CBPF de Portas Abertas é uma das atividades do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF/MCT), do Rio de Janeiro, na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia 2010 (SNCT). A atividade foi realizada na segunda (18) e terça-feira (19) com o objetivo de motivar os estudantes para a física utilizando experimentos, em particular com a Física Moderna, presente na maior parte das tecnologias desenvolvidas no último século.
Coordenada pelo pesquisador da área de física experimental do CBPF, André Massafferri, a atividade expande o programa do Laboratório Didático (Labdid), projeto já realizado há mais de dois anos e proposto pelo Centro com a finalidade de suprir a carência dos conteúdos de Física Moderna na grade regular do ensino de Física.
O evento reuniu cerca de 130 alunos das unidades do Centro e Humaitá do Colégio Pedro 2º para uma programação que incluiu palestra, visita aos laboratórios e reprodução de experimentos. A palestra do professor e pesquisador Sebastião Alves apresentou os estudantes ao trabalho do físico e aos fenômenos tratados por essa ciência. "A intenção é aproximar esse universo da realidade deles. Por isso, insistimos em muitas referências à cultura pop e na quebra de estereótipos sobre a imagem do cientista", explica ele.
Para Massafferri, o laboratório, segunda etapa da visita, ainda é um mundo desconhecido para o aluno de nível médio. "Iniciativas como essa são motivadoras porque levam os estudantes a ter um contato com a ciência que vai muito além da abstração das fórmulas", afirma o pesquisador, referindo-se às reações demonstradas pelos alunos na visita ao Laboratório de Correlação Angular, um dos mais antigos do CBPF, e também com relação ao recém instalado Laboratório Multiusuário de Nanociências e Nanotecnologia (Labnano).
João Miranda, aluno do primeiro ano do Ensino Médio no Colégio Pedro 2º, unidade Centro, e participante do Programa de Vocação Científica (Provoc) do CBPF, ficou entusiasmado com a programação. "Na sala de aula é só o quadro negro. Aqui a gente vê tudo na prática", disse ele. Essa foi também a opinião de Gabrielle Borges, que considera a disciplina difícil, mas interessante. "Há uma dificuldade de se enxergar a utilidade da Física com base no que é apresentado apenas na sala de aula. Por isso gostei tanto de visitar as instalações do CBPF", acrescenta a estudante.
Segundo Massafferri, o resultado do trabalho foi estimulante e deve ampliar o trabalho previsto este ano no projeto LabDid. "O evento foi projetado para duas horas e meia de visita, mas diria que poderemos aumentar esse tempo, pois a motivação dos estudantes foi grande. Minha ideia é incluir novos experimentos e envolver outros laboratórios no amplo menu de possibilidades do nosso Centro. A proposta é ter um fluxo contínuo de aproximadamente duas turmas por mês", explica o pesquisador.
CBPF no Inmetro
Na terça-feira (19) o CBPF também participou do Inmetro Portas Abertas, evento que reuniu várias outras instituições sediadas no Rio de Janeiro que desenvolvem pesquisa ou atividade educativa.
Para o Campus do Inmetro, em Xerém, o CBPF levou experimentos que reproduzem conceitos básicos de física e que demonstram sua presença no dia a dia das pessoas como antenas parabólicas, levitação e anel saltitante, cadeira giratória, montanha russa, carrinho com projétil e carrinho solar, câmara de vácuo, cadeira de pregos, espelhos côncavo e convexo. Esses mesmos experimentos interativos estão de hoje (21) até domingo (24), de 9 às 17h, no Aterro do Flamengo, em atividade que terá foco no público infanto-juvenil.
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