncer de próstata.
"Obtivemos taxas espetaculares de redução da doença e de diminuição da
mortalidade por câncer de próstata", disse à Agência Efe o pesquisador
Fernando Kreutz, responsável pela inovação e proprietário do FK Biotec,
o laboratório com sede em Porto Alegre que patenteou a vacina.
mortalidade por câncer de próstata", disse à Agência Efe o pesquisador
Fernando Kreutz, responsável pela inovação e proprietário do FK Biotec,
o laboratório com sede em Porto Alegre que patenteou a vacina.
A previsão deste laboratório é poder lançar
ao mercado, em no máximo três anos, o
produto, que estimula o sistema
imunológico a identificar e destruir
as células cancerígenas.
ao mercado, em no máximo três anos, o
produto, que estimula o sistema
imunológico a identificar e destruir
as células cancerígenas.
Apesar dos testes clínicos demonstrarem a
eficácia da vacina no tratamento do câncer
de próstata, os responsáveis da inovação
consideram que também poderá ter
resultados bem-sucedidos com outros tipos da doença.
eficácia da vacina no tratamento do câncer
de próstata, os responsáveis da inovação
consideram que também poderá ter
resultados bem-sucedidos com outros tipos da doença.
"Já fizemos pequenos estudos com a vacina para tratar câncer de mama, de pâncreas,
de intestino e melanoma. O pequeno número de pacientes ainda não nos
permite ter conclusões clínicas, mas nos impressionou uma resposta clínica parcial
em um paciente com câncer de pâncreas, que é um dos mais agressivos e mortais,
com um índice de sobrevivência de apenas três meses", explicou Kreutz.
de intestino e melanoma. O pequeno número de pacientes ainda não nos
permite ter conclusões clínicas, mas nos impressionou uma resposta clínica parcial
em um paciente com câncer de pâncreas, que é um dos mais agressivos e mortais,
com um índice de sobrevivência de apenas três meses", explicou Kreutz.
O fármaco é desenvolvido a partir das células tumorais do próprio paciente e tem o
objetivo de tratar pessoas que já foram diagnosticadas com câncer para evitar a
reaparição da doença ou sua morte.
objetivo de tratar pessoas que já foram diagnosticadas com câncer para evitar a
reaparição da doença ou sua morte.
"Trata-se de uma tecnologia que prevê o tratamento particular, já que cada vacina
é elaborada a partir de células do paciente. Trata-se, além disso, de uma vacina
terapêutica e não preventiva. Seu objetivo é tratar as pessoas com o tumor e
não prevenir o surgimento da doença", acrescentou o pesquisador.
é elaborada a partir de células do paciente. Trata-se, além disso, de uma vacina
terapêutica e não preventiva. Seu objetivo é tratar as pessoas com o tumor e
não prevenir o surgimento da doença", acrescentou o pesquisador.
Os primeiros testes foram realizados em 107 pacientes com câncer de próstata
em estado avançado, ou seja, já submetidos à cirurgia ou que já tinham retirado
a próstata, que passaram por revisões periódicas durante cinco anos depois da
vacinação.
em estado avançado, ou seja, já submetidos à cirurgia ou que já tinham retirado
a próstata, que passaram por revisões periódicas durante cinco anos depois da
vacinação.
Enquanto em 85% dos pacientes vacinados foi impossível detectar o PSA cinco
anos depois, esse porcentagem foi de apenas 48% entre os pacientes não
vacinados. O PSA é a proteína utilizada como marcador nos exames para
diagnosticar câncer de próstata.
anos depois, esse porcentagem foi de apenas 48% entre os pacientes não
vacinados. O PSA é a proteína utilizada como marcador nos exames para
diagnosticar câncer de próstata.
Entre os pacientes vacinados a taxa de mortalidade se reduziu a 9%, muito abaixo
dos 19% registrados entre os não vacinados.
dos 19% registrados entre os não vacinados.
"Neste tipo de câncer a taxa de mortalidade média é de um em cada cinco pacientes,
mas com a vacina conseguimos reduzir as possibilidades de morte para um
em cada 11 pacientes", comemorou o proprietário do KF Biotec.
mas com a vacina conseguimos reduzir as possibilidades de morte para um
em cada 11 pacientes", comemorou o proprietário do KF Biotec.
Os testes clínicos, que agora entrarão em sua terceira fase com outros 416 pacientes,
também demonstraram que o produto é seguro.
também demonstraram que o produto é seguro.
De acordo com Kreutz, a vacina brasileira poderá ser uma alternativa a uma mais cara
e menos eficaz lançada há três anos pelo laboratório americano Dendreon, cujo
valor de mercado chegou a US$ 6 bilhões graças à inovação.
e menos eficaz lançada há três anos pelo laboratório americano Dendreon, cujo
valor de mercado chegou a US$ 6 bilhões graças à inovação.
Enquanto o tratamento americano é oferecido por US$ 91 mil por paciente, o brasileiro
pode ser colocado no mercado por US$ 35 mil dólares no exterior e US$ 15 mil
no Brasil, segundo seu criador.
pode ser colocado no mercado por US$ 35 mil dólares no exterior e US$ 15 mil
no Brasil, segundo seu criador.
A outra vantagem é que enquanto o tratamento americano tem como alvo um único
antígeno, o brasileiro foi desenvolvido para trabalhar com múltiplos antígenos, o
que aumenta sua eficácia para destruir elementos estranhos e reduz as
possibilidades de resistência.
antígeno, o brasileiro foi desenvolvido para trabalhar com múltiplos antígenos, o
que aumenta sua eficácia para destruir elementos estranhos e reduz as
possibilidades de resistência.
O FK Biotec, que conta com financiamento de um fundo de incentivo à inovação do
Ministério de Ciência e Tecnologia, foi criado em 1999 e se especializou na
pesquisa e no desenvolvimento de vacinas terapêuticas e testes de diagnóstico.
Ministério de Ciência e Tecnologia, foi criado em 1999 e se especializou na
pesquisa e no desenvolvimento de vacinas terapêuticas e testes de diagnóstico.
"A importância deste projeto é que, além de oferecer um novo tratamento oncológico
no mundo com base na imunoterapia, estamos introduzindo uma tecnologia inédita
no Brasil", concluiu Kreutz.
no mundo com base na imunoterapia, estamos introduzindo uma tecnologia inédita
no Brasil", concluiu Kreutz.
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