Escolas utilizam recursos audiovisuais para incrementar as aulas
Filmes, músicas e performances teatrais tëm o objetivo de tornar as matérias mais interessantes
POR ANGÉLICA PAULO
Rio - Avesso à leitura dos livros propostos em sala de aula, o estudante Matheus de Oliveira, de 16 anos, aluno do segundo ano do Ensino Médio, praticamente devorou "A morte e a morte de Quincas Berro D'água", do escritor baiano Jorge Amado. Essa mudança no entanto, só ocorreu quando, na aula de Literatura, a professora resolveu levar os alunos ao cinema para a assistir ao longa "Quincas Berro D'água", adaptação cinematográfica da obra que era estudada em sala de aula.
Filmes e músicas tornam matérias mais interessantes para os alunos | Foto: Divulgação
"Foi completamente diferente de ler o livro. O filme é engraçado e a gente nem sente o tempo passar. Depois de ver o filme, foi muito mais legal ler o livro", sentencia Matheus.
A utilização de recursos audiovisuais e até mesmo tetrais para incrementar as aulas dos Ensinos Fundamental e Médio, além de cursos pré-vestibulares, é uma ferramenta a mais no processo de aprendizagem. E que costuma dar bons resultados. Aluna do quarto ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal Abeilard Feijó, na Ilha do Governador, Julia Rangel, de 10 anos, achou muito mais interessantes as aulas de Ciências, que abordavam o tema Meio Ambiente, depois que assistiu, junto aos colegas, ao filme 2012.
"Aprendi que precisamos cuidar bem do planeta, não desperdiçar água, senão o que aconteceu no filme pode acontecer de verdade", disse.
Psicopedagoga e coordenadora Pedagógica do Centro Educacional Lagoa (CEL), Isabella Figueiredo da Cunha afirma que é preciso utilizar recursos diferentes para tornar a aula mais eficiente e, ao mesmo tempo, divertida.
"Os alunos vivem num mundo em que a imagem tem um poder de atração muito grande. Unir consistência de conteúdo e estratégias que instigam a curiosidade e a atenção dos alunos, para que a aula não se torne meramente um show, além de pouco significativa quanto à aprendizagem, é um desafio. As aulas que utilizam recursos da mídia trazem uma realidade viva para dentro do espaço da sala de aula, favorecendo a compreensão e a consolidação da aprendizagem", explica.
Para motivar ainda mais os alunos em ano de vestibular, o próprio CEL criou o o projeto Encontros, onde dois professores de História e Geografia aparecem utilizando figurinos de personagens da época a ser abordada durante as aulas especiais, que podem ser ainda acompanhadas por canções ao violão, com composições relacionadas ao tema. Tudo isso para fazer com que um universo que pode parecer distante para o aluno, se aproxime mais de seu dia-a-dia.
Na Escola Estadual Mario de Andrade, em Santa Cruz, Zona Oeste do Rio, os alunos, além de utilizarem estas ferramentas em sala de aula, também podem aproveitar em casa. É que a biblioteca da escola possui um sistema de empréstimo de DVDs para os alunos, que além de terem acesso às grandes obras da literatura, também podem assistir a clássicos do cinema, como "Fale com ela", do cineasta espanhol Pedro Almodóvar e "Gladiador", do americano Ridley Scott.
No Sistema Elite de Ensino, colégio que possui unidades em vários bairros da Zona Norte do Rio, além da Baixada Fluminense, a mistura de cinema e aula deu tão certo que se transformou em um projeto paralelo, onde os alunos realizam seus próprios curtas-metragens, com duração de 1 minuto, baseados nas matérias do currículo escolar. Coordenador do projeto, o professor Carlos Morais conta que, anualmente, chegam a ser produzidos mais de 100 curtas, que levam cerca de um mês para ficarem prontos.
"Os temas são propostos para se trabalhar em sala e possuem vinculação direta com as matérias de Filosofia, Geografia, Sociologia, onde são os próprios professores que os elaboram. Além disso, o trabalho também vale nota para as disciplinas", explica.
Segundo Morais, o cinema tem o poder de criar um olhar crítico, além de ser formador de opiniões. Com isso, o aluno é colocado como cinesta e, como tal, deve ter a ideia da responsabilidade da sua posição perante o espectador. O professor também explica que, para se produzir um filme de um minuto com fundamento, emitindo efetivamente uma mensagem, o estudante deve ter conhecimento do assunto abordado e, para isso, é necessário que se aprofunde no tema, adquirindo maior conhecimento sobre a matéria.
Para a pedagoga Marcia Soares, essa dinâmica filme + livro ou filme + aula rendem um novo universo ao aluno, estimulando outros tipos de percepções. De acordo com a pedagoga, o fato de um aluno não precisar imaginar o cenário onde se passa a ação ou o rosto dos personagens, em um filme, não tira dele a capacidade de se encantar por um livro. Pelo contrário.
