terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Rio está em estado de alerta para epidemia de dengue

POR PEDRO DE FIGUEIREDO

Rio - A cidade do Rio de Janeiro é um dos 154 municípios de todo o país que estão em situação de alerta para uma epidemia de dengue. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira pelo Ministério da Saúde.
Na capital do estado, foram verificadas larvas do Aedes aegypti em 2,4% das residências. Apesar de ainda ser alto, o índice demonstra uma melhoram relação ao ano passado, quando a taxa era de 2,9%. Na região sudeste, o Rio e Vitória, no Espírito Santo, são as únicas capitais em situação de alerta.
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Em todo o país, 24 municípios estão com risco de surto da doença. Entre eles, estão duas capitais: Rio Branco, no Acre, e Porto Velho, em Rondônia. A cidade com maior número de larvas encontradas é Afogados da Ingazeira, em Pernambuco, em que 11,7% das casas estão contaminadas com larvas do mosquito.

Para ser enquadrada como risco de surto, deve ser verificado larvas do mosquito em mais de 4% das residências da cidade. Já para a situação de alerta, é necessário que de 1 a 3,9% das casas apresentem larvas.
Os dados serão o ponto de partida para uma nova campanha de conscientização do Ministério da Saúde. O objetivo é aumentar o tom de alerta, já que a pesquisa mostrou também que 96% dos brasileiros sabem sobre as formas de prevenir a doença. Neste ano, as peças publicitárias trarão testemunhos de pessoas que perderam familiares para a doença.

“Nessa lógica, ganham força duas mensagens fundamentais: que os governos e os cidadãos devem fazer, juntos, a sua parte e que a eliminação de criadouros deve ser algo rotineiro”, disse o ministro da Saúde, José Gomes Temporão.
Para o professor Roberto Medronho, diretor do Instituto de Estudos em Saúde Coletiva, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, os dados são um alerta para uma possível epidemia de verão e os números podem ser ainda mais preocupantes em determinadas regiões da cidade.

"Os dados acendem um alerta para uma possível epidemia de verão. Evidentemente, eles são bem menos preocupantes do que há alguns anos. Mas, é necessário observar a média dos bairros, já que em alguns deles os números podem estar bem acima da média municipal de 2,4% de residências com larvas", disse.

Roberto lembrou também a necessidade de uma ação conjunta entre população e órgãos públicos, já que problemas estruturais da cidade geram um risco permanente da doença. 

"É preciso atuar em dois níveis. O primeiro é a intensificação de ações de controle pelos órgãos públicos. A segunda é a população fazer o dever de casa e evitar água parada, principalmente em caixas d'água e em calhas", alertou o especialista. 
 
Prevenção e sintomas
Para evitar o surgimento de larvas, evite sempre recipientes com água parada. Se possível lave os locais com água e sabão, o que diminui o risco de crescimento da larva.
Os sintomas mais comuns da doença são dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dores musculares, dores nas juntas, prostração e vermelhidão no corpo. Ao apresentar estes sinais, procure o serviço de saúde imediatamente.

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