segunda-feira, 11 de novembro de 2013

I Encontro Científico do Colégio Santa Mônica SG




    


Estudantes lançam foguetes de garrafas Pet durante Encontro Científico
(Em anexo, o convite do evento feito pelo aluno Matheus Ribeiro – Fotos já foram enviadas)

Estudantes e professores da unidade São Gonçalo deram show de criatividade durante o Encontro Científico promovido no dia 27 de novembro. A programação começou com o lançamento de vinte foguetes confeccionados com garrafas Pet e propulsionados pela pressão da água. A experiência fez parte de um trabalho da disciplina de Física, e foi a forma encontrada pelo professor Alfredo José Mitidieri para tornar as aulas mais interessantes e romper o bloqueio que muitos alunos têm com relação à matéria.

Durante a apresentação, houve uma competição entre os alunos das turmas de 2º ano do Ensino Médio, turnos manhã e tarde, nas modalidades melhor Desempenho, Estilo e Originalidade. Segundo o professor, o projeto foi desenvolvido durante 45 dias e que envolveu, além dos conceitos da Física, como a Lei de Newton e o Princípio da Conservação da Quantidade de Movimento, cálculos matemáticos, tanto que os alunos receberão notas para ambas disciplinas.

“Esta foi uma forma criativa que encontrei de despertar mais o interesse dos alunos pela Física e Matemática. Agora, eles estão mais participativos pela possibilidade de aplicar na prática a teoria que aprendem”, disse o professor.

Os sentimentos de orgulho e emoção quando cada foguete era disparado e abria o paraquedas eram unânimes. Muitos aplausos até para quem não foi bem sucedido no desempenho do foguete, mas trabalhou com muita dedicação ao projeto. Por iniciativa da direção, alunos e visitantes que participaram do encontro balançavam balões brancos numa manifestação emocionante pela paz.

Esta não é a primeira vez que Alfredo José Mitidieri inova nas aulas de Física. Em um projeto desenvolvido no início do ano, ele propôs a criação de carrinhos movidos a ratoeiras. A ideia era transformar energia potencial elástica em energia cinética. O sucesso foi total.

“O resultado dessas experiências foi tão bom que, a partir de agora, todas as unidades do colégio (Taquara, Cachambi e Bonsucesso) também vão adotar”, informa.

Feira de Ciências

Já o Encontro Científico, no ginásio da escola, envolveu também as matérias de Química e Biologia e contou com a participação de instituições importantes, como a Fundação Oswaldo Cruz, Petrobrás, Nuclep, Faperj, UFRJ, Uerj e Universidade Estácio de Sá. De acordo com o diretor José Robson de Almeida, o objetivo foi permitir que os alunos tenham contato com a área e, assim, possam entender como aplicar os conceitos que aprendem em sala de aula no mundo real. Além de aproximar a escola da comunidade e a comunidade da escola.

Além de palestras e "stands" apresentados pelos representantes das instituições, os alunos também fizeram demonstrações das experiências desenvolvidas. Cada equipe produziu, além dos trabalhos, a decoração e produção dos estantes com bolas, cartazes, notebook e banners, tudo organizado pelos professores: Luciano, Monique Gonçalves e Claudia Valente(Química); Rita Elmas(Física) , Carla Calixto (Matemática) e Nelson(Geografia). Todos orientados pelos professores: José Robson de Almeida(Diretor), Kamilli Quittete(SOE) e Sônia Lopes(coordenadora).

Um momento de muita alegria e emoção foi a apresentação do coral de estudantes, que cantou e dançou ao som da letra de uma música composta pelo professor Alfredo que desperta o gosto pelas disciplinas.Conheça a letra da canção:

BATEU, BATEU E ENTROU
(Professor: Mitidieri – “Pachecão”)

Quando a coisa, luz!
Bate e volta, reflexão!
Quando a coisa, luz!
Bate e entra, refração!
Pode bater e voltar
Pode bater de entrar
Que tudo isso é curtição.

Toda vez que a coisa muda de meio
Muda de velocidade
Mas a freqüência permanece constante
Por isso ninguém pode mudar

O que preciso fazer
O que preciso saber
Para entender a refração
Basta traçar a normal
E olhar os índices, com muita atenção.

Toda vez que a coisa muda de meio
Muda de velocidade Mas freqüência permanece constante
Por isso ninguém pode mudar

De menos pra mais, aproxima da normal
De mais para menos, se afasta da normal.
Quem tem o maior ângulo
Tem a maior velocidade
E tem o menor índice de refração.


Entre os alunos, a aprovação da iniciativa foi unânime.

“Achei ótima a idéia. Começo a ter uma noção diferente da matéria de Física, porque agora posso ver na prática tudo aquilo que aprendo em sala de aula. Dá muito trabalho fazer os cálculos e construir o foguete, mas vale à pena ver o resultado final”, disse a aluna Clarissa de Souza Pina.

“As aulas ficaram dinâmicas e tudo mundo quer participar. Estamos todos tensos com o sucesso do foguete. Nos testes, ficamos até orgulhosos quando vemos que ele funciona mesmo”, afirma Rafael Franco.

“Eu quero fazer Química e esse contato com instituições da área será muito importante para mim”, salienta Shayene Gomes.

“Fiquei muito mais interessada pelas aulas de Física desde que o projeto começou. Agora as aulas são muito concorridas”, conclui Heloane Lima.

“Este tipo de trabalho estimula os alunos a buscar conhecimento. Não é minha matéria preferida, mas estou bastante interessado. A sensação de orgulho ao ver que sou capaz de realizar este trabalho é enorme”, desabafa Thiago Vieiri.