Coordenador da campanha de Dilma prepara manifesto sobre aborto para rebater PSDB
São Paulo - O coordenador do programa de governo de Dilma Rousseff (PT), Marco Aurélio Garcia, afirmou nesta quarta-feira que o comando da campanha petista prepara um manifesto para esclarecer os eleitores sobre a posição da candidata a respeito do aborto. O objetivo é desarticular a exploração do tema por José Serra (PSDB) e iniciar um "confronto de projetos".
"Isso é uma manobra do PSDB pra deslocar o centro do debate. E o que vai ocorrer é o confronto de dois projetos de governo. Eles tentam introduzir isso da maneira mais sórdida", diz Garcia, assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais.
A íntegra do manifesto está sendo discutida pelos partidos da coligação e atende à estratégia, discutida com governadores e senadores eleitos, de rebater mais fortemente o uso do aborto na eleição presidencial. "Vamos discutir com os partidos. É uma espécie de documento de posicionamento em relação a cada tema. A coordenação já está em acordo sobre o centro da campanha. O manifesto será uma expressão desse acordo", relata o petista, que refuta a existência do tema no programa de governo.
Em coletivas à imprensa, antes do primeiro turno, Dilma enfatizava que é contrária ao aborto, mas defende políticas de saúde pública para mulheres que recorreram a esse método. E não pretende enviar um projeto de mudança da legislação. No início do segundo turno, ela reforçou o discurso de "valorização da vida", para recuperar o eleitorado católico e evangélico. "Eu considero muito importante afirmar que o meu projeto, que foca nas pessoas marginalizadas, é a favor da vida", declarou.
Marco Aurélio Garcia vê "baixaria" na abordagem do tema. "Querem explorar a religiosidade do povo brasileiro. Essa questão não está no centro do debate, não está no programa. A posição da candidata é clara, ela não vai precisar ficar repetindo isso todas as vezes. Isso é uma baixaria", ataca.
"Estamos fazendo um manifesto mais geral, pra colocar quais são as questões centrais. Sinceramente, a coisa é outra, é não sucumbir à tentação de ficar nesse ti-ti-ti", prossegue Garcia. Ele defende a comparação do governo Lula com o do PSDB, em São Paulo. "O governo Serra é da Cracolândia, do PCC, da insegurança", resume o professor.
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