quarta-feira, 23 de novembro de 2011


22/11/2011 08h00 - Atualizado em 22/11/2011 08h00

Guia de carreiras:


Para atuar é necessário talento, vigor e emoção, diz professor.
Dona de agência afirma que base teórica é fundamental para profissão.

Vanessa FajardoDo G1, em São Paulo

Além de criatividade e talento, a arte de organizar eventos exige técnica. A melhor forma de adquiri-la, assim como nas carreiras clássicas, é ingressar em um curso de ensino superior. No Brasil, há opções de tecnólogos que têm, em média, dois anos de duração e currículo focado no mercado de trabalho.
Veja vídeo ao lado sobre a carreira de organizador de eventos
O professor e coordenador do curso de tecnólogo em eventos da Universidade Anhembi Morumbi, em São Paulo, Francisco Gentil Vieira, diz que no passado, autodidatas poderiam exercer a profissão. "Hoje não mais, porque há necessidade de fundamentação científica. Os eventos expressam contemporaneidade e são sérios na vida do ser humano, por isso precisamos de profissionais gabaritados para trabalhar."
arte orfganizador de eventos (Foto: Arte/G1)
Quem tem formação em eventos está habilitado a promover todas as atividades que estão entre o planejamento até a execução dos eventos. "É uma infinidade de tarefas que exige talento, força, vigor, energia e sobretudo emoção pelo trabalho", afirma Vieira.
O curso inclui aulas de protocolo, etiqueta, planejamento e projeto, antropologia, até as práticas como eventos corporativos, sociais, esportivos, religiosos, entre outros.
O mercado de trabalho, que já é diversificado, promete ser alavancado com as Olimpíadas e Copa do Mundo do Brasil. Além das empresas organizadoras de eventos, os profissionais podem ser empregados por shoppings, empresas, indústrias e outros estabelecimentos que promovam eventos.

Teoria ajuda na prática
Rebecca Barison, de 21 anos, estuda eventos e abriu uma agência há um ano. O carro-chefe da empresa são as feiras. Assim que contratada, Rebecca comercializa espaço no pavilhão da feira e se responsabiliza pela montagem do estande, bem como de que forma ele será decorado ou se vai reunir algum material de divulgação, como panfleto ou banner.
Rebecca conta que resolveu procurar o curso depois que já estava na área, pois sentia falta da teoria. "Um evento não tem 'test drive', não dá para o cliente prová-lo antes de ser feito. Se a pessoa não tiver a base, que é o que faculdade oferece, fica perdida. Teoria ajuda na prática, não adianta falar que não. Não posso querer fazer administração de empresas se não tiver um curso para isso, com eventos não é diferente."
Para se dar bem na carreira, o professor Vieira diz que o estudante precisa se relacionar bem com pessoas, ser ousado, criativo e ter a ciência de que a profissão requer muita dedicação. "Quem trabalha com eventos têm de estar disponível aos fins de semana, feriados... Às vezes todo mundo está se divertindo e você está trabalhando."
Já Rebecca lembra que o profissional para ter destaque precisa ser entusiasmado. "Tem pessoas que ficam 24 horas sem dormir, mas saem do evento com sorriso no rosto porque deu tudo certo. É isso que eu procuro nos profissionais que contrato. É isso que o mercado pede. Entusiasmo e força de vontade.
"

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