"Assistir a uma obra adaptada da literatura para as telas pode fazer com que o aluno queira seguir o caminho inverso, ou seja, ler o livro antes dele parar no cinema, até para comparar se o que ele leu é parecido com aquilo que ele vai ver. E descobrir estas semelhanças e até mesmo diferenças pode ser um ótimo exercício", analisa.
Além de tornar as aulas mais divertidas e lúdicas, este tipo de metodologia pode até mesmo gerar novos profissionais para a área do audiovisual, como explica Morais: "Temos ex-alunos que hoje estão caminhando para se tornar grandes profissionais, e alguns estagiando conosco", finaliza.
A utilização de recursos audiovisuais e até mesmo tetrais para incrementar as aulas dos Ensinos Fundamental e Médio, além de cursos pré-vestibulares, é uma ferramenta a mais no processo de aprendizagem. E que costuma dar bons resultados. Aluna do quarto ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal Abeilard Feijó, na Ilha do Governador, Julia Rangel, de 10 anos, achou muito mais interessantes as aulas de Ciências, que abordavam o tema Meio Ambiente, depois que assistiu, junto aos colegas, ao filme 2012.
"Aprendi que precisamos cuidar bem do planeta, não desperdiçar água, senão o que aconteceu no filme pode acontecer de verdade", disse.
Psicopedagoga e coordenadora Pedagógica do Centro Educacional Lagoa (CEL), Isabella Figueiredo da Cunha afirma que é preciso utilizar recursos diferentes para tornar a aula mais eficiente e, ao mesmo tempo, divertida.
"Os alunos vivem num mundo em que a imagem tem um poder de atração muito grande. Unir consistência de conteúdo e estratégias que instigam a curiosidade e a atenção dos alunos, para que a aula não se torne meramente um show, além de pouco significativa quanto à aprendizagem, é um desafio. As aulas que utilizam recursos da mídia trazem uma realidade viva para dentro do espaço da sala de aula, favorecendo a compreensão e a consolidação da aprendizagem", explica.
Para motivar ainda mais os alunos em ano de vestibular, o próprio CEL criou o o projeto Encontros, onde dois professores de História e Geografia aparecem utilizando figurinos de personagens da época a ser abordada durante as aulas especiais, que podem ser ainda acompanhadas por canções ao violão, com composições relacionadas ao tema. Tudo isso para fazer com que um universo que pode parecer distante para o aluno, se aproxime mais de seu dia-a-dia.
Na Escola Estadual Mario de Andrade, em Santa Cruz, Zona Oeste do Rio, os alunos, além de utilizarem estas ferramentas em sala de aula, também podem aproveitar em casa. É que a biblioteca da escola possui um sistema de empréstimo de DVDs para os alunos, que além de terem acesso às grandes obras da literatura, também podem assistir a clássicos do cinema, como "Fale com ela", do cineasta espanhol Pedro Almodóvar e "Gladiador", do americano Ridley Scott.
No Sistema Elite de Ensino, colégio que possui unidades em vários bairros da Zona Norte do Rio, além da Baixada Fluminense, a mistura de cinema e aula deu tão certo que se transformou em um projeto paralelo, onde os alunos realizam seus próprios curtas-metragens, com duração de 1 minuto, baseados nas matérias do currículo escolar. Coordenador do projeto, o professor Carlos Morais conta que, anualmente, chegam a ser produzidos mais de 100 curtas, que levam cerca de um mês para ficarem prontos.
"Os temas são propostos para se trabalhar em sala e possuem vinculação direta com as matérias de Filosofia, Geografia, Sociologia, onde são os próprios professores que os elaboram. Além disso, o trabalho também vale nota para as disciplinas", explica.
Segundo Morais, o cinema tem o poder de criar um olhar crítico, além de ser formador de opiniões. Com isso, o aluno é colocado como cinesta e, como tal, deve ter a ideia da responsabilidade da sua posição perante o espectador. O professor também explica que, para se produzir um filme de um minuto com fundamento, emitindo efetivamente uma mensagem, o estudante deve ter conhecimento do assunto abordado e, para isso, é necessário que se aprofunde no tema, adquirindo maior conhecimento sobre a matéria.
Para a pedagoga Marcia Soares, essa dinâmica filme + livro ou filme + aula rendem um novo universo ao aluno, estimulando outros tipos de percepções. De acordo com a pedagoga, o fato de um aluno não precisar imaginar o cenário onde se passa a ação ou o rosto dos personagens, em um filme, não tira dele a capacidade de se encantar por um livro. Pelo contrário.
"Assistir a uma obra adaptada da literatura para as telas pode fazer com que o aluno queira seguir o caminho inverso, ou seja, ler o livro antes dele parar no cinema, até para comparar se o que ele leu é parecido com aquilo que ele vai ver. E descobrir estas semelhanças e até mesmo diferenças pode ser um ótimo exercício", analisa.
Além de tornar as aulas mais divertidas e lúdicas, este tipo de metodologia pode até mesmo gerar novos profissionais para a área do audiovisual, como explica Morais: "Temos ex-alunos que hoje estão caminhando para se tornar grandes profissionais, e alguns estagiando conosco", finaliza.
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