terça-feira, 14 de junho de 2011

UMA CRÍTICA A DICOTOMIA DA ANTROPOLOGIA EDUCATIVA
Almeida,J.R; Felix,A; Cardozo.J.


No conceito de escola reclamada há os que vêem, na educação escolar, um privilegiado mecanismo emancipatório que contribui para autonomia dos indivíduos e dos grupos, o que é sem dúvida  uma visão que concatena com a visão epistêmica de moralidade de Kant. No entanto, esta visão de gestão pública, ao desenhar os projetos educativos para os cidadãos, estabelece uma dicotomia com leis míopes, pois atribui “direito e deveres“ aos indivíduos, de todo o território nacional, porém, gerando um constante dilema, já que sempre que oferece o molde de educação do “Nós para Eles”, há uma resistência dos diferentes grupos étnicos (ciganos, índios, negros...), alegando ser diferente de suas culturas e, em nome da pluralidade cultural, o livre arbítrio e que segundo Kant diverge da moralidade, conferido pelas leis que visa à inclusão, que gera a exclusão, criando dentro do próprio “Território Nacional”, um conceito de educação escolar posto por diferentes atores sociais formando várias ilhas culturais e ideológicas, um “bazar do Kuwait”, paradoxal à instância hegemônica de educação escolar, que visa a formação dos indivíduos.
Em uma análise de um mundo globalizado, a pluralidade das ações onde alguns indivíduos são incluídos, outros se incluem, uns são excluídos, outros se excluem, em um mundo multicultural  e de vários paradoxos educativos onde os conceitos navegam no que é ético, no que é lei, no que é de livre arbítrio devido às diversas culturas, a ESCOLA RECLAMADA também navega no plano da utopia e da heteronímia da vontade, buscando uma reflexão entre os atores que promovem reflexão nas ações políticas  desta ambigüidade antropológica educativa.


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