Amamentação pode reduzir riscos de obesidade, aponta estudo da Unifesp
Análise revela que quem recebeu só leite até os 6 meses é menos gordo.
Estudo com 118 jovens foi apresentado em congresso de obesidade em SP.
Uma análise de dados de 118 adolescentes obesos entre 14 e 19 anos atendidos pelo Grupo de Estudos da Obesidade da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) mostra que quem recebeu exclusivamente leite materno até os seis meses de idade – uma recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) – apresenta hoje menor índice de massa corporal (IMC), taxa de gordura e circunferência da cintura.
A nutricionista Débora Masquio, que apresentou o estudo no 14º Congresso Brasileiro de Obesidade e Síndrome Metabólica, na capital paulista, entrevistou os pais desses jovens para saber o peso deles ao nascer e o período de amamentação exclusiva (nunca, de 1 a 5 meses ou até 6 meses). O trabalho serviu como dissertação de mestrado, a ser defendida até o fim do ano.
Segundo Débora, dados da literatura médica apontam que crianças desmamadas precocemente podem, ainda, ter um maior consumo de proteínas. Além disso, os adolescentes que nunca receberam apenas leite materno tiveram menor concentração de um hormônio chamado adiponectina, que facilita a perda de peso e melhora a sensibilidade à insulina, entre outras funções. Essa deficiência foi observada também entre aqueles (18 no total) que nasceram com peso insuficiente (abaixo de 2,9 kg, segundo parâmetros da OMS).
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O baixo peso no nascimento vem sendo associado à obesidade, hipertensão e a outras doenças durante a vida adulta. Na literatura científica, esses bebês também costumar apresentar ganho de peso excessivo nos primeiros meses e alterações no pâncreas e nos rins.
Concluída a primeira fase do estudo, Débora pretende avaliar outros fatores, como consumo alimentar e hormônios desses adolescentes.
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