Setenta e sete por cento das pessoas com deficiência acreditam que
não têm seus direitos respeitados no país
Essa é uma das conclusões da pesquisa “Condições de vida das pessoas com
deficiência no Brasil”, feita pelo DataSenado com base num cadastro cedido pelo
IBDD com 10.273 pessoas com deficiência em todas as regiões do Brasil. A
pesquisa ouviu 1.165 pessoas com deficiência entre os dias 28 de outubro e 17 de
novembro, sendo 759 deficientes físicos, 170 visuais e 236 auditivos.
De acordo com o resultado da pesquisa, falta atuação
mais firme do Estado na prevenção e tratamento oferecidos às pessoas com
deficiência. Sessenta e quatro por cento dos entrevistados disseram que a
prevenção de doenças que causam deficiência tem sido pouco eficiente. Os
deficientes visuais são os que mais se ressentem (76%), seguido pelos
deficientes físicos (62%) e pelos auditivos (60%).
A pesquisa mostrou que, para 43% dos entrevistados, a discriminação no
ambiente de trabalho ainda é uma realidade. Esse índice sobe para 63% entre os
deficientes auditivos, enquanto os deficientes visuais chega a 44%, contra 36%
dos deficientes físicos. Para 52% dos pesquisados, a legislação trouxe avanços
na inserção das pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Mas as
dificuldades ainda são sentidas entre os deficientes auditivos (33%), seguidos
pelos visuais (20%) e físicos (17%).
Trinta e oito por cento do total dos entrevistados considera o emprego a área
que precisa de mais atenção para que a condição de vida das pessoas com
deficiência melhore. Em seguida vem saúde (22%), educação (19%), transporte
(13%), habitação (5%) e lazer (3%).
A pesquisa foi apresentada e debatida no último dia 8 no Senado Federal, em
Brasília, durante o Fórum Senado Debate Brasil pela diretora da Secretaria de
Pesquisa e Opinião do Senado Federal, Ana Lúcia Novelli, e pela superintendente
do IBDD, Teresa Costa d’Amaral. Você pode ver a íntegra da pesquisa, que inclui
ainda opiniões sobre educação, informação, acessibilidade e lazer, nesses dois
arquivos:
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