Rio - O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou nesta quinta-feira análise dos dados da situação da educação brasileira. De acordo com o Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) 2009, no ensino fundamental o maior desafio é a melhoria da qualidade do ensino e a regularização do fluxo escolar. Os dados ainda mostram que o Brasil não universalizou o ensino médio. Além disso, a capacidade instalada atual para oferta pode ser insuficiente para incorporar. Portanto, é necessário que haja melhorias e expansão de capacidade física instalada para garantir acesso e permanência.Na educação superior, os desafios são maiores, principalmente devido à baixa frequência e às disparidades e desigualdades existentes. Primeiro, é necessário realizar políticas de alfabetização e acelerar o acúmulo de escolarização da população, o que implica a ampliação do acesso e da permanência nas escolas em todos os níveis e modalidades. A boa notícia vem para os estudantes entre 7 e 14 anos. De acordo com o Ipea, para essa faixa etária, a universalização do acesso à escola é um dos grandes avanços sociais que vieram da Constituição de 1988. A taxa de frequência bruta (fornece o percentual da população por faixa etária que frequenta escola, independentemente do grau de ensinoem que está matriculada) era de 86,6% em 1992, e passou para 98% em 2009. Os indicadores de frequência ao ensino fundamental não revelam grandes diferenças quando comparados entre regiões, localização, gênero, raça ou renda.Segundo o Ipea, também houve uma manutenção da taxa de frequência nos últimos anos com o fim do ciclo expansionista do ensino fundamental, relacionado com a relativa estabilização do fluxo escolar nessa etapa da educação e com a diminuição da população na faixa etária.Entretanto, ainda há uma porcentagem de crianças e jovens fora da escola. Entre os matriculados, há os que não aprendem ou que progridem lentamente, repetem o ano e acabam abandonando os estudos. Isso se deve à qualidade de ensino, à gestão das escolas e sistemas de ensino, às condições de acesso e permanência, e às desigualdades sociais dos próprios alunos e familiares.
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