Saúde pública
Aids: novas infecções por HIV diminuiram 17% em oito anos, diz OMS
24 de novembro de 2009
O número de novos infectados pelo vírus da aids caiu 17% nos últimos oito anos, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em parceria com a Programa Conjunto da ONU para HIV/Aids (Unaids). Segundo o relatório, um total de 60 milhões de pessoas já foram infectadas desde o surgimento da doença.
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Conforme o relatório, a diminuição no número de novos casos da doença se deve, principalmente, à prevenção. Nesse quesito, o Brasil é destacado como um exemplo na implementação de políticas públicas. "A América Latina oferece exemplos fortes de liderança na prevenção ao vírus HIV. Em particular, o Brasil, que vem sendo apontado por ter implementado cedo medidas de prevenção ao vírus HIV que ajudaram a atenuar a gravidade da epidemia no país", diz o documento.
Ainda de acordo com o relatório, todas as regiões do mundo progrediram e tiveram ou estabilidade ou queda neste índice. A África Subsaariana, que concentra 60% dos infectados no mundo, registrou uma queda de 15% em novas transmissões, o que significa, aproximadamente, 400.000 pessoas a menos. Na Ásia Oriental, região na qual se esperava uma explosão da doença, houve queda de 25% nas contaminações, enquanto o Sudoeste Asiático registrou declínio de 10%. A região com os piores índices é a Europa Oriental, onde a epidemia só se estabilizou, devido ao uso de drogas injetáveis e ao compartilhamento de seringas.
"Os números demonstram que a epidemia está se estabilizando. A queda de mortos pela doença, o crescente número de pessoas infectadas que estão vivendo mais e o número total de infectados comprovam essa estabilização e, consequentemente, a queda do número de novos infectados", explica Paul De Lay, diretor-executivo da Unaids.
No mundo, atualmente cerca de 33,4 milhões de pessoas estão infectadas com o vírus da aids. Embora este número signifique um crescimento quando comparado às 33 milhões de pessoas infectadas em 2007, um maior número de portadores do HIV está vivendo mais tempo com a doença, por conta da disponibilidade de medicamentos para o tratamento do HIV já que, entre 2007 e 2008, a proporção de pessoas com acesso a tratamento passou de 7% a 42%. Calcula-se que o número de infectados neste período tenha sido 2,7 milhões, e de mortos, menos de 2 milhões.
"O número de mortes relacionadas à aids caiu em mais de 10% nos últimos cinco anos ao passo que mais pessoas ganham acesso a medicamentos que salvam a vida", informa o levantamento.
Segundo a agência da ONU e a OMS, nos países de baixa renda ou em desenvolvimento, entre eles o Brasil, os dados também indicam que o maior acesso ao tratamento tem contribuído para aumentar a longevidade dos infectados. "No Brasil, que tem disponibilizado tratamento gratuito desde 1996, a sobrevida depois do primeiro diagnóstico da doença passou, no estado de São Paulo, de quatro meses, entre 1992 e 1995, para 50 meses, entre 1998 e 2001", diz o relatório.
(Com agências France-Presse e Reuters)
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