sexta-feira, 19 de novembro de 2010

18/11/2010 - 14h18 Espanhóis consideram parceria entre bactérias e nanorrobôs para destruir tumor

18/11/2010 - 14h18

Espanhóis consideram parceria entre bactérias e nanorrobôs para destruir tumor

PUBLICIDADE
PAUL MARKS
DA "NEW SCIENTIST"
Injetar bactérias na corrente sanguínea soa como um perigo à saúde, mas elas podem atuar como mensageiras e ajudar nanorrobôs no combate contra o câncer.
Essa é a proposta de dois pesquisadores espanhóis da Universidade Politécnica da Catalônia, na Espanha. A dupla Maria Gregori e Ignacio Llatser veem o futuro com nanorrobôs administrando substâncias contra células cancerígenas.
Como um único nanorrobô não será capaz de derrotar o tumor, ele precisaria de meios para "avisar" outros companheiros para começar o ataque --no caso, liberando as drogas.
Reuters
Versão não patogênica da Escherichia coli (foto) seria usada no tratamento de combate ao câncer, sugere dupla
Versão não patogênica da Escherichia coli (foto) seria usada no tratamento de combate ao câncer, sugere dupla
Sinais de rádio não viajam através de líquidos, e substâncias químicas usadas na comunicação, como feromônios ou íons de cálcio, também não funcionariam bem.
Com base nessas dificuldades, os dois pesquisadores consideraram usar bactérias artificiais --uma versão não patogênica da bactéria Escherichia coli--para processar a comunicação.
A ideia é codificar uma mensagem na sequência de DNA e inseri-la no citoplasma de cada bactéria, que seria acondicionada em um nanorrobô.
Ao localizar um tumor, esse nanorrobô liberaria a bactéria que, por sua vez, nadaria entre outros nanorrobôs atraída por estoques de nutrientes e "avisaria" a todos o local para liberar as drogas.
O plano, entretanto, foi testado em uma simulação computadorizada, mas há ressalvas.
"Os resultados parecem ok, mas tudo é possível em uma simulação. Somente evidências experimentais podem me convencer que a técnica é boa", comentou o pesquisador Andrew Adamatzky, que também recorre à biologia para construir sistemas de comunicação.

Nenhum comentário :

Postar um comentário