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terça-feira, 11 de julho de 2017
segunda-feira, 10 de julho de 2017
Por que o sistema de educação da Finlândia é tão reverenciado
Por: Paulo Nogueira 5 de abril de 2014
Saiu há pouco tempo um levantamento sobre educação no mundo feito pela editora
britânica que publica a revista Economist, a Pearson.
É um comparativo no qual foram incluídos
países com dados confiáveis suficientes para que se pudesse fazer o estudo.
Você pode adivinhar
em que lugar o Brasil ficou. Seria rebaixado, caso fosse um campeonato de
futebol. Disputou a última colocação com o México e a Indonésia.
Surpresa?
Dificilmente.
Assim como não
existe surpresa no vencedor. De onde vem? Da Escandinávia, naturalmente – uma
região quase utópica que vai se tornando um modelo para o mundo moderno.
Foi a Finlândia a
vencedora. A Finlândia costuma ficar em primeiro ou segundo lugar nas
competições internacionais de estudantes, nas quais as disciplinas testadas são
compreensão e redação, matemática e ciências.
A mídia
internacional tem coberto o assim chamado “fenômeno finlandês” com encanto e
empenho. Educadores de todas as partes têm ido para lá para aprender o segredo.
Se alguém leu
alguma reportagem na imprensa brasileira, ou soube de alguma autoridade da
educação que tenha ido à Finlândia, favor notificar. Nada vi, e também aí não
tenho o direito de me surpreender.
Algumas coisas
básicas no sistema finlandês:
1)Todas as crianças
têm direito ao mesmo ensino. Não importa se é o filho do premiê ou do porteiro.
2)Todas as escolas
são públicas, e oferecem, além do ensino, serviços médicos e dentários, e
também comida.
3) Os professores
são extraídos dos 10% mais bem colocados entre os graduados.
4) As crianças têm
um professor particular disponível para casos em que necessitem de reforço.
5) Nos primeiros
anos de aprendizado, as crianças não são submetidas a nenhum teste.
6) Os alunos são
instados a falar mais que os professores nas salas de aula. (Nos Estados
Unidos, uma pesquisa mostrou que 85% do tempo numa sala é o professor que fala.)
Isto é uma amostra, apenas.
Claro que, para
fazer isso, são necessários recursos. A carga tributária na Finlândia é de cerca
de 50% do PIB. (no México 20%, no Brasil, 35%.)
Já escrevi várias
vezes: os escandinavos formaram um consenso segundo o qual pagar impostos é o
preço – módico – para ter uma sociedade harmoniosa.
Não é à toa que,
também nas listas internacionais de satisfação, os escandinavos apareçam
sistematicamente como as pessoas mais felizes do mundo.
Para ver de perto o
jeito finlandês de educar crianças, basta ver um documentário que
está no youtube.
Todos os
educadores, todas as escolas, todas as pessoas interessadas na educação, no
Brasil, deveriam ver e discutir o documentário.
Quanto antes.
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